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[{"image":"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/prisao-lula-stf-285x190.jpg","title":"Quem irá nos proteger?","publishDate":"2018-03-24T03:00:00.000Z","description":"Como explicar que a nossa Suprema Corte gastou um dia todo de sessão para julgar um habeas corpus preventivo de alguém condenado em segunda instância? Pior, não julgaram. Gastaram horas para decidir se julgariam ou não.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/empiricus-247/prisao-lula-quem-ira-nos-proteger/","text":"<p>Confesso que tive dificuldade em dormir esta noite. Imagens de senhores de toga inviabilizaram qualquer chance de um sono tranquilo.</p><p>Sou um otimista por natureza, sempre vejo o lado bom das coisas. Minha mulher às vezes me repreende por isso e cobra mais firmeza quando enfrentamos alguma questão mais difícil. Tenho a tendência de esperar que as coisas de algum modo se ajeitem. Mas na última quinta-feira confesso que desanimei.</p><p>Peguei-me olhando para os meus filhos com uma certa tristeza, inconformado com o país que lhes entrego.</p><p>Como explicar que a nossa Suprema Corte gastou um dia todo de sessão para julgar um <a href=\"https://www.empiricus.com.br/daily-news/supremo-suspende-prisao-de-lula/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">habeas corpus preventivo</a> de alguém condenado em segunda instância? Pior, não julgaram. Gastaram horas para decidir se julgariam ou não. Ao fim, deram uma liminar pedida de boca, dando salvo-conduto ao ex-presidente até o dia 4 de abril.</p><p>Mas o Supremo não deveria cuidar de temas constitucionais, garantindo a correta aplicação da nossa Carta Magna? Pelo visto, os nossos ministros consideram que a questão mais importante do país era discutir o caso específico do cidadão Luiz Inácio, claramente alguém com direitos especiais, merecedor de um tratamento diferenciado, acima dos comuns como você e eu.</p><p>Pergunto o que aconteceria caso os ministros do STF fossem membros do conselho de administração de uma empresa das quais somos acionistas. Não teriam vida longa, certamente.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Existe um problema essencial de governança na mais alta esfera do Poder Judiciário brasileiro. Diferentemente dos outros poderes, em que eleições e processos de impedimento garantem os pesos e contrapesos fundamentais para canalizar a vontade popular, os ministros do STF estão confortavelmente encastelados em seus gabinetes acarpetados.</p><p>Isso não seria necessariamente um problema caso agissem como verdadeiros magistrados. Quando ministros do Supremo assumem papéis de agentes políticos, porém, a brincadeira fica perigosa.</p><p>Contrariando sua missão original, o STF é hoje o principal promotor de insegurança jurídica neste país. Aqueles que justamente deveriam garantir a aplicação uniforme das normas se lambuzam em casuísmos e arbitrariedades.</p><p>Tal insegurança nos afeta não apenas como cidadãos, mas também como investidores. Dentro do tal “risco-Brasil”, a insegurança jurídica contribui em alguma monta. É impossível precificar em quanto, mas é um componente relevante.</p><p>E como taxas de risco maiores depreciam os valores dos ativos, o <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/o-domingo-de-ramos-e-o-que-vem-depois-dele/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">STF atual contribui negativamente para sua riqueza</a>. Os ministros do Supremo nos deprimem, moral e financeiramente. E não há quase nada que possamos fazer a respeito.</p><p>Do nosso lado, resta apenas seguir combatendo o bom combate, já que ninguém vai cuidar mesmo de nós.</p><p>Mãos à obra!</p><p>Deixo você agora com os destaques da semana.</p><p>Um abraço,</p><p>Caio</p>"},{"image":"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/bitcoin-verdade-oculta-899x600.jpg","title":"Fato recente tem agitado investidores e provocará um efeito irreversível","publishDate":"2018-03-23T03:00:00.000Z","description":"Um fato recente tem agitado investidores e provocará efeito irreversível no mercado. Isso nos obrigou a assumir um Posicionamento Oficial!","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/crypto-talks/fato-recente-tem-agitado-investidores-e-provocara-um-efeito-irreversivel/","text":"<p>Caro leitor,</p><p>aqui é o Vinicius Bazan, e nas próximas linhas vou esclarecer o<span> </span><u>Posicionamento da Empiricus em relação ao Bitcoin e outras Criptomoedas.</u></p><p>Um fato recente tem agitado investidores e provocará efeito irreversível no mercado.</p><p><strong>Isso nos obrigou a assumir um Posicionamento Oficial!</strong></p><p>A maior casa independente de publicações financeiras do país, fiel ao compromisso de ajudar as pessoas a ter ganhos exponenciais…</p><p>… reuniu informações dos Sócios, principais Analistas e contatos internacionais.</p><div style=\"padding: 20px; border: 2px solid #8A0927; max-width: 500px;\"><p style=\"text-align: center;\"><strong><span style=\"color: #ff0000;\">A CONSTATAÇÃO FOI A SEGUINTE: </span></strong></p><p style=\"text-align: center;\">DESCOBRIMOS O MAIOR PONTO CEGO DA HISTÓRIA DAS CRIPTOMOEDAS.</p><p style=\"text-align: center;\">ALGO QUE VAI MUDAR COMPLETAMENTE A REALIDADE DESSE MERCADO.</p></div><p> </p><p>Em posse das informações, estamos preparando o maior evento online da história sobre Criptomoedas, para revelar:</p><p style=\"text-align: center;\"><span size=\"5\" style=\"font-size: x-large;\"><strong>– A VERDADE OCULTA –</strong></span></p><p style=\"text-align: center;\"><strong><em>O Bem e o Mal por trás dos ganhos exponenciais com Bitcoin e outras moedas digitais.</em></strong></p><p style=\"text-align: center;\"><strong>O evento será de 02 a 08 de abril.<span> </span></strong><br> <strong>É 100% online e gratuito!</strong></p><p><a class=\"bt-cta\" href=\"http://averdadeoculta.empiricus.com.br/” target=\">A VERDADE OCULTA – INSCREVA-SE</a></p><p><em>Segue esclarecimento:</em></p><p>Há 8 meses a Empiricus fala sobre criptomoedas. Emite relatórios, alertas e recomendações a leitores e assinantes.</p><p>Mas então, POR QUE só agora vamos dar essa revelação?</p><p>Porque – neste exato momento – estamos finalizando a decodificação das últimas informações que revelam evidências claras do próximo boom exponencial.</p><p>Por isso, NÃO tome nenhuma decisão em relação às criptomoedas até o dia 02 de abril.</p><p>Mas,<span> </span><a href=\"http://averdadeoculta.empiricus.com.br/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\" data-saferedirecturl=\"https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=http://click.mail1.empiricus.com.br/?qs%3D01c41831f43ff12bade6e01ac7108a0ce6516418bf831f78b695d06343893163bc5c1f20f811d96a1fcd3e0a4a88ab07e779f816016e6226&source=gmail&ust=1521916573379000&usg=AFQjCNFvIlsmXcwh5T29tZVYNUZ8Qi75Ig\">Inscreva-se Agora!</a></p><p>Abraço,<span> </span><br> Vinicius Bazan</p><p><strong>P.S.:</strong><span> </span>Esta série ficará no ar por pouco tempo – antes de sair do ar – provocará uma reviravolta no cenário dessa classe de ativos.</p><p>Mantenha seu foco de atenção e participe ativamente do evento até o fim.</p>"},{"image":"","title":"O Domingo de Ramos e o que vem depois dele","publishDate":"2018-03-23T03:00:00.000Z","description":"“Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada E triste, e triste e fatigado eu vinha. Tinhas a alma de sonhos povoada, E a alma de sonhos povoada eu […]","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/o-domingo-de-ramos-e-o-que-vem-depois-dele/","text":"<p><i>“Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada</i><br> <i>E triste, e triste e fatigado eu vinha.</i><br> <i>Tinhas a alma de sonhos povoada,</i><br> <i>E a alma de sonhos povoada eu tinha…”</i><br> <i>Nel mezzo del Camin…Olavo Bilac</i></p><p>O Brasil é o país do futuro… do pretérito. Normalmente nos esquecem de falar o que vem depois das reticências. O problema vem justamente… nas reticências.</p><p>Lula seria preso na segunda-feira. O Brasil é um grande seria. No meio do caminho, havia um STF. Havia um STF no meio do caminho. Com o mesmo desprezo de Drummond pelo parnasianismo de Bilac, me afasto de comentar a questão em si. Não estou aqui para repetir clichês e fatos estilizados sobre o golpe branco.</p><p>Neste espaço específico, fatigado e triste, discorro sobre potenciais impactos para seu dinheiro a partir da decisão do STF. O desgosto e o pragmatismo exigem essa abordagem.</p><p>Antecipo a resposta: não acho que a medida, nem mesmo a posterior eventual manutenção da liberdade do ex-presidente Lula, possa interromper a <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/juro-nos-eua/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">tese do bull market (mercado em alta) secular</a>.</p><p>Antes, duas considerações de cunho regulatório bastante pertinentes. Coisa rápida, de fundamental importância para os bastiões da moral e dos bons costumes:</p><ul><li>Como vamos permitir todo este exagero de Márcio Appel, projetando o Ibovespa a 160 mil pontos e além, sem alertas para risco, falando para investidores pessoas físicas de maneira tão irresponsável? Onde estariam a Anbima, a CVM, o Sergio Moro, a Liga da Justiça? (Sim, é uma ironia.)</li><li>A Apimec já mandou uma cartinha para o Armínio Fraga por ter contrariado os interesses do sistema financeiro em ótima matéria de Cláudia Safatle no “Valor”? Não sei, mas desconfio que, a esta altura, o Guilherme Benchimol já ligou para o chefe do Armínio para repreendê-lo por declarações tão truculentas e inverídicas. (Sim, também estou tentando descobrir quem é o chefe do Armínio.)</li></ul><p>Corta para o Lula novamente.</p><p>Para quem carrega uma ética judaico-cristã, seria curioso vermos nosso salvador da Pátria, o filho do Brasil, sendo preso no dia seguinte ao Domingo de Ramos. Enquanto o verdadeiro Salvador seria aclamado em sua entrada triunfal em Jerusalém montado num jumento, o animal representante da paz, recebido por ramos de Palmeiras em demonstração de admiração, o falso salvador enfrentaria uma saída vergonhosa e perderia sua liberdade. Seria ótimo para mostrar-nos de que não há salvador algum. Não precisamos de heróis populistas, mas sim de alguém capaz de impetrar uma agenda liberal e reformista, com soluções descentralizadas, despersonificadas e bottom-up.</p><p>Embora seja uma falência ética, não acredito que a <a href=\"https://www.empiricus.com.br/daily-news/supremo-suspende-prisao-de-lula/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">decisão de ontem do STF</a> seja capaz de alterar o rumo dos mercados. Lula continua fora da disputa presidencial e a esquerda parece bastante desarticulada.</p><p>Em paralelo, há fatores domésticos muito mais relevantes em curso para guiar os mercados, a saber: i) juros vão continuar mais baixos e por mais tempo do que todos imaginavam; ii) a alocação dos fundos de pensão em Bolsa está baixíssima e essa turma vai precisar começar a comprar Bolsa por conta da meta atuarial (o Brasil é “underowned”, de novo citando o Márcio Appel); iii) o PIB na margem apresenta uma das maiores acelerações entre todos os países relevantes (lembre-se como os ativos se mexem por conta de movimentos na margem, não no nível); iv) os lucros corporativos vão crescer exponencialmente depois da destruição recente.</p><p>Resumidamente, estamos diante de uma grande tristeza ética e moral, mas o touro continua animado.</p><p>No país do futuro do pretérito, lembro da personagem de Alvy Singer:<span> </span><i>“Eu sinto que a vida é dividida entre o horrível e o miserável. Essas são as duas categorias. O horrível são aqueles, hmmm, não sei direito…casos terminais, sabe, doenças graves, tragédias. E o miserável é todo o resto. Então, você deveria se sentir grato por pertencer ao grupo dos miseráveis, porque é uma sorte muito grande ser do grupo dos miseráveis”.</i></p><p>A única sorte do Brasil é que ele ressuscita depois de morrer. Demora um pouco mais de três dias, mas acontece.</p><p>Corta agora para o outro fator miserável do dia, para a potencial guerra comercial entre EUA e China. Depois das tarifas de importação anunciadas nessa quinta por Trump, o gigante asiático retaliou. Começou devagar, com cerca de 3 bilhões de dólares, mas pode vir mais por aí. A ameaça de uma guerra comercial mais ampla tem ferido os mercados fortemente desde ontem.</p><p>Seria essa a catálise para o fim do longo bull market lá fora? Acho precipitada a conclusão.</p><p>Aproprio-me da ideia do brilhante historiador Niall Ferguson: para entender Trump, você precisa ler o “The Art of The Deal”, em que ele narra suas estratégias de negociação no mercado imobiliário. Se você quer comprar, desdenha, ameaça sair do negócio. Morda e assopre.</p><p>É rigorosamente com essa cabeça que Trump parece tratar as relações comerciais. Faz-se muito barulho e ameaça-se sair do negócio, para chegar a termos mais favoráveis e com alguma racionalidade.</p><p>Não há espaço para uma guerra comercial ampla e abrangente. Isso vai além da vontade individual. A China e os EUA mantêm uma relação bastante intensa, rica e profícua. Não há como destrui-la a partir de 140 caracteres. É claro, porém, que até chegarmos a uma visão de consenso e mais clara encontraremos várias pedras no meio do caminho. Até lá, passaremos por uma espécie de Paixão de Cristo.</p><p>Mercados voltam a cair com algum vigor nesta sexta-feira, pressionados pelo recrudescimento da tensão entre EUA e China. Commodities caem fortemente, com exceção do petróleo, que sobe a partir da nomeação do belicista John Bolton como conselheiro de segurança nacional, duro crítico do Irã e da Coreia do Norte.</p><p>Internamente, além da repercussão da decisão de ontem do STF, destaque para IPCA-15, que apurou inflação de 0,10% em março, marginalmente abaixo das projeções e a menor marca desde 2000. Nota do setor externo e IPC-S completam agenda doméstica.</p><p>Nos EUA, saem encomendas de bens duráveis e vendas de moradias.</p><p>Ibovespa Futuro registra queda de 0,7%, dólar sobe contra o real e juros futuros avançam.</p>"},{"image":"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/day-one-20180322-1-920x514.jpg","title":"Refletindo sobre a lenda de Eno Yad","publishDate":"2018-03-22T03:00:00.000Z","description":"\"Quando duas pessoas escrevem juntas, e não são vaidosas, o resultado é melhor do que quando trabalham separadas.\" Porém, envaidecido por seu ultracontrole inflacionário, o Copom se viu “confortável” em reduzir a Selic para 6,5% ao ano.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/reducao-selic-refletindo-sobre-lenda-de-eno-yad/","text":"<p>Escrevi o Day One de terça-feira e cá estou de novo.</p><p>Aliás, não é a segunda vez que compartilho páginas em branco com o Felipe.</p><p>Fizemos juntos o livro<span> </span><a href=\"http://click.mail1.empiricus.com.br/?qs=068d64dc3a14e220e611208e843812971edf07bb522bc33d9a1c58489849be6c43a59bd3e6a9e8246cd15f59124c4212a8db513d5bb7c2f0\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\" data-saferedirecturl=\"https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=http://click.mail1.empiricus.com.br/?qs%3D068d64dc3a14e220e611208e843812971edf07bb522bc33d9a1c58489849be6c43a59bd3e6a9e8246cd15f59124c4212a8db513d5bb7c2f0&source=gmail&ust=1521810377314000&usg=AFQjCNGkG5JIZvReSVazuKQyUCZW0ePbgg\">“Contra o Financismo”</a> – que eu definiria como um mapa sobre como investir em ações, voltado para quem não precisa de mapas.</p><p>Minha avó gostava de calcular que quatro mãos lavam oito vezes mais louças do que duas mãos, mas meu avô fingia não entender enquanto assistia ao Tricolor na TV. Depois, de castigo, foi ter um filho corintiano e um neto pontepretano.</p><p>Bioy dizia sobre sua parceria com Borges: “Quando duas pessoas escrevem juntas, e não são vaidosas, o resultado é melhor do que quando trabalham separadas”.</p><p>A condição é fundamental aqui. A vaidade, assim como a excessiva modéstia, arruína qualquer parceria.</p><p>Envaidecido por seu ultracontrole inflacionário, o Copom se viu “confortável” em <a href=\"https://www.empiricus.com.br/daily-news/copom-reduz-selic-para-65-ao-ano/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">reduzir a Selic</a> para 6,5% ao ano.</p><p>Talvez, muito provavelmente, se estenderá aos 6,25%.</p><p>Quando a política monetária corrige para baixo, o faz com conforto. Quando corrige para cima, se vê “obrigada” a elevar a Selic.</p><p>Tecnicamente, não há diferença. O erro simétrico, para cima ou para baixo, deveria valer a mesma culpa.</p><p>Mas, dado o incômodo histórico de inflação sobre a meta, Ilan se viu obrigado a confortavelmente segurar a escorregada da Selic desde os 14,25%.</p><p>Isso significa que, de modo subjacente, há uma meta sobre como a meta de inflação é perseguida. Aquilo que podemos chamar de uma meta-espelho.</p><p>Agora, uma pergunta a você que é Top 5 do Focus: há uma curva de Phillips capaz de explicar a curva de Phillips no seu modelo preditor da Selic?</p><p>Se não há, você precisa atualizá-lo, ou jogar nele uma pedra.</p><p>Bioy e Borges sabiam dessa questão, de que o vidro nos espreita.</p><p>“Se entre as quatro paredes do quarto existe um espelho, já não estou sozinho. Há outro. Há o reflexo que arma na aurora um sigiloso teatro.”</p><p>“Tudo acontece e na memória é perda dentro dos gabinetes cristalinos onde, como fantásticos rabinos, lemos livros da direita à esquerda.”</p><p>Ao ler este Day One em frente ao espelho, você verá revelada a história de Eno Yad – um trader lendário nas antigas Bolsas de arroz em Osaka, no Japão.</p><p>Conta a história que Eno era arquirrival de Munehisa Honma.</p><p>Enquanto o primeiro prezava pelos fundamentos da arte de investir, o segundo enfatizava a técnica.</p><p>Um dia, assim como tantos de nós, ambos se encontraram pacificamente, por obra de um amigo em comum, e decidiram fazer as pazes.</p><p>Assim nasceu a estratégia hoje conhecida como<span> </span><a href=\"http://click.mail1.empiricus.com.br/?qs=068d64dc3a14e220ffa1a810857e044b5ff5f14dc75555924337ee731a716fa3fb9768200e890cf738d060e60d1bf49b1737f995f33863b9\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\" data-saferedirecturl=\"https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=http://click.mail1.empiricus.com.br/?qs%3D068d64dc3a14e220ffa1a810857e044b5ff5f14dc75555924337ee731a716fa3fb9768200e890cf738d060e60d1bf49b1737f995f33863b9&source=gmail&ust=1521810377314000&usg=AFQjCNGs1D9FMiXcN27qM1whlFsNMJAOkw\">Double-X</a>, combinando o alvo fundamental com o alvo técnico.</p><p>Seu resultado é oito vezes melhor do que quando Yad e Honma trabalhavam separados.</p>"},{"image":"","title":"Dá uma carona pra mim?","publishDate":"2018-03-21T03:00:00.000Z","description":"Tenho orgulho de dizer que descobri a fórmula para explorar o mundo dos investimentos de forma fácil, segura e rápida. Você também pode pegar essa carona.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/a-hora-dos-fundos/investimentos-facil-e-rapido/","text":"<p>Um ser cor-de-rosa, com uma grande mochila nas costas, acenava no canto da estrada. Minha irmã, ainda contaminada pela irmandade da Chapada dos Veadeiros, freou subitamente. Abri o vidro, pelo qual entrou a cabeça do menino, colocando em prática seu vasto vocabulário: “Brasília?”.</p><p>Ao som de porta destravada, ele se jogou para dentro do carro, contando apressado que não havia lugar algum em meio àquela poeira e galhos retorcidos que aceitasse seu Mastercard Internacional. “Tenho isso” – disse, balançando constrangido uma nota de R$ 5,00.</p><p>Minha irmã e eu demos nossa aula de brasilidades, da política e economia ao samba, passando pela culinária – mineira, é claro – enquanto levávamos o jovem gringo ao tão desejado caixa eletrônico na capital. Em poucos minutos, ele já sabia até algumas palavras em português chulo.</p><p>Existe melhor forma de explorar o desconhecido do que na garupa de alguém de confiança, que conhece o terreno?</p><p>Nos investimentos, eu não tenho vergonha de dizer que peguei muita carona nos últimos anos. Veja 2017…</p><p>Ganhei com a alta de <a href=\"https://www.empiricus.com.br/artigos/acoes-magazine-luiza/?xpromo=XE-ME-WSE-X-X-X-OS-X-X\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Magazine Luiza</a> na garupa do Luiz Alves. Eu não fazia ideia de que a varejista ia arrebentar na Bolsa, mas colei no homem que construiu um patrimônio de mais de R$ 2 bilhões investindo em ações nas últimas décadas. Com Magazine e outras mais, meu dinheiro cresceu 84% desde então (ah, já descontados os custos).</p><p>Também fiz dinheiro com a Bolsa americana sem nunca ter mandado recursos para fora. Nesse caso, peguei carona com o Marcio Appel. Ele tinha saído de um longo histórico no Banco Safra para montar sua própria gestora no Rio, a Adam. E superou as expectativas: fechou 2017 com um retorno de 153% do <a href=\"https://www.empiricus.com.br/artigos/o-que-e-cdi/?xpromo=XE-ME-WSE-X-X-X-OS-X-X\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">CDI.</a></p><p>Se tivesse entrado na onda do gerente, estaria mais perto dos 100% do CDI. E olhe lá!</p><p>Para minha reserva de emergência, também peguei carona. Enquanto blogueiros e blogueiras davam conta da moda do <a href=\"https://www.empiricus.com.br/t/tesouro-direto/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Tesouro Direto,</a> com taxa de 0,3% ao ano, descobri três gestores que compram título público no atacado e cobram menos do que isso: 0,2% ao ano. Embarquei na deles também.</p><p>Debêntures? Não faço ideia de como escolher uma. Imagina, emprestar dinheiro para uma empresa… Preciso de garantias! Conheci o Arturo, da Capitânia, e peguei uma carona mais.</p><p>É claro que gastei tempo buscando e escarafunchando o passado do Luiz Alves, do Appel e do Arturo. Também dediquei várias horas a escolher o melhor produto de cada um deles e a encontrar formas de acessá-los. Por fim, conversei com gestores de fortunas e estudei alocadores internacionais para saber como combiná-los. Você sabe… ovo, farinha, leite e açúcar podem fazer um belo bolo ou uma sola de sapato.</p><p>Tenho orgulho de dizer que descobri a fórmula para explorar o mundo dos investimentos como um estrangeiro – ou seja, sem conhecer nada sobre ele – de forma fácil, segura e rápida. Você também pode fazê-lo: é só andar com as pessoas certas. Quer carona?</p><p>Ah, adivinhe o que virou a tal nota de R$ 5,00 na mão de um sueco, guiado por duas mineiras? Uma barrinha de doce de leite, é claro – na primeira parada, depois do pedido de carona.