Este modelo tem por objetivo descrever quais dados devem ser armazenados pela aplicação e quais desses dados se relacionam.
A técnica mais difundida de modelagem conceitual é a abordagem entidade-relacionamento (ER). Nesta técnica, um modelo conceitual é usualmente representado graficamente através de um diagrama, chamado de Diagrama de Entidade e Relacionamento (DER).
Um modelo de entidade relacionamento consiste em um conjunto de objetos básicos chamados de entidades e de relacionamentos entre as entidades.
Vantagens na utilização do DER:
- Sintaxe Robusta: o modelo documenta as necessidades de informação de maneira precisa e clara.
- Comunicação com usuário: os usuários podem, com pouco esforço, entender o modelo.
- Facilidade de criação: os analistas podem criar e manter um modelo facilmente.
- Integração com várias aplicações: diversos projetos podem ser inter-relacionados utilizando-se o modelo.
- Utilização Universal: o modelo não está vinculado a um banco de dados específico, o que garante sua independência de implementação.
Uma entidade representa um conjunto de objetos do mesmo tipo do mundo real e sobre os quais se pretende armazenar dados. Por exemplo, ao desenvolver um Sistema de Informação para uma escola, as possíveis entidades deste sistema serão: professores, alunos, disciplinas, turmas e cursos.
Uma entidade é representada graficamente por um retângulo com o nome da entidade dentro do retângulo
Além de uma entidade representar objetos do mundo real, ela também deve possuir um conjunto de propriedades que a caracterize e a descreva, bem como aos seus objetos. A esse conjunto de propriedades dá-se o nome de atributos. Por exemplo, para a entidade Professor, é necessário armazenar dados como: CPF, nome, endereço, grau de escolaridade, número de matrícula e etc. Esses dados são os atributos da entidade Professor e são eles que identificam e caracterizam um objeto do tipo professor.
Um atributo pode ser representado graficamente por uma elipse com o nome do atributo dentro da elipse. A elipse é ligada à entidade por uma linha.
Outra forma de representação utilizada por algumas ferramentas é representar o atributo como uma "bolinha" ligada à entidade e com o nome do atributo ao lado.
Atributo Simples ou Monovalorado
É o atributo indivisível, que não pode ou não deve ser decomposto. Por exemplo, CPF, número de matrícula, RG, preço do produto e etc.
É o atributo quer permite apenas o armazenamento de um valor por vez. Por exemplo, o atributo CPF é monovalorado porque a possui apenas um número de CPF. Caso o CPF seja alterado ele é substituído pelo novo valor. Assim, uma pessoa nunca terá cadastrado mais um CPF no mesmo tempo.
Atributo Composto
É o atributo que pode ser decomposto em outros atributos simples. Por exemplo, o atributo endereço pode ser decomposto em nome da rua, número e complemento
Este tipo de atributo é representado por uma elipse que deriva outras elipses (uma para cada sub-atributo). Para o atributo endereço teríamos uma elipse endereço derivando 3 outras elipses (nome da rua, número e complemento)
Atributo Multivalorado
É o atributo que permite armazenar mais de uma valor ao mesmo tempo no mesmo campo. Por exemplo, o atributo e-mail pode ser multivalorado uma vez que uma mesma pessoa possui, normalmente, mais de um endereço de e-mail.
Este tipo de atributo é representado graficamente por duas elipses (uma dentro da outra) circundando o nome do atributo.
Atributo Derivado
É o atributo cujo valor para ele deriva de outro(s) atributo(s). Por exemplo suponha que a sua entidade se chame Compra e que ela tenha os seguintes atributos: número de compra, data da compra, valor da compra,percentual de desconto e valor da compra com o desconto. O valor para este último atributo é calculado considerando-se o valor da compra e o percentual de desconto. Assim, esse atributo é derivado porque seu valor deriva dos valores de outros atributos e é calculado automaticamente pela aplicação ou pelo SGBD.
Este tipo de atributo é representado por uma elipse pontilhada.
Um conceito importante no Modelo de Entidade Relacionamento é o conceito de atributo identificador.
O atributo identificador identifica apenas um objeto dessa entidade. Portanto, o valor dentro de um atributo identificador não poderá se repetir e também não poderá receber um valor nulo.
O atributo-identificador também é conhecido como atributo-chave ou, até mesmo, como chave primária (Primary Key ou PK). Nas seções seguintes, usaremos estes termos como sendo sinônimos mas é preciso compreender que o conceito de chave primária é mais adequado de ser utilizado quando estamos trabalhando com modelagem lógica (2ª etapa do projeto de um BD) e não durante o desenvolvimento do modelo conceitual e, mais especificamente, durante a construção do diagrama ER (1ª etapa).
Por exemplo, na entidade Professor, tanto o atributo CPF quanto o atributo matrícula não se repetem, uma vez que esses atributos são únicos para cada indivíduo. Nesse caso, qualquer um dos dois atributos poderia ser definido como uma chave primária/atributo chave/identificador.
Um ponto importante a considerar durante a decisão de qual atributo deverá ser o atributo chave é que se deve dar preferência a atributos numéricos (inteiros) em vez de atributos do tipo caracter, data ou hora.
No DER devemos grifar o nome do atributo que definimos como chave primária ou que compõe a chave primária composta.
Obs: No caso da representação de atributos por "bolinhas", as chaves primárias devem ter suas "bolinhas" pintadas de preto.