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p> </p><div style=\"padding: 20px; border: 2px solid #8A0927; max-width: 710px;\"><p style=\"text-align: justify;\"><img class=\"alignleft imagem-hora-fundos b-lazy\" style=\"float: left;\" width=\"147\" height=\"142\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://empiricusimagens.s3.amazonaws.com/imagens/fundos/lupa-seu-fundo.jpg\"><em>Li que existe um novo fundo previdenciário: SPX Lancer. Diz que esse fundo seria uma adaptação do Raptor e do Nimitz. Poderia comentar? – </em><strong>Kenji Y.</strong></p><p>Recebi uma centena de mensagens como essa nos últimos dias. O Lancer é o novo fundo da gestora carioca SPX, agora embalado dentro de um plano de previdência. Ou seja, você pode ter a equipe de Rogério Xavier a seu dispor em um VGBL ou PGBL.</p><p>A SPX foi criada em 2010 por egressos da gestora BBM, hoje Bahia Asset. Desde então se tornou figurinha conhecida, especialmente entre alocadores de fortunas. Nos últimos meses, a casa tem feito aberturas-relâmpago de alguns produtos no varejo.</p><p>Desde dezembro, a previdência da casa era oferecida pelo Itaú, porém com taxa de carregamento – uma esdrúxula mordida no patrimônio que incide na largada ou na saída –, além da taxa de administração.</p><p>O produto foi lançado nesta semana também na seguradora Icatu, com carregamento na saída, que zera depois de três anos (menos mal, já que a previdência é um produto de longo prazo), e também está nos planos do BTG Pactual para em breve.</p><p>Infelizmente o Lancer não pode replicar todas as estratégias do Nimitz por conta dos limites da regulação de previdência – como a proibição para alavancar e o limite de 10% para investir em um fundo no exterior.</p><p>A meta, entretanto, é reproduzir o máximo possível da estratégia dos multimercados da casa. E o escolhido para orquestrar essa adaptação é Bruno Marangoni, desde 2014 na SPX. Antes disso, ele trabalhou no BTG, onde começou como trainee em 2004, e depois foi por três anos gestor de moedas e renda fixa da JGP.</p><p>Um dos charmes da SPX é ter explorado além-mar, ao abrir um escritório em Londres, de onde a equipe acompanha o mundo mais de perto. Isso não poderia faltar no Lancer, que investe 10% de seu patrimônio em um fundo no exterior, algo bastante sofisticado para a indústria de previdência brasileira, que aloca mais de 90% do patrimônio na renda fixa local.</p><p>Hoje umas das principais teses da equipe da SPX é que o juro americano e o europeu vão subir além do esperado pelo mercado. Depois de um longo período de excesso de liquidez global, estimulado por juros básicos extremamente baixos, a equipe de Xavier vê sinais de reversão. Se a tampa do ralo de fato for aberta com velocidade, a gestora deve ganhar dinheiro com a posição.</p><p>Dadas as regras, não seria possível replicar o Nimitz e sua meta de volatilidade de 5% sem correr riscos em excesso, no entendimento da casa. Foi por isso que a SPX fez do Lancer seu filho mais comportado. O plano é bater no máximo entre 3% e 3,5% de volatilidade.</p><p>Se por um lado, por permitir que a equipe assuma menos risco, o Lancer tende a render menos do que o Nimitz, por outro ele tem vantagens em relação ao fundo-irmão, como a ausência de taxa de performance e de cobrança de come-cotas, a mordida semestral do Leão que incide sobre os multimercados – e que não existe na previdência.</p><p>Quer saber se deve ou não pegar carona na previdência da SPX? Ou está perdido e não sabe nem por onde começar? Eu posso contar a você <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180321-HFF-X-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180321-vd-sre01-hff\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\"><strong>aqui.</strong></a></p></div><p> </p><p><strong>MEU PROJETO DE VIDA</strong><br> Como filha de pai médico e mãe artista, especializei-me em ajudar quem não tem tempo para investimentos ou acha o assunto uma chatice a ganhar dinheiro como um profissional do mercado. Duvida? <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180321-HFF-X-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180321-vd-sre01-hff\"><strong>Vem comigo.</strong></a></p>"},{"image":"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/investidor-pessoa-fisica-e1521639309295-339x190.jpg","title":"Faça o que você não consegue","publishDate":"2018-03-21T03:00:00.000Z","description":"Na Empiricus, não subestimamos a inteligência do investidor pessoa física, achando que somente os super-ricos e os profissionais podem acessar os fundos mais arriscados e, normalmente, também com o maior potencial de valorização. Nós realmente acreditamos que você pode fazer…","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/investidor-pessoa-fisica/","text":"<p><em>“Quando criança, eu corria todos os riscos que podia. Não porque eu era imprudente, mas porque qualquer coisa diferente era entediante. Eu me jogava das coisas, rastejava sob objetos, desafiava outros garotos, andava de skate, esquiava, nadava. Algumas vezes desafiava a própria morte. Tentar alguma coisa difícil e improvável era a única maneira de se viver. Se você estiver fazendo alguma coisa segura, alguma coisa que você já sabe que pode ser feita, você está perdendo seu tempo. Eu achava desconcertante que algumas pessoas na minha idade poderiam apenas ficar ali, respirando e piscando, deixando seu dinheiro inteiro na escola simplesmente passar – elas podiam simplesmente resistir à urgência de sair correndo para fora, de explorar coisas diferentes, de fazer algo novo, de tomar novos riscos. O que se passava na cabeça delas? O que elas poderiam aprender dentro de uma sala de aula que poderia ao menos se aproximar do sentimento de descer por uma montanha em alta velocidade numa bicicleta fora de controle?”</em></p><p>Uau… isso é <a href=\"https://g.co/kgs/z4grwY\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Scott Kelly</a>, o astronauta que passou mais tempo fora da Terra dentre todos. O mais impressionante para mim é que seu modo de vida não era uma opção. Ele simplesmente precisava daquilo, era um imperativo, uma necessidade. Não há como resistir a esse tipo de força.</p><p>“Do what you can’t” (faça o que você não consegue) é o slogan da <a href=\"http://www.samsung.com/br/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Samsung.</a> Não tem problema para mim. Espero que não tenha problema para eles também. Aqui, copio tudo que acho bom. No caso, se você está apenas fazendo o que já sabe que pode fazer, está abaixo de suas possibilidades. Ponto final. Acho que Scott Kelly e Samsung quiseram dizer algo assim.</p><p>Eu trago essa ideia alheia sem qualquer constrangimento. Em <a href=\"https://www.empiricus.com.br/tag/bolsa/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Bolsa</a>, ideia original paga rigorosamente a mesma coisa que a cópia. Se você comprou Petrobras porque eu recomendei ou se decidiu fazê-lo após chegar sozinho à decisão de adquirir os papéis, seu rendimento será rigorosamente o mesmo. A defesa da originalidade em Bolsa é simplesmente uma batalha em favor do próprio ego, não oferece qualquer benefício financeiro.</p><p>Há muitas situações em que ser original paga bem. Se você é um empreendedor, um gênio criativo, um artista, alguém que lida com a necessidade de romper com uma determinada fronteira, possivelmente dependerá da originalidade – e ela é, de fato, uma qualidade admirável. Mas no mercado financeiro pode até ter desvantagens em ser o pioneiro – se só você descobriu uma determinada oportunidade, por construção ela demorará mais tempo para se materializar em lucros, pois os demais também precisarão passar pelo processo de descoberta, de tal sorte que aumenta seu custo de oportunidade.</p><p>Corolário prático: converse com quem você puder sobre investimentos, replique todas as ideias construtivas. Se tiver a oportunidade de copiar gente como Luis Stuhlberger ou Rogério Xavier, por exemplo, não hesite em fazê-lo.</p><p>Aproprie-se das boas ideias, jogue fora as ruins, principalmente aquelas que tentaram condená-lo à maldição de fazer para sempre o que você já faz. Você pode mais do que isso.</p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 35px 0; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/outliers/como-comecar-a-investir/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Como começar a investir</a></div><p>Há mais ou menos uma semana, esteve aqui o head da operação brasileira de uma das maiores gestoras do mundo. Ele era brilhante e eu procurava aprender tudo que podia. Acompanhado de outros dois gringos, falava um inglês impecável. Eu, que entrara naquela sala sem saber da presença estrangeira, respondia com a mesma fluência com que o João Pedro toca oboé.</p><p>Sem contar o inglês macarrônico e o constrangimento de conversar com três pessoas bem mais relevantes do que eu, o papo ia bem. Até que ouvi: “Este fundo não deveria estar disponível nas plataformas de varejo. Ele é arriscado demais, volátil demais para a pessoa física”.</p><p>Eu imediatamente me desliguei. Talvez essa seja minha maior discordância de toda a indústria financeira brasileira, que enxerga a pessoa física como uma espécie de jogador da Série B. Aquela ideia apresentada na sala Taleb do nosso escritório (os compartimentos aqui levam nomes das maiores influências) não era uma exclusividade do meu interlocutor. Ao contrário, ele era apenas uma metonímia da visão de consenso.</p><p>Na cabeça dos ternos vazios da Faria Lima e do Leblon, ela deve estar alijada dos fundos mais arriscado, de alternativas sofisticadas de investimento. Somente os super-ricos, os profissionais e, claro, os próprios ternos vazios da Faria Lima e do Leblon, portadores de uma habilidade especial, poderiam acessar os fundos mais arriscados e, normalmente, também com o maior potencial de valorização.</p><p>Não poderia discordar mais. Criamos a <strong>Empiricus</strong> justamente para tratar o investidor de varejo com a dignidade que ele merece, não como um animal idiota que precisa estar na prisão perpétua de uma jaula composta por LCIs, LCAs, CDBs, poupança ou fundos aguados e sem volatilidade disponíveis nas plataformas dos bancos.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>O primeiro ponto importante da discordância: a volatilidade nada tem a ver com risco. Insisto: entre um fundo de maior vol e outro de menor, para o mesmo retorno, fique com o primeiro. Seu gestor estará muito mais preparado para enfrentar situações adversas do que o outro, a virgem imaculada que ainda não atravessou uma única crise. O fundo sem volatilidade normalmente carrega muito mais riscos escondidos, que são os piores, pois não os conhecemos e para os quais, portanto, estamos despreparados. A volatilidade é nada mais do que um instrumento de revelação da verdade.</p><p>O segundo elemento é igualmente relevante: mesmo se o sujeito estivesse certo e o tal fundo volátil significasse mais risco, para quem ele deveria estar disponível: para a classe mais rica ou mais pobre?</p><p>Rico precisa preservar capital. Tudo que ele tem a fazer na vida é evitar uma grande tragédia financeira. Pobre é quem precisa multiplicar. Por mera aplicação da lógica, quem mais necessita de aplicações de maior risco é justamente o pobre.</p><p>Vamos falar sinceramente: se você tem R$1 mil guardados na conta e perde esses R$1 mil, sua vida não vai mudar muito. Claro que vai ser ruim e eu serei o primeiro a lamentar isso, verdadeiramente. Mas seu padrão de vida não vai ser muito afetado por aqueles R$ 1 mil a menos.</p><p>Agora, se você tem US$ 10 milhões na conta e perde esses US$ 10 milhões, aí a coisa muda dramaticamente.</p><p>Ações, fundos voláteis e investimentos considerados mais arriscados em geral deveriam, primeiramente, ser oferecidos para o varejo, depois para o investidor institucional. Isso obedeceria à lógica da construção/preservação de patrimônio.</p><p>Caso contrário, você cria um ciclo vicioso. Investidor de varejo não tem tanto dinheiro quanto o profissional. Na norma padrão do mercado financeiro, ele nunca pode acessar um produto sofisticado, então está condenado para sempre a um nível baixo de sofisticação. Continua com baixos retornos e com menos dinheiro – é o bramanismo das finanças, cada um enjaulado para sempre em sua casta.</p><p>Não compactuo com isso. Eu acredito que se falar para o leitor: “isso tem muito risco, exige horizonte de longo prazo e muita tolerância à volatilidade, portanto sua posição aqui precisa necessariamente ser pequena”, ele, por mais incrível que possa parecer, vai entender que “isso tem muito risco, exige horizonte de longo prazo e muita tolerância à volatilidade, portanto sua posição aqui precisa necessariamente ser pequena.”</p><p>Foi para isso que fundamos a <strong>Empiricus,</strong> por acreditar que as pessoas não são analfabetas, que elas estavam fazendo menos do que poderiam e estavam enjauladas numa maldição imposta pela indústria financeira tradicional, que as condenava a investimentos subótimos.</p><p>A <strong>Empiricus</strong> não é somente a alternativa não conflitada aos bancos e às corretoras. É também uma abordagem diferente, que não subestima a inteligência do investidor pessoa física. Nós realmente achamos que você pode fazer o que não consegue.</p><p>Talvez você não consiga ser o melhor investidor do Brasil sozinho. Mas talvez você consiga com alguma ajuda. Por isso, hoje eu lhe convido para conhecer o programa <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180321-DAYO-ADNA-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180321-vd-sre01-dayo-adna\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\"><strong>SuperRentabilidade.</strong></a> Ele foi inteiramente desenvolvido pela Luciana Seabra, uma das pessoas mais respeitadas do universo de fundos de investimentos do Brasil, com um objetivo único: levá-lo a uma condição que nem você mesmo acredita que pode atingir. Você está a um passo de investir tão bem ou até melhor do que os profissionais mais competentes da área. Aqui, juntamos somente os melhores numa única proposta. Reunindo as várias competências individuais numa única, talvez até um avestruz possa voar.</p><p><img class=\"alignnone size-full b-lazy\" width=\"550\" height=\"310\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://s3.amazonaws.com/empiricusimagens/2018/03/print-comercial-samsung.jpg\"></p><p>Mercados iniciam a quarta-feira demonstrando doses de expectativa e cautela. Há indicadores muito relevantes no radar, para os quais ainda não se têm uma definição.</p><p>Evento mais importante do dia é reunião do Federal Reserve, que deve elevar taxa básica de juro dos EUA a 1,75% ao ano. Mais relevante do que a decisão em si são os comentários que podem sinalizar o comportamento futuro da política monetária por lá.</p><p>Por aqui, destaque para reunião do Copom à noite, com expectativa ampla de nova redução da Selic em 0,25 ponto, para a mínima histórica de 6,5% ao ano. Também localmente esperam-se indicações sobre o futuro do juro básico – se paramos por ai ou se há espaço para um tequinho a mais de queda.</p><p>Em paralelo, investidores monitoram com atenção impasse no STF sobre prisões após condenação em segunda instância.</p><p>Variações dos mercados são bastante modestas, com todos aguardando desdobramentos do dia.</p>"},{"image":"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/ganhar-muito-dinheiro-1-e1521553888829-920x515.jpg","title":"Sou bandido, sou mocinho, eu sou bang, bang, bang","publishDate":"2018-03-20T03:00:00.000Z","description":"O que nos fará ganhar muito dinheiro nos próximos anos ou o que fará o mercado brasileiro progredir muito? Há uma visão típica de que o egoísmo e o altruísmo não são, necessariamente, uma mesma coisa. Mas eles são, sim,…","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/ganhar-muito-dinheiro/","text":"<p><em>Nesta terça-feira, esta newsletter será escrita por Rodolfo Amstalden. Aqueles três leitores assíduos deste espaço mereciam já há algum tempo este upgrade. Rodolfo voltará na quinta, quando eu, Felipe, estarei em Porto Alegre participando do “Brasil de Ideias” em painel com meu brilhante amigo Marcos Troyjo.</em></p><p><em>Apreciem sem moderação.</em></p><p>#</p><p>Com 7,6 bilhões de população mundial, esquecemo-nos que a espécie humana evoluiu como grupos restritos de primatas.</p><p>Nossas primeiras comunidades eram contabilizadas na casa das dezenas e, depois, na casa das poucas centenas.</p><p>Nada de milhares, milhões ou bilhões.</p><p>Talvez esse histórico explique o limitado número de pessoas com as quais conseguimos nos relacionar (verdadeiramente), mesmo num novo contexto de redes sociais.</p><p>E explica também a impossibilidade de antever um futuro que se torna crescentemente complexo.</p><p>Eu mesmo não conto mais do que uma dúzia de amigos.</p><p>E não tenho ideia de como será a conferência “Visão 2035” que o <a href=\"https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">BNDES</a> realiza no Rio nesta terça, talvez para já provisionar os próximos 17 anos de PLR.</p><p>Ainda assim, um candidato a 13º amigo <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/grana-preta/comecar-investir-do-zero/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">insistiu em perguntar</a>:</p><p style=\"padding-left: 30px;\">– O que nos fará ganhar dinheiro nos próximos anos?</p><p style=\"padding-left: 30px;\">– O que fará o mercado brasileiro progredir para os padrões desenvolvidos?</p><p>Meu lado de trader egoísta diria simplesmente: “Cara, estou cagando para o que vai fazer o mercado progredir, só quero ganhar o meu dinheiro!”.</p><p>Já o filantropo altruísta em mim responderia, indignado: “Prefiro abdicar de rendimentos privados para fazer deste um mundo melhor para todos”.</p><p>Se você é trader e quer ganhar algum dinheiro, o egoísmo é capaz de servi-lo perfeitamente bem, num banquete chucro e solitário.</p><p>Já se você é filantropo e sonha em gerar alguma melhora para o mundo, isso provavelmente exigirá algum sacrifício pessoal e muitos jantares inteligentinhos.</p><p>Logo, há uma visão típica de que o egoísmo e o altruísmo não são, necessariamente, uma mesma coisa.</p><p>Mas eles são, sim, a mesma coisa no contexto que realmente importa.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Para entender melhor esse ponto de convergência, vamos alterar marginalmente as duas perguntas acima.</p><p style=\"padding-left: 30px;\">– O que nos fará ganhar MUITO dinheiro nos próximos anos?</p><p style=\"padding-left: 30px;\">– O que fará o mercado brasileiro progredir MUITO?</p><p>Promovida a alteração, não há mais trade-off sensível entre as respostas. Egoístas e altruístas tornam-se um só bandido-mocinho.</p><p>A causa que lhe fará ganhar MUITO dinheiro daqui até 2035 é, provavelmente, a mesma que fará o mercado local progredir MUITO.</p><p>Estamos todos de carona num grande barco sistêmico, que acaba de levantar âncora e logo navegará sem a ajuda de um prático.</p><p>Por ora, entretanto, carecemos de assistência para manobrar neste trecho perigosamente próximo à costa.</p><p>Como ontem, o exterior hoje inspira alguma cautela. Minério de ferro volta a ceder. Europa meio de lado e futuros de Nova York caem.</p><p>Trump usa sua propriedade intelectual para ameaçar novas tarifas a produtos chineses. A China responde que não há vencedores em guerra comercial e mostra inclusive vontade de cortar tarifas de importação. Os mocinhos são bandidos, e vice-versa.</p><p>Por aqui, STF tem encontro para debater prisão em segunda instância, com implicações para Luiz Inácio e outros tantos com anel de doutor.</p><p>Após jogar seu dado de dez faces, o oráculo de Eurasia vê 80% de chances de <a href=\"https://www.empiricus.com.br/tag/lula/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Lula</a> ser inelegível, que talvez seja o mesmo que 20% de elegibilidade.</p><p>Eduardo Guardia quer ser ministro da Fazenda se e quando Meirelles deixar a pasta. Eventualmente, trocaremos nossos Márcios Ovollands pelos verdadeiros guardiões do <a href=\"https://www.empiricus.com.br/t/tesouro-direto/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Tesouro Nacional</a>, progredindo rumo ao desenvolvimento.</p><p>Acontece que Eternit ajuizou pedido de recuperação judicial na comarca de São Paulo. Isso me fez lembrar, com certo saudosismo, do seguinte argumento de mercado, ainda em meu início de carreira:</p><p>“Meu, deixa eu te ensinar uma coisa, não sei se você é capaz de entender, mas vamos lá: Eternit não tem exposure a crisotila (era proibido falar em amianto). Quando a empresa quiser, aperta um botão e começa a vender 100% em telha de concreto e louça sanitária. Capisce?”.</p><p>No Canadá, 40 empresas que iniciaram suas atividades em mineração, petróleo ou gás hoje apostam na maconha.</p><p>Se maconha não é sua praia e você também não gosta deste bang, bang, bang, sugiro uma aposta firme na <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\"><strong>SuperRentabilidade</strong></a> de minha amiga Luciana Seabra, que só ensina coisas que todos nós somos capazes de entender.</p>"},{"image":"","title":"A maldição do vencedor, versão brasileira Herbert Richers","publishDate":"2018-03-19T03:00:00.000Z","description":"O relevante mesmo é formarmos mais um gigante macunaímico para enfrentar o monstro Venceslau Pietro Pietra, o estrangeiro invasor. Assim, a sala de troféus ganha um novo integrante: Suzano + Fibria.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/suzano-e-fibria/","text":"<p>Paulo Rabello de Castro, um dos expoentes do liberalismo brasileiro, estava lá na sexta-feira elogiando a formação de mais um campeão nacional. Para não remeter explicitamente à Era Luciano Coutinho, tentou disfarçar: “campeões brasileiros”. Com tamanha discrição, ninguém percebeu, claro…</p><p>A sala de troféus ocupada por JBS, Marfrig, BRF e indústria naval, todos com cheiro de mofo e carne podre, ganhava um novo integrante: Suzano + Fibria.</p><p>Schalka, outro frequentador assíduo de jantares “inteligentinhos” regados a Hayek e Friedman, abriu seu discurso agradecendo ao… <a href=\"https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">BNDES</a><a href=\"https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">!</a> Tudo, óbvio, devidamente azeitado entre o banco de fomento e a família Feffer, a terceira personagem 100% liberal dessa história.</p><p>A nova matriz econômica, que parecia superada, ainda respira, ao menos em um de seus brônquios primários: a ideia de que podemos seguir o modelo coreano de desenvolvimento, formando grandes conglomerados de capital nacional, independentemente se esse é o melhor caminho ou não para a maximização de valor para todos os acionistas – se temos uma oferta melhor na mesa, pouco importa. O relevante mesmo é formarmos mais um gigante macunaímico para enfrentar o monstro Venceslau Pietro Pietra, o estrangeiro invasor.</p><p>Há um elemento clássico da literatura de leilões batizado de “maldição do vencedor” (winner’s curse). Em leilões abertos, em que há disputa pelo ativo a ser comprado, o vencedor é aquele que submete a maior oferta. Então, pensa o seguinte: se os agentes econômicos são racionais (se vale a hipótese de expectativas racionais), na média, a estimativa dos licitantes converge para o real valor do ativo a ser comprado. Por construção, o vencedor é aquele que paga um valor acima da média dos licitantes. Logo, ele tende a oferecer mais do que deveria pelo ativo a ser comprado.</p><p>Sair vencedor de um leilão por determinada empresa, licitação ou qualquer coisa parecida normalmente se associa a uma vitória de Pirro. Você até leva para casa o ativo que queria, mas destruindo valor para seus acionistas. Daí decorre a heurística tradicional de movimentações M&A: compre quem está sendo vendido, shorteie (venda) quem está comprando.</p><p>Como diria um velho amigo um tanto avesso ao bom português: “No Brasil, é tudo aos contrário”.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Fibria era o ativo quente do momento, em claro processo de desalavancagem, passando a gerar muito caixa, com rápido crescimento e sendo o low cost producer (produtor de menor custo). Era o grande ativo a ser comprado. Não à toa, estava disputada também pela PE.</p><p>O mais curioso dessa história é que havia uma oferta firme na mesa na casa de R$72,00 por ação da Fibria, mas todos decidiram aceitar uma proposta pior, de cerca de R$62,00 por ação. E, claro, “sem qualquer questionamento, estendemos aos minoritários o direito de tag along, afinal somos exemplo de governança” – dar direito de tag along com 10% abaixo do preço de tela… sinceramente…</p><p>Ok, ok. Alguns dirão que a proposta chinesa não era efetivamente firme, que não havia garantias para o financiamento, sem clareza sobre a real capacidade de funding. Também poderíamos dizer que não era do interesse da família Ermírio de Moraes sair do negócio, ficando ainda com uma participação na empresa resultante, a ser alienada lá na frente. E reconheço também o impacto fiscal da transação, posto que a oferta em dinheiro obriga o pagamento iminente de imposto de renda por ganho de capital.</p><p>Reconheço cada um dos pontos. Mas, se for por aí, precisam ser explicitados cada um dos pontos, mostrando as vantagens da oferta da Suzano comparativamente àquela da PE. O papo de maiores sinergias é difícil de engolir, porque seria mais óbvio, sob esse aspecto, a união com os chineses.</p><p>Sem a devida explicação e a transparência sobre a avaliação de ambas as ofertas, levanta-se a hipótese (que talvez não passe de mera hipótese) de que pesaram outros interesses além da estrita maximização de valor para todos os stakeholders, entre eles a vontade do BNDES de montar uma empresa de capital nacional, o que, obviamente, não se alinha aos princípios elementares de governança corporativa e fere de morte a ideia de que os controladores e administradores de uma empresa devem atuar em prol do interesse de todos aqueles que proveram capital à companhia, sem privilégio de um ou outro, minoritário ou controlador, chinês ou brasileiro.</p><p>Se não tivermos claros os motivos para a preferência por uma pilha de grana menor frente à maior, podemos ficar com a falsa impressão de que dinheiro por essas bandas precisa vir com carimbo de “conteúdo nacional”. Isso seria um assassinato inadmissível para nossos liberais. Ainda tenho esperança e prefiro ver The Killers só no <a href=\"https://www.lollapaloozabr.com/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Lolla</a>.</p><p>Mercados brasileiros tentam resistir vivos à maior aversão a risco no exterior, disparada por queda pronunciada das commodities, mas abrem a semana no vermelho. Variações são razoavelmente modestas, com algum otimismo sobre recuperação da economia, após IBC-Br mostrar crescimento acima do esperado em janeiro (na comparação anual, +2,97%, contra 2,4 esperados).</p><p>Além do <a href=\"https://www.empiricus.com.br/daily-news/previa-pib-janeiro/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">IBC-Br</a>, agenda local traz prévia do IGP-M, basicamente em linha com projeções, e nova deflação do IPC-Fipe. Mercados ainda monitoram relatório Focus e dados da balança comercial semanal. Vencimento de opções sobre ações pode trazer volatilidade adicional para a B3.</p><p>Minério de ferro apresentou forte queda no exterior, pressionado por aumento dos estoques na China para níveis preocupantes. Em paralelo, petróleo cede após bom desempenho recente, diante de maior produção nos <a href=\"https://www.empiricus.com.br/tag/eua/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">EUA</a>.</p><p>Ibovespa Futuro abre em baixa de 0,22%, juros futuros recuam e dólar tem ligeira alta contra o real.</p><p>Encerro hoje com um convite para a leitura do excelente livro da <a href=\"https://www.empiricus.com.br/analistas/beatriz-cutait/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Beatriz Cutait</a> sobre Imposto de Renda e investimentos. A Beatriz é hoje uma das pessoas mais respeitadas em conteúdo para investidores pessoas físicas no Brasil e produziu algo realmente especial neste guia prático para declarar suas aplicações financeiras no Imposto de Renda. Você pode acessar este material totalmente de graça clicando <strong><a href=\"https://sl.empiricus.com.br/vof01-leao/?xpromo=XE-MI-EMP-VOF01-SUBWS-20180319-DAYO-XF-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180319-vd-vof01-dayo\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">neste link</a></strong>. Confesso que eu mesmo, que sou uma porta para questões de IR (talvez pior do que uma porta), preciso ler.</p>"},{"image":"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/empiricus-247-17032018-e1521468454818.png","title":"Seja responsável","publishDate":"2018-03-17T03:00:00.000Z","description":"Quero te apresentar Jordan Peterson. Suas ideias conjugam disciplina, responsabilidade, aventura e liberdade, espalham luz na escuridão niilista propagada por “intelectuais” pós-modernistas e marxistas, os mesmos que dominam as universidades (aqui e lá fora), o meio artístico e a mídia.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/empiricus-247/esquerda-jordan-peterson/","text":"<p>Hoje eu quero te apresentar duas pessoas.</p><p>A primeira já é conhecida de todos: Luciana Seabra, nossa especialista em fundos. A Luciana preparou um conteúdo exclusivo para você. <strong><a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-EHLSRE01-SUBWS-20180317-247-X-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180317-vd-ehlsre01-247\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Veja agora!</a></strong></p><p>Já a segunda deve ser uma novidade.</p><p>Estou falando do psicólogo e professor <a href=\"https://g.co/kgs/jrDd1M\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Jordan B. Peterson,</a> da Universidade de Toronto. Quem o me indicou foi o amigo Danilo Amaral, um dos fundadores do Acorda Brasil, movimento de participação relevante nas manifestações que levaram ao impeachment de Dilma Rousseff.</p><p>O Danilo me encaminhou um vídeo do Jordan Peterson pelo WhatsApp, dizendo que suas ideias têm grande conexão com a nossa visão de mundo aqui na <strong>Empiricus.</strong> Fiquei curioso e passei a assistir às entrevistas e palestras deste que é hoje um fenômeno da juventude, cansada das manipulações ideológicas da esquerda. Não parei de assistir até agora. Minha conexão com suas ideias foi imediata. Elas conjugam disciplina, responsabilidade, aventura e liberdade, espalham luz na escuridão niilista propagada por “intelectuais” pós-modernistas e marxistas, os mesmos que dominam as universidades (aqui e lá fora), o meio artístico e a mídia.</p><p>Em resumo, o professor faz um chamamento à responsabilidade individual. Não adianta querer mudar o mundo, enquanto a sua vida está uma bagunça. Ou seja, antes de colocar a culpa no outro (no sistema, no governo, nos bancos), certifique-se de que você está fazendo tudo o que é possível para ter uma vida adulta e responsável.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Não pense que as ideias dele são recebidas (e aceitas) amistosamente. Além dos esperados ataques de radicais de esquerda, “black blocs”, etc., há críticas contundentes de vozes do mainstream também. Na minha pesquisa sobre o seu último livro, “12 Rules for Life” (atualmente número 1 no ranking dos mais vendidos na <a href=\"https://www.empiricus.com.br/artigos/como-investir-facebook-e-outras-gigantes-digitais/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Amazon</a>), Peterson aparece sendo duramente atacado por colunistas do “Financial Times” e do “The Guardian”, ambos britânicos.</p><p>Mais que incomodar, ideias fortes ofendem. E Peterson tem mexido com a sensibilidade de muitos.</p><p>Na sua cruzada contra a vitimização, ele afirma que você só será explorado caso permita. Cabe a você, e somente a você, a responsabilidade de tomar o controle sobre suas decisões e sobre o seu destino.</p><p>Isso vale para tudo. Casamento, família, profissão, negócios e, claro, investimentos. E aqui a conexão com a <strong>Empiricus</strong> faz todo o sentido. Desde o princípio, nossa missão tem sido trazer ideias de investimento com aplicação prática, imediata. Estimulamos nossos assinantes a assumirem a responsabilidade de cuidar do próprio dinheiro e, por consequência, de seu futuro financeiro.</p><p>Sabemos que não se trata de uma missão simples. Todavia, as coisas que realmente importam na vida não vêm fácil. Somos desafiados constantemente e temos a obrigação de enfrentar e superar os desafios.</p>"},{"image":"","title":"Analógico vs digital","publishDate":"2018-03-16T03:00:00.000Z","description":"Duas gerações podem coexistir, mas uma delas tende a se tornar mais influente conforme o mundo evolui. Algo parecido acontece no sistema financeiro, com o dinheiro.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/crypto-talks/dinheiro-analogico-digital/","text":"<p>Na semana passada, fui convidado para dar uma palestra em um evento organizado para CFOs de diferentes empresas.</p><p>A noite contaria com outras duas apresentações também focadas no mercado de criptomoedas. Era o tema sobre o qual todos queriam ouvir. Resolvi que falaria sobre como se formam os preços dos criptoativos.</p><p>Me programei para chegar um pouco antes de o evento começar, coisa de 20 minutos. Às 18 horas, iniciava o coquetel de abertura, com direito à bebida da moda do verão 2018: gin tônica (confesso que entrei na onda também).</p><p>Esse momento inicial era um espaço para networking. Eu, que até hoje não sei começar uma conversa com pessoas que não conheço em locais assim, achei uma mesinha no canto para apoiar minha bebida enquanto rolava pelas últimas notícias do criptomercado, imerso no meu mundo digital — eu sei, você vai falar: “Vinícius, larga esse celular e vai falar com as pessoas”.</p><p>Fui salvo pelo Gustavo, que apareceu do meu lado e falou: “Você é o Vinícius, certo? Sou assinante de vocês”.</p><p>É sempre um prazer enorme encontrar assinantes em eventos, conversar com eles, entender o que os levou a se interessarem por esse mercado e, claro, como podemos continuamente melhorar nossas publicações.</p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 35px 0; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/artigos/qual-criptomoeda-investir-em-2018/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Em qual criptomoeda investir em 2018?</a></div><p>Também me impressiono que, a cada vez, ouço uma história diferente; a do Gustavo me chamou atenção. Ele trabalha com relógios. Quer dizer, desculpe ser simplista, Gustavo. Com os melhores relógios que você pode encontrar por aí. Coisa fina mesmo.</p><p>O Gustavo trazia consigo os dois extremos da tecnologia: o ecossistema digital das criptos e suas histórias sobre os relógios analógicos, como aquele que carregava no pulso.</p><p>A tradição relojoeira mantém vivos os elementos da mecânica que levam aquele pequeno ponteiro a fazer um tique e um taque, precisamente, a cada dois segundos.</p><p>O Gustavo me explicou sobre os diferentes tipos de relógios, como eles funcionam, e me disse que, de tempos em tempos, traz um relojoeiro suíço até sua butique para ensinar a um grupo de pessoas como funcionam os mecanismos tradicionais.</p><p>Os relógios analógicos, hoje menos frequentes no pulso dos preocupados com o horário, resgatam uma era tecnológica pré-digitalização.</p><p>Em alguns anos eles deixarão de existir, dando espaço apenas a smartwatches? Duvido. Mas é inevitável que os dispositivos digitais sejam predominantes.</p><p>É o caminho natural da tecnologia. Duas gerações podem coexistir, mas uma delas tende a se tornar mais influente conforme o mundo evolui.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Algo parecido acontece com o sistema financeiro. Nas últimas décadas, a digitalização permitiu que novas formas de usar dinheiro, além do papel-moeda, surgissem.</p><p>E seguindo o curso evolutivo, uma nova geração monetária está surgindo. A diferença entre o dinheiro e os relógios é que, no segundo grupo, o que é analógico, apesar de se tornar raro, continua guardando valor.</p><p>Há relógios que são adquiridos até mesmo como forma de investimento em ativo físico, assim como você poderia comprar um quadro de um artista famoso ou uma pedra preciosa.</p><p>Sou inclinado a dizer que, no caso do dinheiro, daqui a um tempo, eu só vou encontrar papel-moeda lá na Praça XV, em Ribeirão Preto, na feira de antiguidades e colecionáveis.</p><p>O mundo muda, seu dinheiro também. <strong><a href=\"https://sl.empiricus.com.br/becacm01-criptomoedas/?xpromo=XE-MI-EMP-BECACM01-SUBWS-20180316-CRT-X-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180316-vd-becacm01-crt\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Sugiro que leia isto se quiser estar preparado.</a></strong></p><p>Enquanto a volatilidade e a falta de força compradora deixam os preços das criptomoedas no vermelho, os avanços tecnológicos não param. Ontem, a Lightning Labs, que está por trás da Lightning Network (LN), anunciou o lançamento da versão beta da rede na mainnet do Bitcoin.</p><p>Apesar de ainda ter muito a desenvolver, a LN é um projeto extremamente promissor ao atacar o problema de escalabilidade do Bitcoin.</p><p>Essa mesma dificuldade é a que faz algumas pessoas acharem que a moeda digital não serve bem para pagamentos, mas sim como reserva de valor. É a opinião de Peter Thiel, por exemplo — só precisamos lembrar que o cara é fundador do <a href=\"https://g.co/kgs/UPBb7L\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">PayPal</a>, que é justamente um meio de pagamento concorrente.</p><p>Tenha ele dito isso por conta do negócio que leva à frente ou por realmente pensar assim, sua visão continua bullish. E eu estou com ele. Wall Street deixou o bonde passar até agora, mas duvido que continuará assim por muito tempo. <strong><a href=\"https://sl.empiricus.com.br/becacm01-criptomoedas/?xpromo=XE-MI-EMP-BECACM01-SUBWS-20180316-CRT-X-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180316-vd-becacm01-crt\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">É sua chance de entrar antes.</a></strong></p><p>No curto prazo, porém, preço segue notícia. Na semana que vem, acontece o encontro do G20 na Argentina, no qual será discutido principalmente sobre como evitar lavagem de dinheiro com criptomoedas e proteger os consumidores.</p><p>Do ponto de vista de regulação, a visão é bastante positiva, e o Japão, que tem o melhor modelo regulatório no mundo, deve puxar o barco.</p><p>Difícil é saber como a mídia vai comunicar os fatos. Apostei aqui com o André uma feijoada no Zé Gordo que, mesmo que a discussão no encontro seja super positiva, os jornais vão achar algo negativo para falar.</p><p>Mas isso só saberemos na semana que vem. Até lá, olho no preço e HODL!</p>"},{"image":"","title":"Você podia fazer não importa o quê, que eu sentia uma razão nisso","publishDate":"2018-03-16T03:00:00.000Z","description":"Claro que a tentação de achar que estamos no controle empurra-nos à noção de que podemos entender as coisas. A sensação de que vivemos sem entender nada é dilacerante. Por mais que nos esforcemos, nós não sabemos, não entendemos e…","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/analise-mercado-de-acoes/","text":"<p><em>“A única mulher que eu compreendo direito</em><br> <em> e acho que conheço é você,</em><br> <em> mas é amor e aceitação,</em><br> <em> antes que compreensão mesmo.”</em><br> Vinícius de Moraes – Todo Amor</p><p>Quando comecei nesta brincadeira de analisar ações, e lá se vão 20 anos (“what a drag is getting old”, já dizia Mick Jagger), me considerava discípulo de <a href=\"https://www.empiricus.com.br/tag/buffett/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Warren Buffett.</a> Li vários e vários livros do megainvestidor, dos seus sócios, de seu professor e de seus aprendizes. Era uma questão minha e não sei nem se o próprio velhinho concordaria com a autoavaliação.</p><p>De lá para cá, muita coisa mudou. Perdi os cabelos e a inocência. Parei de acreditar em super-heróis e em pessoas com habilidades especiais. Claro que admiro profundamente a abordagem buffettiana e tudo que ela representa, nem há como ser diferente, só não faço mais parte do fã clube. Os heróis de verdade morreram de overdose.</p><p>Sabe por quê?</p><p>Basicamente, por duas ideias, que acabam se desdobrando em outras, efeitos colaterais razoavelmente nocivos.</p><p>A primeira sintetizada na frase “nunca invista num negócio que você não entende.” E a segunda ligada à noção de que o bom analista fundamentalista é aquele que identifica, com precisão e recorrência, distorções entre preço e valor. Em outras palavras, ele tem uma habilidade especial: consegue ver melhor do que o mercado o subapreçamento de uma determinada ação.</p><p>Com todo o respeito, mas a abordagem se apoia em uma perspectiva bastante arrogante sobre si mesmo – é curioso como mais de 80% das pessoas se acha acima da média, o que, obviamente, configura um paradoxo.</p><p>Não acho que sejamos capazes de entender negócio ou coisa alguma. Não conseguimos compreender o mundo, a morte, a vida, o amor.</p><p>Eu não sei direito nem sobre a <a href=\"https://jobs.kenoby.com/empiricus\">Empiricus</a>. Aliás, como é curioso como nossos filhos acabam ganhando uma dinâmica própria, por vezes desconectada da concepção original. Lembro do CEO do Twitter pedindo desculpas publicamente ao ver sua empresa, criada para ser um instrumento de democratização e proliferação da informação, sendo transformada num verdadeiro campo de batalha, um ringue em que se espalham “fake news” sem o menor comprometimento.</p><p>Se não somos capazes de estimar nada sobre nossa própria companhia, como poderemos entender de uma outra? Para mim, o pulo do gato está em viver num mundo que não entendemos, porque ele é ininteligível mesmo, na essência. Se só formos fazer aquilo que entendemos, simplesmente não sairemos da cama.</p><p>Claro que a tentação de achar que estamos no controle empurra-nos à noção de que podemos entender as coisas. A sensação de que vivemos sem entender nada é dilacerante. O cérebro humano vive à procura da certeza, mesmo que ela seja irreal. Por mais que nos esforcemos, nós não sabemos, não entendemos e não estamos no controle. Ponto final.</p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 35px 0; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/outliers/como-comecar-a-investir/\">Como começar a investir</a></div><p>Dessa discordância central emergem outras laterais, também com desdobramentos importantes para a alocação de capital.</p><p>Há duas frases clássicas, que, em linhas gerais, tratam da mesma coisa:</p><p>“A diversificação é a arma daqueles que não sabem o que estão fazendo.”</p><p>E…</p><p>“O <a href=\"https://www.empiricus.com.br/tag/risco/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">risco</a> vem de não saber o que você está fazendo.”</p><p>O grande problema aqui é que normalmente nós não sabemos mesmo. O mito de estarmos no controle. A razão é uma grande emoção, é o desejo de controle. Sei que já escrevi essa frase aqui várias vezes, mas eu a adoro mesmo, fazer o quê?</p><p>Há duas versões distintas sobre a diversificação. Não há certo ou errado. Existem apenas visões diferentes sobre a realidade. Eu, pessoalmente, me alinho a uma delas, mas se trata apenas do meu jeito de ser e estar no mundo.</p><p>Penso num produtor rural. Tenho simpatia por essa figura, por Tonico e Tinoco e pela Tristeza do Jeca, sendo eu mesmo detentor de meia dúzia de alqueires no interior de Minas.</p><p>Nestes versos tão singelos, apresento a figura de um produtor de couve. O sujeito faz só isso há 20 anos. Acredita saber tudo sobre a verdura, das necessidades climáticas para sua melhor conservação às propriedades da química orgânica, com sua alta concentração de ferro.</p><p>Soube de um meteorologista forasteiro que passava por aquelas bandas que em pouco tempo se aproxima uma mudança importante na temperatura e da pluviosidade, o que poderia simplesmente destruir toda sua plantação de couve. Se for confirmado, não haverá o que fazer. Terá perdido toda a lavoura.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Para a próxima safra, ele tem duas opções:</p><p>1 – Permanecer em seu círculo de competências e insistir na plantação exclusiva de couve. Afinal, é disso que ele manja. Não domina outras técnicas e seria altamente imprudente arriscar-se numa outra atividade. Em contrapartida, sabe da possibilidade de mais uma vez ser surpreendido por uma tempestade tropical ou por uma praga invencível que possa a acabar mais uma vez com cada pé de couve.</p><p>2 – Diversificar a atividade e passar a também plantar quiabo, reduzindo seu nível de dependência da couve e blindando-se de eventuais surpresas que possam a afetar essa verdura em específico. Não mais tem todas as verduras na mesma cesta. Ao menos tempo, correrá o risco de engajar-se numa nova atividade, com pouco domínio e conhecimento.</p><p>Se você acha que realmente é um plantador diferenciado de couve, ok, talvez você possa mesmo se concentrar nisso. Nada contra. Eu, no entanto, acho que somos menos competentes do que achamos mesmo dentro de nosso círculo de competências.</p><p>Mesmo o mais profundo conhecedor do mercado de couve, o mais diligente e preparado, estará sujeito a surpresas negativas em sua lavoura. Logo, a alta concentração nisso pode custar-lhe um ano inteiro. Então, eu, Felipe, preferiria plantar também quiabo, que, com molho de urucum, angu (não confundir com polenta) e frango caipira, forma uma alimentação balanceada maravilhosa.</p><p>Isso nos conduz obviamente à última discordância com as proposições de Warren Buffett. Em sua regra número 1, ele diz: “Nunca perder dinheiro”. E a regra número 2 completa: “Nunca esquecer a regra número 1”.</p><p>Certo ou errado, penso que se nunca perdeu dinheiro em seus investimentos você não está tentando o suficiente. O processo de aplicação de recursos financeiros, assim como qualquer outro na vida, obedece à lógica de tentativa e erro. Estamos num ambiente de incerteza e sujeito a forças aleatórias. Mesmo aqueles de maior rentabilidade, vão errar, terão posições perdedoras. Isso faz parte do percurso. Somente os super-heróis não erram, sabem de tudo.</p><p>Há uma forma muito simples de você não perder dinheiro nunca: aplique 100% de seu capital na poupança. Esse é o pior erro que você pode cometer.</p><p>Estendendo o clima mais negativo da véspera, mercados brasileiros iniciam a sexta-feira no vermelho. Variações são mais modestas, ainda sob influência de desconforto com medidas de Donald Trump, que vêm pesando sobre emergentes ao sugerir uma eventual guerra comercial.</p><p>Internamente, governo fica pressionado com intervenção no RJ após a lamentável morte de Marielle Franco e seu motorista. Aumenta instabilidade política com os desdobramentos e as manifestações recentes.</p><p>Agenda doméstica trouxe IPC-S basicamente em linha com projeções e pesquisa mensal de serviços. Na esfera corporativa, <a href=\"https://www.empiricus.com.br/daily-news/minoritario-fusao-fibria-suzano/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">destaque para fechamento de acordo entre Fibria e Suzano</a> – ressuscitamos um dos pilares da nova matriz econômica e criamos mais um campeão nacional. Parabéns aos envolvidos! Vamos repetir o procedimento à espera de um resultado diferente. Sexta-feira é dia da maldade e de mais uma vergonha nacional.</p><p>Ibovespa Futuro abre em ligeira queda de 0,10%, dólar sobe contra o real e juros futuros apresentam ligeira alta.</p>"},{"image":"","title":"Graça sob fogo","publishDate":"2018-03-15T03:00:00.000Z","description":"Passamos por ciclos de euforia e depressão na Bolsa de Valores, bolhas e seus estouros. Cedo ou tarde, teremos o esgotamento do ciclo positivo. Mesmo dentro dele, passaremos por correções brutais. E você precisa estar preparado.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/investidor-bolsa-de-valores/","text":"<p><em>“Provavelmente, as duas melhores lições para se absorver do livro venham de suas falências repetidas e de como ele lidou com elas. No livro, eu acho que ele perdeu toda sua fortuna quatro ou cinco vezes. Eu passei pela mesma coisa, mas fui sortudo o suficiente para ver isso acontecendo quando tinha apenas vinte e poucos anos, em pequenas quantidades de capital.(…)</em></p><p><em>De todo modo, não é uma coincidência que nossos maiores campeões, os maiores artistas, os maiores líderes, nossos maiores em qualquer coisa parecem ter experimentado esse tipo de fracasso em suas vidas. Eu acho que sua grandeza foi formada justamente a partir da prova severa da adversidade. Dois anos antes de Lincoln se tornar presidente dos EUA, que considero o maior de todos, ele sofreu uma derrota vergonhosa para Stephen Douglas. Em alguma medida, isso vale para minha área de atuação. Sou bastante desconfiado com aqueles traders que nunca perderam tudo.(…)</em></p><p><em>Há duas experiências bastante desagradáveis pelas quais um trader vai passar pelo menos uma vez em sua vida, normalmente mais de uma vez. Primeiro, chegará um dia em que ele estará tão devastado por uma sequência ruim de operações que vai questionar sua própria capacidade de engatar algum trade positivo novamente. E outra: haverá um momento em que vai se perguntar por que ele está ganhando dinheiro e se aquilo é realmente sustentável.</em></p><p><em>O primeiro ponto testa a persistência do sujeito. Ele tem a estamina, a coragem, o brio e a esperteza para se levantar e se engajar na batalha novamente?</em></p><p><em>O segundo momento de iluminação é o mais assustador, porque ele representa o reconhecimento de que não estamos no controle. Quando eu tinha quase 38 anos, fiquei amedrontado ao perceber que eu não sabia exatamente como eu havia ganhado dinheiro nos 17 anos anteriores. Isso jogou minha confiança fora num sacolejo instantâneo. Ao mesmo tempo, me empurrou para baixo numa jornada de autoconhecimento que até hoje está em curso.”</em></p><p>Desculpe a longa citação. Isso é Paul Tudor Jones II, criador da Tudor Investment, de uma fortuna estimada em cerca de US$5 bilhões, falando do livro clássico “Reminiscências de Um Especulador Financeiro”, que trata da trajetória de Jesse Livermore.</p><p>Tudor é também um grande filantropo e fundador da <a href=\"https://g.co/kgs/81opgD\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Robin Hood Foundation,</a> o que, não sei por qual motivo, me confere uma grande simpatia pelo sujeito.</p><p>Há algo especial num investidor grandioso, o que não necessariamente representa grande: sua capacidade de persistir, voltar, continuar andando mesmo sob a tempestade, cair e se levantar, mais de uma vez. Grace under fire (graça sob fogo).</p><p>O processo de construção patrimonial é uma grande maratona e, certamente, você vai atravessar momentos quase insuportáveis no percurso. No passado distante, eu tive um sócio intelectualmente brilhante. Possivelmente uma das pessoas mais inteligentes que já conheci. O sujeito tinha umas dez ideias por dia e muita iniciativa. Infelizmente, sua trajetória profissional – e ele mesmo reconhece – esteve muito aquém do que poderia ter sido. Isso porque ele abandonava as coisas diante do primeiro ou segundo obstáculo. Como resume a personagem de Robert De Niro a seu filho no emocionante “Desafio no Bronx”: “A coisa mais triste na vida é um talento desperdiçado”.</p><p>Só há um tipo de racionalidade possível, também nos mercados financeiros e ela se liga à sobrevivência. Para persistir e seguir na maratona, você precisa estar vivo. A única forma possível de se alcançar e sair vencedor, sem recorrer à arrogância epistemológica de achar que você consegue antever o futuro ou saber de um determinado ativo mais do que a média do mercado (amanhã vou falar disso), é fazer apostas assimétricas a cada rodada do jogo (mais ganho potencial do que perda potencial), calibrando adequadamente o tamanho de cada jogada de modo a não morrer em nenhuma delas – para isso recorremos ao chamado Kelly Criterion.</p><p>Já falei sobre isso algumas vezes e não quero aqui recitar o samba de uma nota só. Insisto só em lembrar, ainda sobre isso, que apostas perdedoras fazem parte da corrida. Apelo a Eclesiastes, um livro de sabedoria: “Não há nada de novo sob o Sol”.</p><p>Como a <a href=\"https://www.empiricus.com.br/tag/bolsa/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">B3</a> ainda pertence ao Sistema Solar, também não há novidade alguma nela. Passamos por ciclos de euforia e depressão, bolhas e seus estouros. Cedo ou tarde, teremos o esgotamento do ciclo positivo. Mesmo dentro dele, passaremos por correções brutais. E você precisa estar preparado.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Já sabemos disso. Chamo atenção para outro elemento, totalmente negligenciado nos livros de finanças e mesmo nos cursos acadêmicos, sejam eles lato ou stricto sensu: capacidade de execução. Se você não acertar como instrumentalizar e operacionalizar adequadamente suas ideias, pode ser preciso em cada um dos seus racionais, não vai adiantar. Vai morrer pelo caminho.</p><p>Está lá no já clássico “Organizações Exponenciais”: “É importante enfatizar que o sucesso do empreendimento raramente vem da ideia. Vem da atitude de jamais desistir e da execução implacável dos fundadores”. O diabo está nos detalhes.</p><p>Em 2017, por exemplo, você acertou perfeitamente a tese macro/sistêmica se apostou em estatais, sob a crença de melhora na percepção de risco, avanço da governança, etc. Mas o cavalo em que você apostou fez toda a diferença. Se foi pelo caminho estatais estaduais, se deu mal. Se foi para as federais, saiu vencedor.</p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 35px 0; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/artigos/melhores-investimentos/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Guia completo: Os Melhores Investimentos para 2018</a></div><p>Outro exemplo claro de problema de instrumentalização está nos custos de transação. Você pode ser o mosco de 2018 e acertar o bumbum da mosca sobre o momento em que o Copom vai começar a subir a Selic, de tal sorte que precisa estar em pós-fixados. Se estiver num fundo que cobra 5% ao ano de taxa de administração (sim, eles existem e essa é mais uma das nossas jaboticabas), já comeu todo seu diferencial.</p><p>Eu mesmo enfrento uma grande dificuldade em instrumentalizar a filosofia de <a href=\"https://www.empiricus.com.br/t/investimentos/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">investimentos</a> que tanto defendo. Acreditando que os mercados são informacionalmente bastante eficientes e que a incerteza nunca desaparecerá do processo, acho que a melhor forma de se investir em ações é por meio de uma ampla diversificação em small caps.</p><p>Essa é a única forma de você ganhar dinheiro no longo prazo sem depender de nenhuma premissa teórica sobre assimetria de informação, ineficiência dos mercados, repetição de padrões históricos/grafistas ao longo do tempo, habilidade pessoal em saber mais do que a média do mercado, e por aí vai.</p><p>O que vai acontecer depois de 30 anos se você seguir essa estratégia?</p><p>Alguma coisa mais ou menos assim: metade das empresas vai quebrar, ou seja, você vai perder 100% do capital investido nelas. E a outra metade vai se dar bem. Mas quem se dá bem não apenas dobra de tamanho em três décadas, se multiplica por 3x, 4x, 5x, 10x, 100x, sei lá. Quanto mais diversificado você estiver, maior será a chance de capturar um retorno desse de 100x.</p><p>Qual o problema? Tem uma meia dúzia de seis small caps com liquidez razoável na B3. A ideia é maravilhosa, mas sua instrumentalização é problemática.</p><p>Em direção semelhante, a tentativa de implementar com recorrência e profundidade o tail hedging (compra de ativos de risco combinada a opções de venda longas e fora do dinheiro) no Brasil esbarra também na dificuldade de baixa liquidez e preços abusivos para sua montagem. Infelizmente, a sofisticação aqui é muito baixa e o investidor pessoa física encontra pouquíssimos instrumentos de proteção da sua carteira.</p><p>Sabendo das dificuldades de colocar em prática algumas das ideias teóricas (e na teoria até o socialismo funciona), encerro com três proposições pragmáticas:</p><p style=\"padding-left: 30px;\">1 – Se você não pode ter ao menos 10 ações, compre ETFs. <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/outliers/fundo-de-indice-mas-pode-me-chamar-de-etf/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">BOVA11</a> e um pouco de qualquer outro que você encontrar de small caps.</p><p style=\"padding-left: 30px;\">2 – Uma das melhores coisas que você pode fazer por si mesmo é abrir conta numa corretora lá fora. Primeiramente, porque precisa diversificar seus investimentos para fora do Brasil. Aqui, o “home bias” (viés de se investir em ativos locais) é simplesmente brutal. Ainda estamos na fase do “CDI bias”… Se isso não for possível porque não dispõe de muito capital em liquidez, invista em fundos aqui dentro com possibilidades de aplicação grande no exterior. A Luciana Seabra tem <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/fn22-cambial/?xpromo=XE-MI-EMP-FN22-SUBWS-20180315-DAYO-XF-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180315-vd-fn22-dayo\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">ideias excelentes</a> pra você.</p><p style=\"padding-left: 30px;\">3 – Alijado da possibilidade de fazer o tail hedging clássico, em que se compram opções de venda mais longas e fora do dinheiro como seguros contra catástrofe, seja por falta de liquidez ou pouca familiaridade com opções, use o dólar e os fundos cambiais como proteção. É um porto seguro clássico, serve como instrumento de diversificação e não está caro no momento.</p><p>Sei que não são representações perfeitas das nossas ideias. O problema do ideal é justamente que ele pertence ao mundo das ideias. Aqueles que acreditam na possibilidade de otimizar uma solução jamais a levaram ao teste da realidade prática. Nada na natureza é otimizado. Muitas vezes há redundância. Dois olhos, duas orelhas, dois pulmões, duas glândulas mamárias. Fazemos o que pode ser feito, o que a maré das circunstâncias nos permite, não exatamente aquilo que platonicamente gostaríamos de fazer. Isso não é a Disney, é a B3. Com seus defeitos e imperfeições, é dela que eu gosto, paixão à primeira vista.</p><p>Mercados brasileiros iniciam a quinta-feira em leve baixa, digerindo resultados de Petrobras, que acabam de sair, e certa indefinição no exterior. Variações são moderadas, com preocupação menor sobre mudanças na equipe de Donald Trump. Ao mesmo tempo, resultado fraca das vendas ao varejo norte-americano na véspera afastam temor mais pronunciado com comportamento dos juros nos EUA.</p><p>Agenda local trouxe IGP-10 basicamente em linha com projeções. Na esfera corporativa, além de Petrobras (estamos debruçados sobre os números e ainda hoje soltaremos um relatório extra para os assinantes do <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/pe98-valorizacao/?xpromo=XE-MI-EMP-PE98-SUBWS-20180315-DAYO-XF-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180315-vd-pe98-dayo\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Palavra do Estrategista</a> e da <a href=\"https://content.empiricus.com.br/cpls-mma09/?xpromo=XE-MI-EMP-MMA09-SUBWS-20180315-DAYO-XF-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180315-vd-mma09-dayo\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Carteira Empiricus</a>), resultados de Natura e <a href=\"https://www.empiricus.com.br/daily-news/brmalls-resultados-2017/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">BR Malls</a> chamam atenção, enquanto seguem as especulações envolvendo consolidação das empresas de papel e celulose.</p><p>Ibovespa Futuro abre em baixa de 0,28%, dólar sobe contra o real e juros futuros avançam marginalmente.</p>"},{"image":"","title":"Manifesto: pelo direito de ir e vir","publishDate":"2018-03-14T03:00:00.000Z","description":"Na hora de abrir conta e investir no tal do fundo, vale assinatura eletrônica, vale até um “ok” por telefone. Mas e para sair? É possível fazer a portabilidade do fundo de investimento?","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/a-hora-dos-fundos/corretora-portabilidade-fundo-de-investimento/","text":"<p><em>“Não estamos no ramo de café para servir pessoas,</em><br> <em> estamos no ramo de pessoas para servir café.”</em></p><p>A rede de cafeterias <a href=\"https://www.empiricus.com.br/daily-news/starbucks-vende-operacoes-brasil/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Starbucks</a> paga para seus funcionários cursarem o nível superior. Li certa vez uma entrevista com um executivo da companhia em que ele foi questionado sobre o risco de grande rodízio dos empregados – um graduado tende a deixar o balcão em troca de uma função mais bem remunerada em outra empresa.</p><p>Não me lembro das palavras exatas, mas a resposta do executivo da Starbucks foi algo nessa linha: “Eu sei que ninguém quer servir café a vida inteira, mas quero que meu funcionário esteja feliz enquanto estiver atendendo o meu cliente”.</p><p>Confesso que não entendo a fixação por aquele café (minha pedida é o Vanilla Latte), mas passei a ver a marca Starbucks com outros olhos. Se você é bom, por que obrigar alguém a te engolir?</p><p>Da mesma forma, a Starbucks poderia aproveitar seu porte para pagar menos pelo grão e oferecer o café barato, colocando em risco seus concorrentes. Ao contrário, ela costuma pagar mais.</p><p>A disputa pelo cliente se dá onde? Na qualidade dos produtos, no conforto da loja, na internet que sempre funciona e na forma como o cliente é tratado pelos funcionários, não nos bastidores (embora haja gente por aí que adora afogar a concorrência por trás das cortinas). Na gigante do café, é o consumidor que escolhe.</p><p>E minha caixa de e-mails acusa que tem muito distribuidor de fundos precisando tomar um café. Venti, por favor.</p><p>O e-mail mais recente de um dos <a href=\"https://www.empiricus.com.br/depoimentos/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">nossos clientes</a> tem como título “Not Easy”. Nele, o Fábio conta que “foi custoso, como diz o mineiro”, transferir seus fundos de uma corretora para outra. Investido em multimercados, ele não via sentido em sacar e pagar os impostos a fim de depois aplicar nos mesmos produtos em outra casa. Certíssimo. “Foi um verdadeiro parto”, relatou.</p><p>Por que o Fábio decidiu trocar uma corretora por outra? Provavelmente porque não foi muito bem tratado na casa de origem – que achou por bem maltratá-lo até o fim.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>O distribuidor não pode impedir o investidor de mudar – me disse o Guilherme Cooke, do Velloza Advogados, que conhece todas as regras do segmento. O problema, completou, é que não há regulamentação para a tal troca de casa. E, na falta de regra, cada um inventa o que quiser. Não há nada que proíba dificultar a vida do investidor nessa hora, mas certamente não é uma boa prática, disse o advogado.</p><p>Não há prazos mínimos, não há um rito a ser seguido. Daí vêm os abusos.</p><p>Foi outro leitor, o Leandro, que me mandou a lista de exigências de uma dessas corretoras – depois de preencher um formulário detalhado e assiná-lo é preciso reconhecer firma da assinatura em cartório. Na hora de abrir conta e investir no tal do fundo, vale assinatura eletrônica, vale até um “ok” por telefone… Mas se é para sair, então preciso enfrentar uma fila no cartório e provar que eu sou eu?</p><p>Já ouvi relatos de corretora que entrou em contato com a concorrente para levar o cliente e teve o telefone desligado na cara, e até de corretora joão sem braço: “Portabilidade de fundo? Não existe isso não. Só na previdência”.</p><p>E assim a portabilidade de fundos chega a demorar meses. Está certo que a previdência não é nenhum modelo de qualidade de produto, mas está na hora de o restante da indústria aprender com ela os bons modos na hora da despedida.</p><p>Faz tempo que escuto que a portabilidade de fundo ganhou um grupo de trabalho na Anbima, associação que representa o mercado. Trabalharam, trabalharam e seguem trabalhando. Nada mudou no código de boas práticas.</p><p>O que eu defendo aqui é a liberdade de escolha: se você não conseguiu segurar o cliente pela qualidade, não o faça pela força.</p><div style=\"padding-left: 8%; text-align: justify;\"><div style=\"padding: 20px; border: 2px solid #8a0927; max-width: 700px;\"><p style=\"text-align: justify;\"><img class=\"alignleft b-lazy\" width=\"145\" height=\"145\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://empiricusimagens.s3.amazonaws.com/imagens/fundos/hr-cota-cheia.jpg\">Meus informantes dão conta de que as corretoras que têm sido mais legais na portabilidade de fundos são a Genial e a <a href=\"https://www.empiricus.com.br/videos/como-abrir-conta-na-corretora-orama/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Órama</a>. Pontos positivos para as duas.</p><p> </p></div></div><p> </p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 3px 0px; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/videos/o-que-sao-fundos-de-investimento/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">O que são fundos de investimento</a></div><p> </p><div style=\"padding-left: 8%; text-align: justify;\"><div style=\"padding: 20px; border: 2px solid #8a0927; max-width: 700px;\"><p><img class=\"alignleft b-lazy\" width=\"145\" height=\"145\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://empiricusimagens.s3.amazonaws.com/imagens/fundos/hr-cota-murcha.jpg\">Nosso destaque negativo de hoje vai, obviamente, para as corretoras que escancaram as portas para o cliente na entrada e trancam na saída. Serei elegante aqui e não vou revelar nomes, por enquanto. Vou dar um tempinho para vocês refletirem sobre seus atos. Aproveitem.</p></div></div><p> </p><p>“Você vai comprar mais essa briga, Luciana?” – me perguntou um amigo do mercado.</p><p>Você não viu nada! Minha luta para que a pessoa física invista melhor e com mais conforto vai se materializar mesmo em 21 de março, às 8h30. Neste dia vou revelar a forma mais barata, segura e honesta para você, que não sabe nada de investimentos, ganhar dinheiro como um investidor profissional.</p><p>Duvida?<strong> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-EHLSRE01-SUBWS-20180314-HFF-X-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180314-vd-ehlsre01-hff\">Faça sua pré-inscrição aqui.</a></strong></p>"},{"image":"","title":"Você está preparado para um colapso dos mercados?","publishDate":"2018-03-14T03:00:00.000Z","description":"A combinação de bons resultados nos últimos meses e de uma taxa Selic cada vez mais baixa vem gerando uma tendência ao investidor em atrair-se pela tomada excessiva de risco. Veja seis riscos que devem ser considerados.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/risco-mercado-bull-market/","text":"<p>Eu não acho que os mercados vão colapsar no curto prazo.</p><p>Mas e daí que eu não acho? Já achei tanta coisa errada nesta vida. Até os 16, achava que seria jogador de futebol. Felipe, Vampeta, Rincón, Marcelinho e Ricardinho… que meia-cancha! Reprovado na triagem das peneiras, na pior das hipóteses, viraria guitarrista dos <a href=\"http://www.rollingstones.com/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Stones</a>, embora já desconfiasse ser mais provável morrer antes do Keith Richards. Ah, gosto mesmo é do Mick Taylor.</p><p>Cinco anos depois, tudo que consegui foi: Exile on Wall Street.</p><p>Aqui estou eu, trabalhando no coração do mercado financeiro, embora, para minha mãe, insista numa versão mais bonita de mim mesmo; digo que toco piano num bordel.</p><p>Warren Buffett costuma dizer que, se você não está preparado para ver sua ação caindo 50%, você não deveria estar em renda variável.</p><p>Mark Spitznagel afirma que, se sua tese de investimento depende de uma projeção, você está fazendo isso errado.</p><p>Ainda que eu projete dias de Sol à frente, meus racionais para você investir seu dinheiro não podem depender disso.</p><p>Desde o final de 2015, tenho mantido uma postura construtiva para as ações brasileiras e nossos juros longos. Com muita ajuda da sorte, ao menos por enquanto (e essa sempre é uma ressalva importante), tem dado certo.</p><p>Os ganhos recentes aumentam os níveis de testosterona. Todos passamos a nos achar heróis. Sentimos que poderíamos ter lucrado ainda mais caso tivéssemos assumido ainda mais riscos, concentrado em apostas consideradas perigosas e nos alavancado.</p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 35px 0; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/t/investimentos/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Canal de investimentos</a></div><p>Na semana passada, o assinante Bruno César, um grande pesquisador sobre o comportamento em finanças e os níveis hormonais, enviou artigo muito interessante publicado na “Economics and Human Biology”, chamado “Decision-making, financial risk aversion, and behavioral biases: The role of testosterone and stress”, de John R. Nofsinger, Fernando M. Patterson e Corey A. Shank.</p><p>Entre as conclusões, aparece que, conforme os lucros do investidor aumentam, cresce também o nível de testosterona. Isso torna o sujeito (ou a sujeita, ou sujeitx, sei lá) mais confiante e agressivo, dispondo-se a arriscar mais. Então, enquanto as coisas vão indo bem, um ciclo vicioso de mais lucros e mais risco vai sendo retroalimentado.</p><p>A combinação de bons resultados nos últimos meses e de uma taxa Selic cada vez mais baixa vem gerando uma tendência ao investidor em atrair-se pela tomada excessiva de riscos.</p><p>Confesso aqui minha própria parcela de culpa. Com reiterados prognósticos favoráveis às ações e às <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/queda-da-taxa-selic/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">NTN-Bs 2050</a>, possivelmente eu mesmo não tenha sido tão explícito sobre a necessidade de desconfiar de si, de nunca alocar um percentual exagerado em ativos de risco, de jamais se concentrar demais ou alavancar-se e de sempre, e também sempre, carregar-se de seguros e de ativos que vão salvar sua pele no caso de uma catástrofe.</p><p>Com tudo dando certo desde o final de 2015, vamos sendo atraídos pelo canto da sereia. Viramos cavaleiros de Tânatos sendo atraídos pela Pulsão de morte. Sabemos que os mercados são ciclotímicos e alternam de forma súbita entre a euforia e a depressão. Se a alternância em direção à tristeza profunda acometer os mercados num momento em que você está excessivamente alocado em ativos de risco, todos os lucros recentes serão dizimados.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Há uma série de riscos no horizonte – sempre há. Não podemos nos esquecer disso. Eles precisam ser ponderados mesmo por aqueles que, como eu, permanecem otimistas com os ativos de risco. A qualquer momento, a estratégia que vem dando certo pode simplesmente começar a dar errado. Como diz o brilhante Zeca, da Tarpon (e o brilhantismo verdadeiro permanece incólume nas horas ruins): “Neste nosso mercado, vamos de toalha felpuda a pano de chão num piscar de olhos”.</p><p>Entre os riscos mapeáveis mais significativos, destaco:</p><p style=\"padding-left: 30px;\">i. <a href=\"https://www.empiricus.com.br/tag/trump/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Donald Trump</a> está imparável. Acaba de demitir o secretário de Estado Rex Tillerson, contrário às suas medidas de taxação e ao recrudescimento das relações com a China. Para seu lugar, vem o linha-dura Mike Pompeo. Isso aumenta significativamente a incerteza ao despertar uma tensão geopolítica importante;</p><p style=\"padding-left: 30px;\">ii. Estágio avançado do ciclo das economias e dos mercados desenvolvidos. Estamos há basicamente nove anos subindo lá fora. Caminhamos para a mais longeva recuperação da economia norte-americana. Cedo ou tarde, esse cenário internacional muito positivo vai terminar. Infelizmente, costuma ser mais cedo do que tarde;</p><p style=\"padding-left: 30px;\">iii. Comportamento da inflação norte-americana. Embora os indicadores mais recentes, como a pressão sobre os salários e os preços ao consumidor, tenham sido mais positivos do que as projeções sugeriam, as trajetórias não são lineares. Com o mercado de trabalho dos EUA mais apertado, podemos ter a qualquer momento uma súbita disparada da inflação em algum momento deste ano, forçando o Fed em apressar-se na subida dos juros por lá. A implicação seria expressiva: redução abrupta da liquidez internacional e interrupção súbita do fluxo de recursos para mercados emergentes, no clássico “Sudden Stop”, de Guillermo Calvo (antigo, mas ainda poderoso);</p><p style=\"padding-left: 30px;\">iv. Emergência de valores autocráticos, principalmente no Oriente, sendo a China o maior expoente. Ainda que isso possa ser positivo no curto prazo por garantir a manutenção das medidas de Xi Jinping, sabe lá Deus o que isso pode se tornar lá na frente. Boa parte dos analistas achava que, à medida que a China se desenvolvesse, ela se aproximaria da democracia liberal do Ocidente. Temos observado na prática justamente o contrário, o afastamento desses valores. Pode até ser que nada aconteça, mas que dá medo, isso dá;</p><p style=\"padding-left: 30px;\">v. Eleições presidenciais no Brasil, claro. Ainda que esteja bem confiante na vitória de um candidato alinhado à pauta reformista e liberal, sempre é um risco e um fator de incerteza. Uma eventual surpresa negativa aqui, com um segundo turno Ciro x Bolsonaro, por exemplo, poderia ser um desastre. (Sempre que escrevo coisas parecidas com essa, o exército de bolsominnions, muito bem organizado, se revolta contra mim. Eu respeito vocês. Por mim, tudo bem. Mas também gostaria de ter minha crença respeitada: eu não acredito na conversão bolsonarista ao liberalismo); e</p><p style=\"padding-left: 30px;\">vi. Trajetória fiscal brasileira. Mesmo com a eleição presidencial de um reformista liberal, há muita coisa a ser feita para dimensionar adequadamente o Estado brasileiro e nossa caminhada fiscal. Embora seja factível e até diria provável dar um plano de voo crível para a dívida pública brasileira, não vai ser fácil. Nunca é.</p><p>E temos, acima de tudo isso, os riscos desconhecidos, aqueles que nem sequer conseguimos mapear. Os chamados “unknown unknowns” de Donald Rumsfeld, justamente aqueles que dão origem aos cisnes negros e são os mais problemáticos. Como não conseguimos mapeá-los, estamos totalmente despreparados para sua ocorrência e, portanto, somos mais afetados.</p><p>Ditas essas coisas, a imagem que gostaria de passar hoje é a do mito de <a href=\"https://pt.wikipedia.org/wiki/Anteu\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Anteu</a>, filho de Poseidon e Gaia. Obrigava a todos que passavam pelo deserto da Líbia a brigar com ele. Ganhou de um por um, pois era extremamente forte quando estava com os pés no chão, em contato com sua mãe Terra (Gaia). Foi derrotado somente por Hércules, em um de seus 12 trabalhos, quando foi levantado do chão e segurado suspenso no ar até a morte.</p><p>Mantenha os pés no chão. No bull market, sobram gênios por aí – lembre-se: é só um bull market. Por mais otimista que esteja, não há por que manter mais de 30% de alocação do capital em ações e algo entre 10 e 15% em juros longões. Combine isso com um pouco de dólares e outros seguros contra catástrofes. Se os mercados colapsarem subitamente, você vai se lembrar disso para o resto da vida. E se não colapsarem, ainda terá ganhado bastante dinheiro. Você pode lidar bem com o fato de ganhar 50% em vez de 100%. Mas dificilmente vai sobreviver se perder 100% em vez de 50%.</p><p>Mercados abrem a quarta-feira retomando o otimismo – gosto de frisar sobre a necessidade da diversificação e dos seguros justamente quando tudo parece bem. Falar coisas assim em dias de tensão é somente oportunismo, aquele tipo de pessoa insuportável que adora repetir “não falei?”.</p><p>Otimismo com crescimento da economia chinesa eleva commodities e dispara disposição a tomar risco. Produção industrial na China cresceu 7,2%, bem acima dos 6,1 esperados. Vendas ao varejo vieram em linha com projeções e investimentos aumentaram mais do que a expectativa.</p><p>Agenda é bem relevante nos EUA, com inflação ao produtor e vendas ao varejo. Por aqui, somente fluxo cambial semanal.</p><p>Encerro o texto de hoje com um convite bastante sincero para a assinatura da série<strong> <a href=\"https://store.empiricus.com.br/assinaturas/palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/login/?next=/assinaturas/palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/checkout/1/%3Futm_campaign%3D%255B%2527nl-20180314-vd-peck-dayop%2527%255D%26xpromo%3D%255B%2527XE-MI-EMP-PECK-SUBWS-20180314-DAYO-XF-X%2527%255D%26utm_medium%3D%255B%2527site%2527%255D%26utm_source%3D%255B%2527empiricus%2527%255D\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Palavra do Estrategista</a>.</strong> Se você é uma das duas pessoas que gosta desta newsletter diária gratuita, eu, humildemente, gostaria de lembrá-lo que só é possível escrevê-la todos os dias por conta das assinaturas pagas da <strong>Empiricus.</strong> Custa somente R$9,90 por mês e, sinceramente, vale muito mais do que isso. O salto que se dá em termos de acesso a informação com a assinatura de um plano essencial da <strong>Empiricus</strong> é desproporcional ao valor pago. É para ser assim mesmo.</p><p>Na edição de hoje do <strong><a href=\"https://store.empiricus.com.br/assinaturas/palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/login/?next=/assinaturas/palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/checkout/1/%3Futm_campaign%3D%255B%2527nl-20180314-vd-peck-dayop%2527%255D%26xpromo%3D%255B%2527XE-MI-EMP-PECK-SUBWS-20180314-DAYO-XF-X%2527%255D%26utm_medium%3D%255B%2527site%2527%255D%26utm_source%3D%255B%2527empiricus%2527%255D\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Palavra do Estrategista</a>,</strong> comento as perspectivas do mercado e o que me permite continuar otimista com os ativos de risco. Falo também de até onde podem ir as ações de empresas do setor de papel e celulose, em meio às especulações e notícias materiais sobre consolidação, com chances de bons ganhos no curto prazo. Por fim, comento um pouco sobre aquele que tenho chamado de melhor cavalo para surfar O Segundo Mandato Temer.</p><p>Ao menos teste por um mês o relatório. Se você não gostar, nem esses míseros R$9,90 você vai perder. Basta cancelar a assinatura e devolveremos seu dinheiro integralmente. Não há risco ou custo. Totalmente assimétrico. Talebiano. Nossa cara. Jogo limpo, transparência radical.</p><p>Clique na imagem abaixo e você será levado diretamente a uma aproximação com seus sonhos financeiros da infância.</p><p><a href=\"https://store.empiricus.com.br/assinaturas/palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/login/?next=/assinaturas/palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/checkout/1/%3Futm_campaign%3D%255B%2527nl-20180314-vd-peck-dayop%2527%255D%26xpromo%3D%255B%2527XE-MI-EMP-PECK-SUBWS-20180314-DAYO-XF-X%2527%255D%26utm_medium%3D%255B%2527site%2527%255D%26utm_source%3D%255B%2527empiricus%2527%255D\"><img class=\"alignnone size-full b-lazy\" width=\"745\" height=\"445\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://s3.amazonaws.com/empiricusimagens/2018/03/exile-billboard.jpg\"></a></p>"},{"image":"","title":"Me ajude a te ajudar","publishDate":"2018-03-13T03:00:00.000Z","description":"Qual é o seu maior plano de investimento neste ano e o que você está realmente disposto a fazer para transformá-lo em realidade?","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/outliers/plano-de-investimento/","text":"<p>“Crer ou não crer”; “Seja foda!”; “Por que fazemos o que fazemos?”; “Ansiedade — Como enfrentar o mal do século”; “Em busca de respostas”, “O homem mais feliz da história”; “O homem mais inteligente da história”…</p><p>Bem-vindo à <a href=\"http://www.publishnews.com.br/ranking\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">lista dos livros mais vendidos no Brasil</a>, segundo dados da Nielsen-PublishNews, do dia 28 de janeiro.</p><p>Qualquer semelhança é mera coincidência?</p><p>Repare na representatividade de <a href=\"https://www.empiricus.com.br/tag/livro/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">livros</a> de autoajuda ou com viés espiritual nessa lista.</p><p>Ao analisarmos a demanda de leitores, ajuda é o que os brasileiros mais estão buscando no momento atual.</p><p>Para ser feliz, para dormir melhor, para emagrecer, para ser mais inteligente, enfim, para tudo.</p><p>Mas e para enriquecer: a quem você recorre? Em quem você confia?</p><p>Sejamos honestos. Se <a href=\"https://g.co/kgs/mpta3K\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Augusto Cury</a> não conseguir transformá-lo no homem ou na mulher mais feliz e inteligente da história, tudo bem. Você vai superar.</p><p>Se o padre <a href=\"https://g.co/kgs/5jZSFo\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Fábio de Melo</a> não convencê-lo da importância de ter fé, sem problemas. Outros caminhos deverão acalmá-lo.</p><p>Se <a href=\"http://www.caiocarneiro.com/component/content/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Caio Carneiro</a>, “influenciador positivo” — como o próprio se denomina—, não torná-lo uma pessoa “foda”, acredito que você vai sobreviver.</p><p>Mas e se uma recomendação equivocada gerar um erro irreparável no seu orçamento: para quem você vai reclamar?</p><p>Na seara dos investimentos, vejo cada vez mais gente e empresas tentando se aproximar do pequeno investidor, ou seja, de todos nós.</p><p>E, veja, acho isso ótimo. Finalmente chegou a nossa vez!</p><p>Mas o meu lado desconfiado sempre fala mais alto e, confesso, tenho certo receio.</p><p>Tem muita gente por aí que não perde um vídeo de blogueiros especialistas e superengraçados para falar de finanças.</p><p>Há quem peça indicações para o gerente semana sim, semana não, fazendo planos com um dinheiro que um dia, eventualmente, quem sabe poderá estar disponível.</p><p>E existem aqueles que participam ativamente de grupos de Facebook e fóruns do mercado sobre <a href=\"https://www.empiricus.com.br/t/investimentos/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">investimentos</a> para não perder aquela “dica esperta”.</p><p>Mas, por favor, seja sincero comigo: você passou a investir depois de ouvir mais sobre o mercado financeiro?</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><h3><strong>O QUE EFETIVAMENTE LEVA UMA PESSOA A APLICAR?</strong></h3><p>A experiência recente envolvendo o “boom” do <a href=\"https://www.empiricus.com.br/cotacoes/bitcoin/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">bitcoin</a> deixa claro como a ganância é responsável por levar grande parte das pessoas a se mexer.</p><p>Se seu primo, vizinho ou colega de trabalho ganhou tanto dinheiro, por que você ficaria de fora?</p><p>E aí basta as moedas terem um chacoalhão para diversos investidores voltarem para a estaca zero, retomando a negação do hábito de investir. É tudo enganação, ouço alguns dizendo…</p><p>Todo mundo quer dinheiro rápido, emagrecer de um dia para o outro, aprender a ser uma pessoa “foda” depois de um livro.</p><p>Ninguém tem tempo a perder.</p><p>E essa urgência torna muita gente meio boba, ingênua e sem senso crítico.</p><p>É por isso que, ainda hoje, em 2018, com uma taxa Selic de 6,75% ao ano, somos obrigados a ver grandes instituições financeiras fazendo um desserviço aos potenciais investidores.</p><p>Basta <a href=\"https://www.youtube.com/watch?v=1ETimS85V4w\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">assistir a um vídeo</a> sobre reserva de emergência do Santander One, canal do banco no YouTube sobre investimentos, para ter certeza disso.</p><p>Intitulado “Como eu me recupero financeiramente do Carnaval?”, enquanto mostra uma imagem com a regra atual de rentabilidade da poupança de TR mais 70% da Selic, a apresentadora diz: “Uma opção é a poupança, que está num período ótimo, pois a taxa de juros caiu, o rendimento da poupança obedece uma regra mais favorável”.</p><p>É sério, Santander? Período ótimo da poupança?</p><p>É por isso que existem atualmente mais de 60 milhões de contas-poupança no Brasil. Mesmo com um retorno de 10% do <a href=\"https://www.empiricus.com.br/t/tesouro-direto/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Tesouro</a> Selic em 2017, ante os 6,6% da caderneta. Ah, se descontar o maior Imposto de Renda possível, de 22,5%, o Tesouro ainda entregou rentabilidade maior, de 7,75%.</p><p>A equipe do <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/te11-carro/?xpromo=XE-MI-EMP-TE11-SUBWS-20180313-OUT-X-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180313-vd-te11-out\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\"><strong>Tesouro Empiricus</strong></a> já está cansada de mostrar essa distorção no dia a dia…</p><p>Eu não sei você, mas detesto sentir que estou sendo feita de idiota.</p><p>E tenho buscado cada vez mais mudar minha forma de agir neste ano.</p><p>Menos listas de coisas a fazer, mais coisas feitas.</p><p>Menos livros comprados, mais livros lidos.</p><p>Menos ideias de viagens, mais viagens.</p><p>E menos sonhos longínquos, e mais investimentos para poder transformar ideias em realidade agora.</p><p>No trabalho, também tenho colocado em prática o que os leitores mais querem saber.</p><p>Como investir em ações? Basta acessar a publicação do <strong><a href=\"https://sl.empiricus.com.br/bvosi01-of/?xpromo=XE-MI-EMP-BVOSI01-SUBWS-20180313-OUT-X-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180313-vd-bvosi01-out\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Você Investidor</a> </strong>deste mês.</p><p>Como declarar aplicações financeiras no IR? Basta conferir um guia na sua Área do Assinante (também do <strong><a href=\"https://sl.empiricus.com.br/bvosi01-of/?xpromo=XE-MI-EMP-BVOSI01-SUBWS-20180313-OUT-X-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180313-vd-bvosi01-out\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Você Investidor</a></strong>), disponível nesta semana.</p><p>O que avaliar na hora de contratar um seguro de vida? Estamos analisando para te contar no mês que vem.</p><p>Qual é o seu maior plano financeiro deste ano? Me escreva<strong> (beatriz.cutait@empiricus.com.br) </strong>para dividir comigo e para que eu possa, quem sabe, ajudá-lo a realizar.</p>"},{"image":"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/acoes-no-brasil-e1520949185969-920x515.jpg","title":"Um salto de fé","publishDate":"2018-03-13T03:00:00.000Z","description":"Uns dizem que a Bolsa brasileira está cara enquanto outros falam o contrário. Mas, falando a real, eu penso que a resposta para três questões define o prognóstico para o comportamento das ações no Brasil.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/acoes-no-brasil/","text":"<p><em>“Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se.”</em><br> Soren Kierkegaard</p><p>Uns dizem que a <a href=\"https://www.empiricus.com.br/tag/bolsa/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Bolsa</a> brasileira está cara. Já seria a hora de diminuir as posições e realizar lucros diante da escalada recente. Olhando individualmente, nada estaria mais óbvio em termos de preços e isso exigiria mais conservadorismo.</p><p>Outros falam o contrário. A Bolsa brasileira estaria bastante barata, se contemplássemos as perspectivas de crescimento à frente e o baixo custo de oportunidade do capital diante de uma <a href=\"https://www.empiricus.com.br/artigos/taxa-selic/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">taxa Selic</a> na casa de 6% por alguma coisa em torno de 18 meses. Esses, claro, defendem um aumento de exposição à renda variável.</p><p>Há uma tentativa formal de se capturar nível de preços atual e crescimento dos lucros corporativos, sintetizada no chamado PEG ratio, que combina a relação Preço sobre Lucro (em inglês, Price/Earnings) com a taxa de crescimento (G, de growth). É só você pegar o Preço sobre Lucro e dividir pelo crescimento, chegando assim ao tal PEG ratio.</p><p>Hoje, a Bolsa brasileira negocia a cerca de 13,5 vezes seus lucros projetados para os próximos 12 meses. Isso está acima de sua média histórica, em torno de 11,5 vezes, mas ainda é inferior à média da América Latina e dos Brics.</p><p>Em paralelo, o crescimento projetado dos lucros por aqui é da ordem de 16%, inferior apenas àquele estimado para o México, de 17%, entre os países dessa amostra.</p><p>Isso nos confere um PEG ratio de 0,863, que não parece indicar exatamente uma Bolsa local propriamente cara.</p><p>A tabela a seguir resume os dados. Na ordem das colunas, EPS growth (crescimento dos lucros), PE 12 M FWD (Preço sobre lucro projetado para os próximos 12 meses), DY (Dividend Yield) e PEG.</p><p><img class=\"alignnone size-full b-lazy\" width=\"443\" height=\"274\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://s3.amazonaws.com/empiricusimagens/2018/03/dayop1303-1.png\"></p><p>Mas, falando a real, sabe o que eu penso de tudo isso?</p><p>Os números são irrelevantes. Sempre tive para mim que <a href=\"https://dicionario.empiricus.com.br/definicao/valuation/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">valuation</a> (se a Bolsa está cara ou barata) é um driver menor para o preço dos ativos do que sugere a interpretação de consenso. Os aspectos qualitativos importam muito mais do que esse ou aquele múltiplo.</p><p>Penso que a resposta para três questões define o prognóstico para o comportamento das ações no Brasil. São elas:</p><p style=\"padding-left: 30px;\">i. Quem será o presidente eleito em outubro?<br> ii. A inflação global, em especial nos EUA, vai aparecer com mais força em algum momento de 2018 a ponto de forçar um aperto monetário mais intenso e sacrificar a liquidez internacional abundante?<br> iii. Aparecerá algum cisne negro capaz de interromper o bull market, depois de anos e anos de baixa volatilidade, estímulo à alavancagem e incentivo à tomada de risco?</p><p>Se você tem respostas construtivas para as respostas acima, então a hora é de comprar Bolsa. Ela está bastante barata se formos eleger um presidente reformista e amigável com o mercado, se os juros continuarem baixos lá fora e se formos manter o cenário de crescimento global sincronizado, inflação comprimida e alta liquidez.</p><p>Não se trata de uma questão financeira, portanto, de dominar técnicas de apreçamento dos ativos. Estará em vantagem aquele que souber endereçar mais adequadamente as dúvidas acima e/ou montar estratégias de retornos assimétricos para cada uma das ramificações possíveis sugeridas pela tríade de perguntas supracitada.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Esse é o momento em que os analistas abandonam seus livros do MBA e suas técnicas de valuation para dar um salto de fé. “A leap of faith”, conforme propõe Soren Kierkegaard.</p><p>Na proposta original do filósofo, sugere-se abandonar o estado ético para migrar em direção ao estado religioso da existência. Esse redirecionamento em prol do estado religioso seria um salto no escuro (“leap of faith”), pois não traria garantia alguma ao indivíduo do ponto de vista racional estrito. Aqueles que atingirem o estado religioso sofrerão com a perseguição, a incompreensão e o apartamento da sociedade. Em contrapartida, estarão em contato direto com o Absoluto (comprometimento com Deus).</p><p>Nas atuais cotações de Bolsa, devemos dar um salto das planilhas para a realidade qualitativa. Defender o investimento em ações mesmo depois de tamanha alta e com papéis que individualmente não parecem baratos trará a repreensão e a desconfiança alheia. Esse leap of faith, porém, em que abandonamos as questões mundanas mais imediatas e tentamos enxergar lá na frente, pode render lucros para toda a eternidade. Eu acredito.</p><p><em>“Acima de tudo, não perca seu desejo de prosseguir.”</em> Isso também é Kierkegaard.</p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 35px 0; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/publicacoes/e-hora-de-comprar-acoes/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">É hora de comprar ações</a></div><p>Mercados iniciam a terça-feira atentos para comportamento da inflação ao consumidor norte-americano. CPI acaba de ser divulgado nos EUA, apontando variação de 0,2%, em linha com as projeções. Indicador foi bem recebido e afastou mais um pouco a hipótese de surpresa com uma eventual agressividade excessiva do Fed em subir o juro básico por lá.</p><p>Há certa expectativa por dados da indústria e do varejo na China, a ser anunciados à noite.</p><p>Por aqui, <a href=\"https://www.empiricus.com.br/daily-news/varejo-janeiro-2018/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">vendas ao varejo</a> cresceram 0,9% em janeiro, acima das projeções de 0,5.</p><p>Ibovespa Futuro abre em alta de 0,47%, dólar cai ligeiramente contra o real e juros futuros mais longos recuam com maior tranquilidade externa.</p><p>P.S.: Se você gostaria de dar um salto de fé e buscar lucros que valem para toda a eternidade, sugiro fortemente conhecer <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/mb33-triplicar-video/?xpromo=XE-MI-EMP-MB33-SUBWS-20180313-DAYO-XF-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180313-vd-mb33-dayo\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\"><strong>As Melhores Ações da Bolsa</strong></a> – temos uma relação quase religiosa com elas.</p>"},{"image":"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/taxa-selic-queda-e1520881925511-920x515.jpg","title":"Você é um investidor rentista ou ativista?","publishDate":"2018-03-12T03:00:00.000Z","description":"A taxa Selic deve sofrer mais uma queda. Há dois perfis de investidores que lidam de formas diferentes com esse cenário. Descubra aqui que perfil é esse, qual a diferença entre eles e em qual você se enquadra.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/grana-preta/taxa-selic-queda/","text":"<p>A previsão da Selic é para baixo.</p><p>É o que o mercado pensa hoje.</p><p>Na próxima reunião do Copom, agendada para 21 de março, os juros básicos devem recuar uma vez mais, de 6,75% para 6,5% ao ano.</p><p>Isso gera um sentimento ambíguo em nós, investidores.</p><p>Por um lado, lemos nos jornais que a queda da <a href=\"https://www.empiricus.com.br/artigos/taxa-selic/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Selic</a> ajuda a estimular a economia brasileira. Isso é uma coisa boa.</p><p>Por outro lado, nossas aplicações financeiras em poupança e fundos DI passam a render menos. Isso é uma coisa ruim.</p><p>Afinal, a queda dos juros é boa ou ruim para o seu bolso?</p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 35px 0; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/artigos/melhores-investimentos/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Guia Completo: Os Melhores Investimentos para 2018</a></div><p>Antes de chegar à verdadeira resposta, temos que interpretar a Selic com um pouco mais de imaginação.</p><p>A Selic é um termômetro do quanto você, investidor, precisa se mexer para ficar rico.</p><p>Quando ela está alta, o investidor assume um <strong>perfil rentista.</strong></p><p>Mesmo parado, sem fazer nada inteligente, seu saldo bruto aplicado em fundos DI cresce +14,50% ao ano.</p><p>Você consegue enriquecer assim por algum tempo, mas nunca vai enriquecer muito, pois seu retorno está vindo às custas da economia como um todo.</p><p>Cenários de juros a +14,50% são, tipicamente, cenários também de alta inflação e baixo crescimento econômico.</p><p>Já quando a Selic está baixa, o investidor assume um <strong>perfil ativista.</strong></p><p>Quem dorme no ponto ganha apenas +6,50% ao ano.</p><p>Mas quem resolve se mexer pode ganhar muito mais do que isso.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>No ano passado, por exemplo, o Ibovespa subiu +26,86%, e algumas das <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/mb33-triplicar-video/?xpromo=XE-MI-EMP-MB33-SUBWS-20180312-GPT-X-NRNEWS&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180312-vd-mb33-gpt\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\"><strong>Melhores Ações da Bolsa</strong></a> saltaram mais de +50%.</p><p>Quando a Selic cai, conseguimos enriquecer por mais tempo e em maior magnitude.</p><p>Isso acontece pois nosso retorno agora está vindo em prol da economia como um todo.</p><p>Trata-se, portanto, de um mecanismo de compensação bastante justo.</p><p>Você pode enriquecer muito num contexto de juros baixos, desde que esteja disposto a se mexer.</p><p>Eu vejo justiça aí, pois entendo que a economia deve recompensar generosamente as pessoas que têm energia para se mexer, e fazer algo diferente do que faziam antes.</p><p>Esse é o estado natural da economia, e ele só acontece quando os juros caem.</p><p>Se você reclama do DI menor, pense outra vez.</p><p>Talvez haja uma preguiça aí dentro, que precisa ser expulsa.</p><p>Ou talvez você ainda não tenha notado que o contexto mudou, para melhor.</p><p><a class=\"bt-oferta\" href=\"https://sl.empiricus.com.br/mb33-triplicar-video/?xpromo=XE-MI-EMP-MB33-SUBWS-20180312-GPT-X-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180312-vd-mb33-gpt\">QUERO CONHECER AS AÇÕES QUE PODEM SUBIR MAIS DE +50%</a></p><p> </p>"},{"image":"","title":"Os Bancos Centrais e a geração mimimi","publishDate":"2018-03-12T03:00:00.000Z","description":"É difícil comparar coisas em que há um ganho imediato e tangível contra outra em que os benefícios são difusos e indiretos, dispersos no longo prazo. A gestão de política econômica enfrenta exatamente o mesmo problema.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/politica-economica-longo-prazo/","text":"<p><em>“Eu não fiquei em casa fazendo tortas de maçãs deliciosas e delicadas. Eu a tornei uma campeã mesmo sabendo que me odiaria. Esse é o tipo de sacrifício que uma mãe de verdade faz. Eu queria ter tido uma mãe como eu em vez de uma mãe boazinha. (…)”</em></p><p>Isso é a personagem de Allison Janney, no filme <a href=\"http://www.adorocinema.com/filmes/filme-246064/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">“Eu, Tonya”</a>, respondendo à filha Tonya Harding se ela já a amou alguma vez na vida. Rendeu o Oscar de melhor atriz coadjuvante para Janney. A mãe de Tonya Harding exagerou na dose, não há dúvida. Mas sem disciplina e a imposição de restrições talvez seja impossível educar.</p><p>Uma vez por mês, normalmente aos domingos, vou ao cemitério conversar com meu pai. Não sou ingênuo a ponto de achar que ele está ali, de fato, de corpo ou alma. Mas é uma espécie de homenagem e uma maneira de me conectar mais visceralmente com ele, com as lembranças e as lágrimas; ou talvez só comigo mesmo.</p><p>Na quadra 18 do Getsêmani, jazigo 38, já chorei muito, ri, reclamei, briguei, xinguei, pedi desculpas. Ah, várias vezes pedi perdão por ter fracassado em ser aquilo que ele gostaria que eu fosse no devido tempo. Ontem foi diferente. Fui apenas dizer obrigado. Agradeci por cada “não”, por cada porrada”, metafórica ou física, e por cada frustração que ele ou a vida me impuseram ao longo da caminhada – e foram várias, uma seguida da outra.</p><p>Não conseguia sentir os benefícios na hora. Somente a tristeza e a neurose estimuladas pela impossibilidade de conseguir a aprovação paterna. Talvez me falte a própria aprovação, porque me vejo distante daquele que sonhava ser, aquele que me encarava no espelho aos 18 anos cobrando uma alma livre.</p><p>É difícil comparar coisas em que há um ganho imediato e tangível, mesmo que pequeno, contra outra em que os benefícios são difusos e indiretos, dispersos no longo prazo.</p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 35px 0; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/artigos/e-hora-de-investir-em-acoes/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">É hora de investir em ações</a></div><p>Freud dizia haver três tarefas impossíveis: governar, analisar (no sentido psicanalítico) e educar. Acho que estava certo. Diante da impossibilidade, porém, eu agradeço à educação que recebi, com os benefícios e as mazelas que as restrições imediatas trouxeram, em prol de algo maior lá na frente.</p><p>Esse é um grande desafio não somente na educação familiar. A gestão de política econômica enfrenta exatamente o mesmo problema. Essa é inclusive uma das razões porque a narrativa da esquerda costuma ser mais atrativa, ainda que superficial.</p><p>No liberalismo, com o mercado atuando, os benefícios não são sentidos de forma direta e na hora. Já se você confere um subsídio para uma determinada indústria, ele é mensurável, direto e instantâneo. O governo bonzinho salva aquele setor da indústria nacional! A minoria histriônica representada por esse grupo beneficiado vai ao Congresso e à imprensa elogiar as medidas extremamente importantes e profícuas.</p><p>Os efeitos colaterais são óbvios e normalmente muito maiores, porém de longo prazo e não perceptíveis numa relação direta. A maioria silenciosa da população acaba afetada pelo descontrole das contas públicas e da inflação.</p><p>Meia dúzia de seis pessoas vai à Paulista pedir incentivos para a indústria ou uma nova bolsa para chamar de sua. A maior parte da população, contrária àquelas medidas, fica em casa quieta, precisa pagar as contas. Ninguém a vê, não há notícia no jornal sobre o silêncio da maioria. E assim vamos alimentando o país da meia-entrada.</p><p>Agora transponho a discussão para a política monetária. Também aqui estamos diante de um trade off entre ganhos de curto prazo e potenciais problemas lá na frente.</p><p>Recupere <a href=\"https://g.co/kgs/yq1t1n\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Alan Greenspan</a>, tido originalmente como o grande Maestro, aquele que tirou a economia norte-americana da recessão decorrente da bolha pontocom e conduziu a orquestra no período conhecido como Grande Moderação. Com o passar dos anos, o maestro Greenspan foi transformado no grande estimulador da bolha das hipotecas subprime nos EUA. Manteve as taxas de juro muito baixas e por tempo excessivo, no que desembocou em alavancagem exagerada, especulação imobiliária e o samba do crioulo doido na mensuração de riscos. Deu no que deu.</p><p>Sentado na cadeira do <a href=\"https://www.empiricus.com.br/tag/fed/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Fed</a>, você não quer ser aquele que sobe mais do que deveria o juro e estoura a bolha com a agulha do aperto monetário intenso. Você quer ser o maestro, aquele que mantém economia, empregos e mercados em alta. Então, vai se dando um estímulo humano a uma política monetária um pouco mais frouxa do que merecia. E assim a bolha vai sendo inflada mais um pouco, até que, de repente, alguém se lembra de que já passamos do razoável há certo tempo. Subitamente, numa reação não linear, a inflação ressuscita e os BCs têm que correr. Aí já é tarde. Ou, antes mesmo da inflação ressurgir, aparece alguma baleia boiando na superfície, disfarçada de instituição financeira que se alavancou em excesso e vendeu volatilidade.</p><p>A grande preocupação dos investidores nas últimas semanas vinha sendo justamente com uma eventual subida mais rápida dos juros nos EUA. O Relatório de Emprego divulgado no mês passado alimentou exatamente esse temor, ao sugerir salários aumentando mais do que o esperado. Com a economia norte-americana supostamente além do pleno emprego, seria inexorável um aperto monetário mais vigoroso. Sob quatro anos do juro básico dos EUA em 2018, a liquidez global seria reduzida de maneira vigorosa e seríamos forçados a um de-rating (reavaliação para baixo) no preço dos ativos financeiros em todo o mundo.</p><p>Aqui entra a importância do ocorrido na sexta-feira. A nova edição do Relatório de Emprego norte-americano pintou um quadro bem mais favorável para a pressão sobre os salários. Ainda que a criação de postos de trabalho tenha sido bem mais forte do que o esperado (313 mil contra 205 mil projetados), os salários aumentaram 0,15%, contra 0,2 da previsão. Imediatamente, foram reduzidas as apostas de quatro altas do juro básico em 2018 e o mercado correu para o risco.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Por óbvio, se trata de um único indicador e em frequência mensal. Mas gostaria de dimensioná-lo adequadamente para o comportamento dos mercados no curto prazo. Foi exatamente o Employment Report anterior que disparou a correção vigorosa em Wall Street no mês de fevereiro, alimentada no momento subsequente por questões técnicas – muitos fundos de algoritmos apoiados em estratégias que usam volatilidade como proxy de risco, alavancagem de ETFs e institucionais vendidos em vol.</p><p>Da mesma forma, agora o Relatório de Emprego pode contar a disparada mais forte do rendimento dos títulos do Tesouro norte-americano, que vinha sendo o grande driver para os mercados nas semanas anteriores. A maior preocupação era com a possibilidade de que o yield do papel de 10 anos superasse a marca de 3% ao ano e seguisse em sua trajetória ascendente. O documento da sexta-feira ameniza essa preocupação e fomenta a caminhada em direção a risco no curto prazo.</p><p>Essa é a grande mensagem de hoje: os juros internacionais, ainda que subam na margem, encontraram evidências de que podem continuar baixos para patamares históricos no curto prazo. Isso é ótimo para os ativos de risco e para a tese do <a href=\"https://www.empiricus.com.br/tag/bull-market/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">bull market</a>. Lá na frente, porém, o excesso de ração diária e benevolência dos Bancos Centrais cobrará o seu preço. Mas isso é assunto para lá na frente. Ainda podemos continuar a festa.</p><p>Agora como reforço à ideia da <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/eua-trump-guerra-comercial/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Pós-História</a>, o PC da China aprovou a reeleição ilimitada para a presidência do país, restrita desde 1990 a dois mandatos de cinco anos. Assim, Xi Jinping basicamente se perpetua no poder. Também uma boa notícia de curto prazo, pois é garantia de previsibilidade e continuidade da política econômica por lá, essa mesma que afastou a hipótese de “hard landing” que pesou sobre o país mais fortemente em 2016.</p><p>Em contrapartida, traz uma eventual fonte de instabilidade. Havia uma expectativa entre boa parte dos analistas de que o crescimento e o desenvolvimento da China a aproximassem dos preceitos da democracia liberal do ocidente. A movimentação mais recente aponta justamente na direção oposta, na caminhada rumo a autocracia e no afastamento dos valores ocidentes, com a China se colocando como antagonista dos EUA de forma cada vez mais clara. De novo, porém, assunto para lá na frente.</p><p>Por enquanto, a gente se entretém com os mercados alimentados ainda pelo bom Relatório de Emprego dos EUA divulgado na sexta-feira. Sob a perspectiva de continuidade de ampla liquidez internacional com juros ainda baixos, bolsas estendem o movimento do pregão anterior e se valorizam nesta segunda-feira.</p><p>Internamente, ganha espaço discussão sobre uma redução mais vigorosa da taxa Selic depois da divulgação mais recente do IPCA. Conforme matéria do Valor, já tem gente falando em 6% para a taxa básica. Ainda que não cheguemos lá, os juros vão ficar baixos por bastante tempo aqui – e isso também é ótimo para os ativos de risco.</p><p>Na agenda, relatório Focus trouxe nova revisão para baixo nas <a href=\"https://www.empiricus.com.br/daily-news/inflacao-2018-cai-outra-vez/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">estimativas para inflação</a>, enquanto IPC-Fipe marcou deflação de 0,42%, bem mais intensa do que as projeções sugeriam. Balança comercial semanal completa a lista de indicadores.</p><p>Ibovespa Futuro abre em alta de 0,4%, dólar cai contra o real e juros futuros recuam.</p><p>P.S.: Com muito orgulho, publicamos para os assinantes do <a href=\"https://publicacoes.empiricus.com.br/login\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\"><strong>Palavra do Estrategista</strong></a> hoje o primeiro conteúdo do brilhante Marcos Troyjo (futuro ministro, pode anotar), diretor do BRICLab em Columbia. Ele aborda as perspectivas de crescimento da China e como isso pode afetar nosso bolso. Seria a hora de comprar commodities? Não perca: <a href=\"https://publicacoes.empiricus.com.br/login\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\"><strong>Decifrando o Dragão China.</strong></a></p><p>PPS.: Esclarecendo o burburinho das redes sociais sobre o anúncio de que Luiz Alves Paes de Barros dividirá suas ideias e análises com os assinantes da série <a href=\"https://publicacoes.empiricus.com.br/login\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">As Melhores Ações da Bolsa</a>, é evidente que ele não vai recomendar ações. Primeiro porque isso feriria a regulação vigente. Segundo porque representaria conflito de interesses. Luiz Alves vai falar do momento de mercado, quais ações gosta, quais não gosta, por que está otimista com Bolsa, o que o faria ficar pessimista e tudo mais que ele quiser. Para mim, é uma honra muito grande trazer este gênio para escrever para o varejo brasileiro. Honestamente, eu mesmo só tenho a aprender com ele e estou ansioso pelos relatórios. Lembro ainda que aqueles que torceram o nariz para isso e enxergaram uma criativa relação comercial entre as partes podem simplesmente ignorar os relatórios, sem qualquer prejuízo da série original, tocada com primor por João Piccioni e Max Bohm. Fica aqui meu agradecimento público e de coração ao Luiz Alves, que com a gentileza de sempre atendeu a um convite meu. Se ainda houver qualquer crítica sobre a movimentação, ela pode ser enviada diretamente para mim. A responsabilidade é minha. Numa boa, no meu humilde entendimento, o investidor de ações, qualquer que seja, iniciante ou profissional, que não gostaria de ao menos ouvir/ler as opiniões do gênio Luiz Alves precisa rever muita coisa. Eu só tenho a agradecer.</p>"},{"image":"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/demissoes-na-empiricus-e1520862436626-920x515.jpg","title":"Mutatis Mutandis","publishDate":"2018-03-10T03:00:00.000Z","description":"Nas duas últimas semanas realizamos algumas alterações na nossa equipe de editores-analistas. Entendo e lamento a frustração de alguns. Faremos de tudo para que esse sentimento negativo seja sobrepujado por um ótimo conteúdo e excelentes ideais de investimento.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/empiricus-247/demissoes-na-empiricus/","text":"<div style=\"padding-left: 16%;\"><div style=\"padding: 20px; background-color: #f1f1f1; max-width: 500px;\"><p style=\"text-align: center;\"><em><strong>mutatis mutandis </strong></em>|mutátis mutândis|(locução latina, com significado de “mudando o que deve ser mudado”, de mutatus, -a, um, particípio passado de muto, -are, mudar + mutanda, -orum, as coisas que devem ser mudadas) – Dicionário Priberam<strong><em><br> </em></strong></p></div></div><p> </p><p>Talvez já seja do seu conhecimento, mas nas duas últimas semanas realizamos algumas alterações na nossa equipe de <a href=\"https://www.empiricus.com.br/analistas/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">editores-analistas.</a></p><p>Os assinantes das respectivas publicações já foram devidamente informados.</p><p>Qualquer pessoa com experiência profissional entende que alterações no quadro de funcionários fazem parte da rotina de qualquer empresa, pelo menos no setor privado.</p><p>Em empresas de maior porte, então, processos de admissão e demissão são feitos diariamente. Os chamados indicadores de turnover são monitorados e comparados com benchmarks do setor. A administração dos recursos humanos é avaliada por conta desses indicadores, pois mudanças em excesso causam descontinuidades custosas.</p><p>A baixa taxa de turnover dos funcionários da Empiricus sempre foi um motivo de orgulho para mim. Uma equipe satisfeita e motivada é a base para o sucesso empresarial. Nesse sentido, fiquei muito contente quando li na “Exame” que a <strong>Empiricus</strong> havia sido eleita uma das <a href=\"https://exame.abril.com.br/geral/as-30-pmes-que-tem-os-funcionarios-mais-felizes-no-brasil/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">30 PMEs com os funcionários mais felizes no Brasil</a>.</p><p>Obviamente, mesmo com baixa frequência, a demissão de funcionários aqui na <strong>Empiricus</strong> não é um evento extraordinário. Nossos assinantes não ficam sabendo desses assuntos internos do mesmo modo que eu não tomo conhecimento de mudanças em empresas das quais sou cliente. A exceção ocorre quando é substituída a pessoa que costuma nos atender. Aí, sim, notamos a mudança. Foi o que aconteceu recentemente aqui.</p><p>Demitimos três editores-analistas. Todos foram prontamente substituídos. Estou confiante de que os substitutos executarão com excelência a missão recebida. Peço que me cobrem caso isso não aconteça.</p><p>Vi um movimento, especialmente nas redes sociais, pedindo um pronunciamento oficial sobre o caso. Movimento esse iniciado e promovido pelas contas pessoais dos ex-funcionários cujos seguidores foram trazidos pela <strong>Empiricus</strong>. Acontece que a legislação trabalhista nos impede de comentar sobre casos individuais. Houve razões distintas para as demissões, mas tais motivos pertencem à relação privada entre empregador e empregado, e assim seguiremos.</p><p>Entendo e lamento a frustração de alguns, afinal, existia uma relação de confiança, promovida evidentemente por nós. Do nosso lado, faremos de tudo para que esse sentimento negativo seja sobrepujado por um ótimo conteúdo e excelentes ideais de investimento.</p><p>Na nossa busca incessante por novas visões, já anunciamos dois novos colaboradores.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>A partir da semana que vem, teremos Alexandre Schwartsman contribuindo para as séries <a href=\"https://store.empiricus.com.br/assinaturas/tesouro-empiricus-desconto-especial/login/?xpromo=XE-MI-EMP-TECK-SUBWS-20180310-247-X-&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180310-vd-teck-247\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\"><strong>Tesouro Empiricus</strong></a> e <strong><a href=\"https://store.empiricus.com.br/assinaturas/empiricus-renda-fixa-pre-venda/login/?xpromo=XE-MI-EMP-RFCK-SUBWS-20180310-247-X-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180310-vd-rfck-247\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Empiricus</a><a href=\"https://store.empiricus.com.br/assinaturas/empiricus-renda-fixa-pre-venda/login/?xpromo=XE-MI-EMP-RFCK-SUBWS-20180310-247-X-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180310-vd-rfck-247\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\"> Renda Fixa</a></strong>. Caso você não saiba, o Alexandre foi diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central e economista-chefe do banco Santander no Brasil.</p><p>Schwartsman tem o nosso DNA. Foi demitido do Santander por discordar publicamente da política de preços da Petrobras durante o primeiro governo Dilma. Tem ideias e voz independentes.</p><p>Luiz Alves Paes de Barros, um dos maiores investidores de ações do Brasil e hoje à frente da bela gestora Alaska, ao lado de Henrique Bredda e Ney Miyamoto, contribuirá com ideias e análises em relatórios adicionais dentro da série <strong><a href=\"https://sl.empiricus.com.br/mb33-triplicar-video/?xpromo=XE-MI-EMP-MB33-SUBWS-20180310-247-X-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180310-vd-mb33-247\">As Melhores Ações da Bolsa</a></strong>.</p><p>Estamos definindo exatamente o formato e em breve anunciaremos os detalhes. É simplesmente uma honra poder contar com as análises e a visão desta lenda vida do mercado de capitais brasileiro.</p><p>Também a partir da próxima semana a série <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/pe96-segundo-video/?xpromo=XE-MI-EMP-PE96-SUBWS-20180310-247-X-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180310-vd-pe96-247\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\"><strong>Palavra do Estrategista</strong></a> trará conteúdos exclusivos de Marcos Troyjo, diretor do BRICLab da Universidade Columbia. Paradoxalmente, as potenciais ameaças aos nossos mercados estão lá fora e nada melhor do que alguém com acesso ao fluxo de informações que o Marcos tem para nos ajudar a entender esse cenário.</p><p>Haverá mais novidades fenomenais, que anunciaremos nos próximos dias.</p><p>Novos colaboradores, novos editores, novas ideias.</p><p>Estamos prontos e ávidos por novos desafios.</p><p>P.S.: Hoje estamos fechando as inscrições no Programa de Riqueza Permanente, do Rodolfo. <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/emb060318/?xpromo=XE-MI-EMP-EMB060318-SUBWS-20180310-247-X-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180310-vd-emb060318-247\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\"><strong>Não perca!</strong></a></p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 35px 0; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/t/investimentos/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Canal de investimentos</a></div>"},{"image":"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/criptomoedas-momento-iridium-e1520624789477-920x515.jpg","title":"Momento Iridium","publishDate":"2018-03-09T03:00:00.000Z","description":"A maioria das empresas não consegue perceber a tempo que uma tecnologia é disruptiva e que tem a capacidade de mudar o modo como vivemos. Estão fazendo isso com as criptomoedas.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/crypto-talks/criptomoedas-momento-iridium/","text":"<p>Voltamos dois anos no tempo e eu encontrei você na sua casa, sentado no sofá da sala e assistindo ao jornal.</p><p>A primeira reportagem é sobre a sondagem da então presidente Dilma quanto à possibilidade de nomear um novo ministro para o seu governo: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/tag/lula/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Lula</a>.</p><p>A reportagem seguinte é sobre o eclipse que você vai ficar só na vontade de ver, pois será observável apenas no lado oriental do planeta.</p><p>Então, eu chego, desligo a sua televisão e peço, sorrindo, para você me fazer uma previsão de como será sua vida daqui a dois anos.</p><p>Você me conta algumas coisas, dá inclusive detalhes do que vai estar fazendo no começo de 2018 e também palpita sobre economia e política.</p><p>Parabéns, você errou tudo. Tudo mesmo!</p><p>Mas não fique triste, errar previsões não é um privilégio seu apenas. Ninguém acertaria uma previsão dessas.</p><p>Como prova disso, temos a projeção que empresas como Gartner, Forrester, McKinsey e Jupiter fizeram, em 2002, sobre como seria o cenário da telefonia móvel até 2004.</p><p>Esses especialistas indicaram que o número de celulares cresceria algo em torno de 16%. Eles erraram! O número de celulares dobrou durante esse período.</p><p>Então, em 2004, foi pedida uma nova previsão para as empresas de como seria o avanço até 2006. A estimativa foi de 14% e, para a surpresa de todos, a alta foi novamente de 100%.</p><p>A história continua com mais duas previsões até o ano de 2010, em que a média de crescimento prevista foi basicamente a mesma das anteriores, 12 e 10% para cada biênio respectivamente.</p><p>E, por mais duas tentativas consecutivas, os especialistas do mercado erraram. O número de celulares dobrou novamente em cada período previsto.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>No entanto, não vamos encher a mãos de pedras e começar a atirar nessas empresa.</p><p>Pois esse fenômeno é tão comum que possui até nome: Momento Iridium. Esse nome rotula a utilização de ferramentas lineares e tendências do passado para prever um futuro em aceleração.</p><p>A questão não é o erro que elas cometeram, mas, sim, a incapacidade humana de conseguir fazer previsões que não sejam lineares.</p><p>Como consequência, a maioria das empresas não consegue perceber a tempo que uma tecnologia é disruptiva e que tem a capacidade de mudar o modo como vivemos, pois cresce exponencialmente.</p><p>Somente algumas poucas conseguem enxergar isso, como é o caso do J.P. Morgan, que já admitiu que as criptomoedas são uma ameaça ao seu modelo de negócio.</p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 35px 0; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/artigos/qual-criptomoeda-investir-em-2018/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Em qual criptomoeda investir em 2018?</a></div><p>Até entendo que, para um negócio secular, uma mudança brusca seja arriscada e, às vezes, dolorosa.</p><p>No entanto, para você que nos lê, essa transformação de mindset e atitude é mais fácil.</p><p>Por isso, nós criamos o primeiro livro brasileiro que trata exclusivamente de criptomoedas. Falamos sobre uma perspectiva de inovação e desenvolvimento exponencial.</p><p>O livro <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/becacm01-criptomoedas/?xpromo=XE-MI-EMP-BECACM01-SUBWS-20180309-CRT-X-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180309-vd-becacm01-crt\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">“Criptomoedas: Melhor que Dinheiro”</a> explica por que essas tecnologias descentralizadas vieram para ficar, e é o melhor modo de você aprender sobre o assunto de uma maneira focada.</p><p>Provavelmente, este deve ser um dos nossos últimos convites, pois restam poucas unidades – e quero que uma delas seja sua.</p><p>Adianto que, na obra, você não vai encontrar previsões lineares nem exponenciais, mas vai aprender a maneira certa de enxergar esse mercado de menos de uma década.</p>"},{"image":"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/empiricus-conteudo-de-investimentos-e1520604330225-920x515.jpg","title":"Carta ao meu sócio","publishDate":"2018-03-09T03:00:00.000Z","description":"Na Empiricus buscamos replicar as melhores práticas que vimos por aí. É assim que fazemos o melhor conteúdo de investimentos, de forma ética, independente e responsável. É nisso que estou empenhado há oito anos.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/empiricus-conteudo-de-investimentos/","text":"<p><em>“Agora tenho 33 anos de idade e sinto que muito tempo passou e vai passando mais rápido a cada dia. Dia após dia preciso fazer todo tipo de escolhas sobre aquilo que é bom, importante e divertido, e depois preciso conviver com o confisco de todas as outras opções que essas escolhas eliminam. E começo a perceber que à medida que o tempo ganhar ímpeto minhas escolhas vão se dar num campo mais estreito e as eliminações serão multiplicadas em ritmo exponencial até eu chegar a algum ramo qualquer dentre as suntuosas ramificações complexas da vida onde estarei completamente trancado e cravado num único caminho e o tempo passará voando por mim em fases de estase, atrofia e decadência. (…) É apavorante. Mas como serei trancado pelas minhas próprias escolhas, parece inevitável – se desejo ser adulto de algum jeito, preciso fazer escolhas e lamentar eliminações e tentar viver com isso.”</em></p><p>Isso é David Foster Wallace, que foi contratado por uma revista para embarcar numa viagem de cruzeiro e escrever o que quisesse. Tenho uma conexão muito forte com aqueles que fazem, falam e escrevem o que querem, que se libertaram da escravidão e não mais precisam obedecer a uma reputação. Basta-lhes obedecer apenas a si mesmos. Seu único senhorio é sua própria alma. Reputação é para agradar os outros.</p><p><img class=\"alignnone size-full b-lazy\" width=\"996\" height=\"1024\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://s3.amazonaws.com/empiricusimagens/2018/03/independencia-havaianas_1024.png\"></p><p>Vamos falar do que interessa: perseguição obstinada pelo melhor conteúdo de investimentos, feito de forma ética, independente e responsável. É nisso que estou empenhado há oito anos.</p><p>O mundo dos investimentos não é diferente da realidade cotidiana. Assim como também não é o esporte. Fico emocionado e feliz com a obsessão do João Pedro por futebol porque sei que ali dentro da quadra formam-se caráter, disciplina, respeito ao outro, obediência ao treinador e à hierarquia. Desenvolvi uma heurística pessoal que faz uma triagem inicial das pessoas pela forma com que elas praticam esportes coletivos. Do meu lado, sou muito grato ao professor Wanderlei, que ensinou a mim e ao meu sócio André Kiss desde a infância não só a jogar bola, mas a combater o bom combate. Tenho duas tatuagens no corpo: “Mãe” e “JP”. Gratidão é a terceira, mas está grafada na alma.</p><p>Nas finanças, quando você escolhe investir na renda fixa, está abrindo mão de investir em ações. E vice-versa. Obviamente, vale também para todos os outros ativos disponíveis por aí. Simplifico em duas classes só para facilitar a argumentação, sem qualquer perda de generalidade.</p><p>Talvez você tenha entendido onde quero chegar, possivelmente já identificou o problema. Seus investimentos não estão mais rendendo a mesma coisa. Virou papo de bar. “Acabou a rentabilidade da poupança.” Ou: “o dinheiro no banco não dá nada mais.”</p><p>Se você abrir o jornal hoje, vai ver como a aposta de um corte adicional na Selic na próxima reunião do Copom. De fato, parece que caminhamos para um juro básico de 6,5%. Ainda mais surpreendente é que se inicia entre as mais brilhantes cabeças do Brasil com conhecimento em renda fixa um debate sobre a possibilidade, inclusive, de haver novas reduções além do tal 6,5.</p><p>Isso porque a inflação oficial, em que pesem os indicadores de hoje (já falo sobre eles), vem sistematicamente surpreendendo para baixo. Em sua excelente coluna de domingo na “Folha”, por exemplo, Samuel Pessôa pontuou o quanto o Banco Central superestima a inflação do primeiro trimestre.</p><p>Eu, pessoalmente, não sei onde a Selic vai parar. Para ser sincero, acho que ninguém sabe. Aqui as pessoas se dividem entre as que não sabem e as que acham que sabem. Mas parece razoável supor que a Selic vai ficar baixa por muito tempo e os rendimentos tradicionais no banco serão ainda menores. Ou seja, o desconforto que você tem sentido com a baixa rentabilidade dos seus investimentos caso esteja na poupança, no fundo DI ou em qualquer alternativa pós-fixada só vai aumentar.</p><p>Subvertemos a aparente ordem natural da coisa e chegamos a um suposto paradoxo: a única forma de se manter igual é a partir da mudança. Se a situação muda, eu mudo – e você?</p><p>Por isso, encerro a semana com uma recomendação muito simples para lidar com esse desconforto, um bom chá para curar essa azia:</p><p>Pegue a fatia de seus investimentos destinados à renda fixa. Separe 10% disso. Desses 10%, pegue 85% (ou seja, 8,5% do todo) e compre <a href=\"http://www.infomoney.com.br/etfs-bova11\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">BOVA11</a>; use o restante para comprar <a href=\"http://www.infomoney.com.br/etfs-smal11\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">SMAL11</a>.</p><p>Se a opção da renda fixa ficou menos atrativa, você precisa considerar a alternativa. Vale para aqueles que já tem Bolsa e ainda mais para os outros. A ideia acima lhe garante essa exposição sistêmica ao mercado de ações, sem que você precise escolher esse ou aquele ativo específico.</p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 35px 0; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/outliers/como-comecar-a-investir/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Como começar a investir</a></div><p>Há, claro, a outra opção, em que você talvez queira escolher ações diretamente. Aqui, tomo emprestadas palavras da Dynamo, a mais consagrada gestora de ações do Brasil – merecidamente, fique claro. Mais especificamente, recorro à carta de 20 anos da gestora, chamada “Carta ao meu sócio”, em que o sócio Lula (não o condenado, óbvio; outro, muito melhor, Luiz Orenstein) escreve para seu parceiro Bruno, que coordena a Dynamo Londres:</p><p><em>“A cada discussão sobre os assuntos do trabalho, levamos ao limite a possibilidade de continuar discutindo. Por dois motivos. O primeiro vem do prazer de ouvir a argumentação do outro, um mecanismo egoísta de testar nossas próprias certezas. Não é à toa que uma vez por outra explicamos para os interessados que o método de construir teses de investimento na Dynamo é ‘popperiano’. Qualquer ideia individual apresentada fica exposta para ser falsificada, ser demonstrada falsa. Se sobreviver, vira bem coletivo. Não é fácil sustentar um processo assim. É preciso desapego a qualquer vaidade e ao individualismo exagerado. Posso estar errado, mas mais uma vez acho que demos o exemplo e estabelecemos o paradigma certo.”</em></p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Na <strong>Empiricus,</strong> tentamos copiar o paradigma da Dynamo. Aqui, claro, não estou comparando ao brilhantismo da Dynamo. Sei exatamente meu lugarzinho. Mas buscamos replicar as melhores práticas que vimos por aí. A cada segunda-feira, toda a equipe de 30 pessoas se reúne e cada analista expõe a tese que gostaria de incluir em sua carteira recomendada. Essa tese é colocada à mesa para ser falsificada. Caso não seja e receba a aprovação de toda a bancada, então ela passa a compor as sugestões do respectivo relatório.</p><p>Hoje, na verdade, as melhores casas de investimento, sejam elas do sell ou do buy side, trabalham assim, garantindo que se respeitem as liberdades individuais e, ao mesmo tempo, a opinião do consenso da equipe e a filosofia da respectiva instituição. Depois de ser tão bem escrutinizada, a chance dessa ideia de investimento ser vencedora e gerar lucros é muito maior.</p><p>Se você quiser acompanhar nossas escolhas de ações a partir desse processo, recomendo a assinatura da série <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/mb33-triplicar\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">As Melhores Ações da Bolsa</a>, sob a responsabilidade direta de dois brilhantes analistas: João Piccioni e Max Bohm, além da participação da equipe também muito competente de assistentes de análise.</p><p>Se quiser acompanhar minhas ideias de investimento focados numa perspectiva macro e sistêmica, sugiro o <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/pe96-segundo\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Palavra do Estrategista</a>. Para esses assinantes, com muita felicidade e orgulho (mesmo!) trago hoje a notícia de que meu amigo Marcos Troyjo, de quem sou fã, fará uma série especial de relatórios.</p><p>Marcos tem um currículo meio fraco, mas acho que até dá para o gasto. É graduado em ciência política e economia pela Universidade de São Paulo (USP), doutor em sociologia das relações internacionais pela USP e diplomata. É integrante do Conselho Consultivo do Fórum Econômico Mundial, diretor do BRICLab da Universidade Columbia, pesquisador do Centre d’Études sur l’Actuel et le Quotidien (CEAQ) da Universidade Paris-Descartes (Sorbonne), fundador do Centro de Diplomacia Empresarial e conselheiro do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE). É colunista do jornal “Folha de S.Paulo”.</p><p>Neste momento em que discutimos o crescimento global sincronizado, um eventual novo ciclo de commodities e a influência do cenário mundial sobre os mercados brasileiros, é uma honra muito grande para mim dividir a série <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/pe96-segundo\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Palavra do Estrategista</a> com o Marcos Troyjo. Honestamente, nem acho justo esse paralelismo.</p><p>A outra novidade é a entrada de Alexandre Schwartsman para escrever relatórios para as séries Tesouro Empiricus e Renda Fixa, mas essa suspeito que você já saiba. Há outras interessantes saindo do forno. Estou trabalhando nisso.</p><p>Mercados brasileiros iniciam a sexta-feira digerindo novos <a href=\"https://www.empiricus.com.br/daily-news/inflacao-oficial-fevereiro/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">dados de inflação</a>. IPCA ficou dentro do esperado ao subir 0,32%, pavimentando a via para nova redução da Selic em março. Já prévia do IGP-M veio acima das projeções, sem, porém, causar maior transtorno.</p><p>Agenda do dia é bastante importante, com famoso Relatório de Emprego nos EUA, que pode sinalizar os rumos para o juro básico norte-americano. Mercados ponderam ainda tarifas de Trump e redução da tensão geopolítica, com possibilidade de reunião entre EUA e Coreia do Norte, após sinalização em prol de abandono do programa nuclear da última.</p><p>Noticiário corporativo está quente, com imprensa falando de fusão iminente entre Suzano e Fibria (FIBR3 foi uma recomendação recente do <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/pe96-segundo\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Palavra do Estrategista</a>, como um dos nomes favoritos no setor de commodities) e do progresso nas negociações entre Embraer e Boeing.</p><p>Ibovespa Futuro abre em ligeira alta de 0,2%, dólar está perto da estabilidade contra o real.</p><p> </p>"},{"image":"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/dia-da-mulher-investimentos-e1520542165474-920x515.jpg","title":"S02E28 – Garota Interrompida","publishDate":"2018-03-08T03:00:00.000Z","description":"A mulher tem condições de sair do escuro nos investimentos, inclusive contando com o apoio de outras mulheres","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/extreme-investment-ideas/dia-da-mulher-investimentos/","text":"<div style=\"padding-left: 16%;\"><div style=\"padding: 20px; background-color: #f1f1f1; max-width: 500px;\"><p style=\"text-align: center;\"><strong>Trilha da semana</strong><br> <strong><em>Cindy Lauper – She’s So Unusual</em></strong></p><p><img class=\"size-medium aligncenter b-lazy\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://s3.amazonaws.com/empiricusimagens/2018/03/exi0803-1.png\"></p></div></div><p> </p><p><em>Acordei hoje cedo com a Lu, filha da Alice, vestida toda de preto e um batom vermelho na cara – “hoje é, na verdade, um dia triste. Mulheres morreram queimadas enquanto lutavam por direitos iguais. Em protesto, todas as meninas vão à escola de preto e com batom vermelho”.</em></p><p><em>Eu voltei à minha rotina de homem branco elitista opressor e pensei de que forma poderia homenagear as mulheres tão presentes em minha vida – hoje, dentre minhas dez pessoas preferidas no mundo, nove são mulheres. Foi aí que me lembrei: semana passada, estive em uma conferência, e Roberto Rigobon, um gênio venezuelano com Ph.D. em Economia pelo MIT, discursou para nós durante o almoço. O tema: Big Data.</em></p><p><em>O cara tem uma empresa de análise de dados e passa a vida medindo sinais para antecipar movimentos de variáveis de mercado. Coisas do tipo: compara preços de milhares de artigos de consumo em diferentes lojas online, em diferentes países pelo mundo, e define qual seria a taxa de câmbio mais justa – um índice Big Mac na era da Internet das Coisas.</em></p><p><em>Uma das demandas que ele busca atender é avaliar se existe, de fato, diferença no mercado de trabalho entre homens e mulheres. Em uma das pesquisas que fez, avaliou o comportamento de diversos grupos e chegou à conclusão de que, em média, homens interrompem as mulheres sete vezes mais do que interrompem outros homens.</em></p><p><em>Com essa informação, não acho que teria nada mais justo do que eu “ser interrompido”.</em></p><p><em>Com vocês, Victória Mantoan.</em></p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><h2>“Será que eu dou conta?”</h2><p>Eu chutaria que todas as mulheres já ouviram essa frase ou variações muito semelhantes em algum momento da vida. Ouviram de outras mulheres, de amigos receosos ou inseguros, mas, principalmente, daquela voz insistente dentro da nossa própria cabeça que sempre levanta as questões mais perniciosas. Eu, pessoalmente, me pergunto isso o tempo inteiro.</p><p>Será que eu dou conta de cumprir a tarefa que a <a href=\"https://www.youtube.com/watch?v=se4dzhPj7zc\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Bia Nantes</a> me deu de ajudar a cuidar dos assinantes dentro da <strong>Empiricus?</strong></p><p>Será que eu consigo dar alguma contribuição relevante para <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/emb060318/?xpromo=XE-MI-EMP-EMB060318-SUBWS-20180308-EXI-X-NRNEWS&amp;utm_source=empiricus&amp;utm_medium=site&amp;utm_campaign=nl-20180308-vd-emb060318-exi\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">o clube de assinatura de livros sobre economia e finanças</a> que o Rodolfo quer colocar de pé?</p><p>A mesma coisa aconteceu essa manhã, quando o Alexandre me perguntou “Quer escrever a news de hoje?”. “Não sou especialista em investimentos, muito menos extremos, nem estudiosa de questões de gênero”. Mas logo me dei conta: faço parte de dois conjuntos populacionais com intersecção muito pequena, o de mulheres e o de investidores – para ser justa, não faz muito tempo que habito o segundo conjunto.</p><p>Como nem todas as questões são perniciosas, comecei a pensar, enquanto almoçava com outras três mulheres incríveis e muito competentes da <strong>Empiricus,</strong> o quanto do número ainda pequeno de mulheres investidoras não é resultado desse autoquestionamento constante, dessa insegurança quase padrão. Questionamento que pode aparecer na forma de “Não terá alguém mais bem preparado para fazer isso?”</p><p>Então terminamos delegando os investimentos que são nossos para os homens da nossa vida: pais, namorados, maridos, amigos-supostamente-mais-entendidos-que-nós. Em muitos casos, diria que o único mérito que eles teriam sobre nós no quesito investir é o de serem homens.</p><p>Ao menos para mim, mudar esse cenário demorou mais de 20 anos e não foi fácil. E o medo de errar e perder tudo? Minha tia Cristina é funcionária pública aposentada e deixa todo o dinheiro guardado na poupança. Uma das minhas melhores amigas, Mariana, é jovem e aventureira, mas na hora de lidar com dinheiro faz exatamente a mesma coisa, vai tudo para a caderneta. As duas já foram alertadas sobre o que vai acontecer com o dinheiro delas se continuarem lá: descer pelo ralo.</p><p>Mas eu reconheço o medo no olhar delas quando vislumbram fazer um movimento diferente. Volta o “Será que eu vou dar conta?”</p><p>“Eu vou ter condições de escolher uma corretora? Nunca nem ouvi falar de nenhuma.”</p><p>“Que preparo eu tenho para escolher a melhor para mim?”</p><p>A verdade é que ninguém tem preparo para tomar uma decisão sobre o completo desconhecido. Eu não tenho, você não tem. Ah, e os homens também não, tá?</p><p>O que a gente tem é condições de sair do escuro, inclusive contando com o apoio de outras mulheres. E aí entra o conteúdo da <strong>Empiricus</strong> e o trabalho de traduzir temas complexos para o português. Conteúdo que toda mulher pode e deve consumir. Ele não é feito para homens e muito menos apenas por homens. Os incentivos da Beatriz Cutait junto com a Luciana Seabra, hoje pela manhã no <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/mulher-investimentos/?xpromo=XE-MI-EMP-DAYONL-SUBWS-20180308-EXI-X-NRNEWS&lead=false&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180308-vd-dayonl-exi\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Day One</a>, são a prova disso. Duas analistas incríveis, <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/cvf01-mulheres/?xpromo=XE-MI-EMP-CVF01-SUBWS-20180308-EXI-X-NRNEWS&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180308-vd-cvf01-exi\">que v</a><a href=\"https://sl.empiricus.com.br/cvf01-mulheres/?xpromo=XE-MI-EMP-CVF01-SUBWS-20180308-EXI-X-NRNEWS&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180308-vd-cvf01-exi\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">ocê pode ler em combo</a>.</p><p>Foi com a ajuda desse conteúdo que eu abri minha primeira conta em corretora com (bem) mais de 20 anos na cara. Ufa, nem foi tão difícil assim.</p><p>Foi com a <strong>Empiricus</strong> que comecei a ler sobre os fundos DI baratos de que a Luciana fala, e a colocar dinheiro neles. Foi por esse caminho que gostei da ideia de colocar uma parte do meu dinheiro em ações, como a Bia Cutait sempre pede que os assinantes dela façam.</p><p>E foi assim que eu terminei ligando pro meu pai pra dizer que achava que ele devia tirar o dinheiro dele do fundo ruim em que estava aplicado em um banco (recomendado pelo gerente, é sempre bom lembrar).</p><p>Não só não foi ruim como foi ótimo, tem sido ótimo.</p><p>Mas foi quando eu lembrei e me reconheci nesse medo que as mulheres sentem de tratar de investimentos que eu vi sentido em falar sobre algo tão básico quanto tomar as rédeas do próprio dinheiro e abrir conta em uma corretora em um espaço dedicado a ideias extremas de investimento.</p><p>Extremo é aquilo que é distante, que foge ao habitual ou à regra. Minha sugestão extrema de investimento para toda mulher, então, é essa: faça você mesma.</p><p>Tem coisa mais extrema do que isso?</p><p>Um abraço,</p><p>Victória Mantoan</p><p>P.S. O clube de assinatura de livros não só foi colocado de pé como é incrível e se chama Empiricus Books. <a href=\"https://www.empiricusbooks.com.br/?xpromo=XE-MI-EMP-EMBHS-SUBWS-20180308-EXI-X-NRNEWS&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180308-vd-embhs-exi\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Você devia conhecer</a>.</p>"},{"image":"","title":"Encaminhe para ela","publishDate":"2018-03-08T03:00:00.000Z","description":"Como mulheres apaixonadas por finanças, nos choca e nos decepciona ver tão poucas investidoras ao nosso lado. Sendo assim, hoje fizemos essa mensagem para você encaminhar para uma mulher e convencê-la que essa aversão a falar em dinheiro custa caro…","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/mulher-investimentos/","text":"<p>Hoje é aquele dia em que vamos receber uma flor no self-service, talvez uns chocolates na saída do cinema e muitas mensagens com fundo rosa. Hoje é aquele dia em que lembramos que ganhamos menos do que eles nas mesmas funções, que somos mais vulneráveis ao desemprego, mesmo estudando mais, e que somos em poucas no mercado financeiro.</p><p>Como mulheres que escrevem sobre investimentos, recebemos com frequência e-mails de você, investidor, com pedidos de socorro para convencer sua esposa, filha, mãe ou irmã a se interessar e efetivamente cuidar do dinheiro delas. Infelizmente, nosso gênero não trouxe essa resposta no DNA. Mas, como mulheres apaixonadas por finanças, nos choca e nos decepciona ver tão poucas investidoras ao nosso lado. Estamos todos juntos nessa briga.</p><p>Sendo assim, hoje fizemos essa mensagem para você encaminhar a ela e convencê-la, com base em fundamentos – nem sempre agradáveis de se abordar –, que essa aversão a falar em dinheiro custa caro para toda a família:</p><p><strong>(Coloque o nome dela aqui)</strong></p><p>Quando eu me for, você vai ficar – provavelmente por sete anos mais. É possível que esteja aposentada ou desempregada e, embora eu quisesse que você tivesse tranquilidade para lidar com esse luto, sei que precisará dedicar, pela primeira vez, tempo a um assunto ao qual tem verdadeira aversão.</p><p>Torço para que se cerque de um advogado de confiança. Eu tenho feito minha parte: deixo a papelada toda organizada pensando naquele dia sobre o qual não gostamos de falar. Queria poder dizer que nossas filhas vão ajudar você neste momento, mas vejo que elas têm reproduzido esse mesmo padrão com relação às finanças.</p><p>Adoraria que você percebesse a necessidade de construir um conhecimento para ser dona da sua própria vida em qualquer hora, especialmente nessa.</p><p>Você saberia que, lá em 2017, quando os juros despencaram e você ignorou todos os alertas para pensar além da renda fixa (e pensar em todo aquele dinheiro na caderneta de poupança da Caixa…), deixou de ganhar dinheiro de verdade. Lembra que, com aquele investimento que eu fiz na Bolsa, conseguimos dar entrada no nosso apartamento?</p><p>Adoraria estar confortável agora sabendo que esse patrimônio que deixei será suficiente para as despesas que se aproximam. Infelizmente, você se incomodou com minha insistência para portar aquela previdência que nunca bateu o CDI por um plano rentável e barato, só porque não tinha a marca do bancão.</p><p>Você sempre me pareceu tão ciente das batalhas a se enfrentar no seu trabalho… E eu até reclamava das vezes em que você saía antes de mim e voltava muito depois para casa. Já para investir o tão suado dinheiro que ganhava, você nunca encontrou tempo.</p><p>Lembra que eu reclamava que nosso gerente oferecia produtos medíocres para você e arrojados para mim? Sempre tentei fazer você enxergar de forma mais crítica essa diferenciação que o banco fazia de nós.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Esta carta cheia de lamentos bem que poderia ser um testamento, mas preferi antecipá-la. Ainda dá tempo.</p><p>Por isso, tenho três sugestões para você começar:</p><p>1. Tire de uma vez por todas esse dinheiro da poupança. Nem é preciso entender de investimentos para ver que o seu patrimônio não está crescendo lá. Ou você achou suficiente ganhar 6,6% em 2017? Sem o menor esforço, deixei meu dinheiro do dia a dia em um fundo DI barato e ganhei 8,2%. Sim, já descontado de imposto.</p><p>2. Tope um pouco de risco, nem que seja com só 5% do seu patrimônio. Enquanto a maior parte do seu dinheiro estava naquela previdência ruim do bancão, sem entregar sequer o CDI, a Bolsa me rendeu 27% apenas no ano passado.</p><p>3. Você não precisa ser Ph.D. em Finanças para cuidar do seu dinheiro. Eu aprendi grande parte do que sei ao assistir vídeos no YouTube, ao ler textos leves, de gente como a gente, que escreve sobre investimentos e colocando em prática: errando, aprendendo e recomeçando.</p><p>Dá uma satisfação tremenda ter controle do seu dinheiro. E eu adoraria compartilhar isso com você.</p><p>Confia em mim?</p><p>Esperamos ter ajudado. Aproveitando essa ocasião única de escrevermos juntas, conseguimos um <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/cvf01-mulheres/?xpromo=XE-MI-EMP-CVF01-SUBWS-20180308-DAYO-XF-x&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180308-vd-cvf01-dayo\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">combo especial</a> unindo nossos dois filhos: <strong>Você Investidor</strong> e <strong>Os Melhores Fundos de Investimento.</strong> É uma ótima forma de começar.</p><p>Por ora, talvez você queira saber que o mundo espera hoje <a href=\"https://www.empiricus.com.br/daily-news/juros-cenario-externo/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">os anúncios do presidente Trump quanto às tarifas e restrições a importações</a>, que devem vir à tarde. Resta saber se o Brasil ficará ou não de fora da brincadeira, o que tem efeito sobre os preços das nossas siderúrgicas em Bolsa.</p><p>De fora também vêm os dados de auxílio desemprego nos EUA e decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).</p><p>Do lado de cá, temos número de safra agrícola e a prévia do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de março.</p><p>O Ibovespa Futuro abre em alta de 0,23%, dólar começa o dia estável contra o real e juros futuros iniciam em queda.</p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 35px 0; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/outliers/como-comecar-a-investir/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Como começar a investir</a></div>"},{"image":"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/empiricus-books-e1520445933914-920x515.jpg","title":"O Pacto dos 20 minutos","publishDate":"2018-03-07T03:00:00.000Z","description":"Sento-me todos os dias com gestores de recursos, cada um com um jeito diferente de investir. Posso dizer que há duas coisas em comum entre eles: são ricos e devoram livros.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/a-hora-dos-fundos/empiricus-books/","text":"<p><em>“A língua e eu somos um casal de amantes</em><br> <em> que juntos procriam apaixonadamente.”</em><br> <strong>João Guimarães Rosa</strong></p><p>Tomei a decisão há quase um ano. Estava eu em Paraty, cercada de livros e escritores por todos os lados, e me consumia uma angústia: quantas vidas serão necessárias para ler todas as páginas que preciso e desejo se a cada dia tenho menos tempo para isso?</p><p>Foi ali que fiz comigo mesma o Pacto dos 20 minutos: todos os dias, seja qual for o local, humor, cansaço e o tamanho da montanha de coisas a fazer, dedico 20 minutos a um livro. As regras são claras. Coloco o celular para despertar e, ao longo daquele intervalo, não tem WhatsApp capaz de me desconcentrar – meu mundo é a leitura.</p><p>Seriam 73 horas debruçada sobre livros desde então, não fosse o fato de que o tempo mínimo não é negociável, o máximo, sim. Com frequência, começo forçada, depois de um dia difícil, mas logo mergulho ali com tal intensidade, que recorro à função soneca algumas vezes. Comer, coçar e ler é só começar.</p><p>O saldo é admirável: corro com velocidade pela lista de livros que sempre sonhei ler. Eles deixaram de ser um sonho frustrado.</p><p>Recentemente, refinei a estratégia: 10 minutos para literatura, 10 minutos para economia e finanças. Foi assim que <a href=\"http://alaindebotton.com/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Alain de Botton</a> e <a href=\"https://www.empiricus.com.br/tag/taleb/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Nassim Taleb</a> se encontraram em minha mente em um inusitado “amor antifrágil” (leia os dois e entenda).</p><p>E se eu não conseguir ler alguns desses livros? Perdi a culpa em acumulá-los na estante desde que Taleb nomeou a coleção de 30 mil livros de Umberto Eco de “antibiblioteca”. Os livros já lidos são menos valiosos do que os não lidos, escreveu.</p><p>Os não lidos me ameaçam diariamente, como quem diz: “Você não sabe de nada, estúpida”. Que poderosa constatação para quem lida com investimentos…</p><p>Tenho uma motivação adicional para acumular livros, digna de divã, que confessei dia desses a uma grande amiga, dona de uma poderosa biblioteca: “Se um dia eu ficar de cama, muito doente, terei a companhia deles”. Ao que ela rebateu rapidamente: “Já pensei nisso, mas e se a gente ficar cega?”. Aí, Vic, você vai ter que ler pra mim. E, sendo assim, é melhor ajudar a escolher.</p><p>A <a href=\"https://www.linkedin.com/feed/update/urn:li:activity:6371694274207113217\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Bia Nantes</a> roubou a Vic do mercado aqui para a <strong>Empiricus:</strong> Victória Mantoan, jornalista, historiadora, leitora inveterada, companheira de feiras literárias, a pessoa que me apresentou Mario Benedetti, Jennifer Egan e Alejandro Zambra em troca de Dan Ariely, Roger Lowenstein, Nassim Taleb e – por que não? – um fundo DI barato.</p><p>A Victória se sentou com nosso Rodolfo Amstalden, cujo nível intelectual dispensa apresentações neste espaço, e daí nasceu<span id=\"urn:enhancement-35ca9f9e-2962-66d2-d989-21729ec853f3\" class=\"textannotation\"> a <strong>Empi</strong></span><strong>ricus Books.</strong></p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p><strong>Sim, um clube do livro de investimentos!</strong> – que eu assinei rapidamente, depois de assistir à Victória negociando há meses com peixes grandes do mercado editorial uma exclusividade, uma edição especial ou uma tradução de obra esgotada para compor essa coleção.</p><p>É óbvio que já espiei e, do bom gosto da Victória, vêm edições absurdamente lindas, dignas de compor minha biblioteca. E também minha “antibiblioteca”.</p><p>O Rodolfo escolheu a primeira obra que vai chegar à sua casa. Como o mistério é o grande charme do clube, não posso antecipar aqui. Mas adianto que vai ajudar você a bater o mercado (talvez a Vic fique brava com esse spoiler).</p><p>Como convidada para a curadoria, também já estou escolhendo meu favorito. Porque aqui é assim: o curador escolhe e a Victória se vira para encontrar, comprar os direitos, traduzir, editar e fazer o título chegar à sua prateleira. Sempre quis brincar disso.</p><p>E, melhor, o preço é ridículo perto do dinheiro que ler esses livros vai me fazer ganhar. Sento-me todos os dias com gestores de recursos, cada um com um jeito diferente de investir. Posso dizer que há duas coisas em comum entre eles:</p><ol><li>Eles são ricos;</li><li>Eles devoram livros.</li></ol><p>Conheça agora a <strong><a href=\"https://sl.empiricus.com.br/emb060318/?xpromo=XE-MI-EMP-EMB060318-SUBWS-20180307-HFF-X-x&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180307-vd-emb060318-hff\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Empiricus Books</a></strong>.</p><div style=\"padding-left: 8%; text-align: justify;\"><div style=\"padding: 20px; border: 2px solid #8A0927; max-width: 710px;\"><p style=\"text-align: justify;\"><img class=\"alignleft imagem-hora-fundos b-lazy\" style=\"float: left;\" width=\"147\" height=\"142\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://empiricusimagens.s3.amazonaws.com/imagens/fundos/lupa-seu-fundo.jpg\">Hoje vou me antecipar às suas dúvidas. Em muito breve, você vai começar a ouvir falar de um novo fundo que começa a chegar às plataformas de varejo: Vinci Mosaico.</p><p>Pode ser que você já tenha ouvido falar da Vinci em outros dois segmentos em que é referência: dividendos e private equity. Com o Mosaico, a casa pretende ser mais ativa no varejo em outra arena: a de fundos de ações livres.</p><p>O produto, na verdade, não é completamente novo. Ele traz o histórico de gestão de Roberto Knoepfelmacher (desafio você a falar esse sobrenome em voz alta).</p><p>Roberto participou dos primórdios da Gas, depois comprada pela Vinci, saiu para montar a própria casa, a Mosaico, em 2009, e agora volta à equipe da Vinci, levando o fundo dentro da mala. Ele fica no lugar de José Rolim e incorpora o fundo dele, o Lotus.</p><p>O gestor adora empresas fora do radar e com baixa liquidez, as <a href=\"https://www.empiricus.com.br/videos/micro-caps-small-caps/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">small caps</a>. Não é sua única escolha, entretanto, antes que isso traga a você uma memória dos anos Dilma, quando vários desses produtos sofreram fortes resgates e prejuízos, diante da necessidade de vender rapidamente papéis pouco negociados.</p><p>Metade do fundo hoje está alocada em small e mid caps, mas a carteira também tem empresas bastante negociadas, como Itaú, Equatorial, Transmissão Paulista e BRMalls. E as fatias não são fixas.</p><p>O mix entre empresas pró-cíclicas e anticíclicas também é buscado. “Sentimos necessidade de ter uma combinação boa entre atacantes e zagueiros”, diz Roberto, que busca companhias baratas nos dois ambientes.</p><p>De qualquer forma, é um passaporte apimentado para a Bolsa. Em seu pior ano, 2015, o fundo perdeu 16,16%, prejuízo maior do que os 13,31% do Ibovespa, o que mostra a conexão com small caps. O índice de empresas de baixa liquidez caiu naquele ano 22,36%.</p><p>Em todos os demais anos de sua história, iniciada em 2010, o produto bateu o índice. O melhor foi 2016, quando o fundo rendeu 44,85%, acima dos 38,93% do Ibovespa, em uma virada de mercado que muitos gestores não captaram.</p><p>Outra característica do fundo é a avaliação de dinâmicas setoriais, além da história de cada companhia. Roberto aponta que quem estava em siderúrgicas, no período de 2004 a 2007, ganhou mais do que o dobro da Bolsa, assim como em vestuário, de 2010 a 2012, ou em educação, de 2012 a 2014.</p><p>O duro é identificar o setor do momento. O gestor aposta agora, por exemplo, nos segmentos de saúde e de construção civil voltada para o público de baixa renda.</p><p>Outro tema que Roberto gosta é o de histórias de “compound”: empresas que têm um modelo de negócio vencedor, alto retorno sobre investimento e claras avenidas de crescimento, ainda que pareçam caras pela relação entre preço e lucro. Ele exemplifica com Lojas Americanas e Localiza.</p><p>Pronto, agora você conhece o Roberto e o Vinci Mosaico. Já, já você vai ouvir falar dele por aí. O fundo acaba de entrar no nosso radar para avaliações quantitativas e qualitativas. Para saber se é ou não uma boa ideia para seu portfólio, é só assinar <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/cpls-fn24/?xpromo=XE-MI-EMP-FN24-SUBWS-20180307-HFF-X-x&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180307-vd-fn24-hff\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Os Melhores Fundos de Investimento.</a></p></div></div><p> </p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 35px 0; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/publicacoes/piores-fundos-de-investimento/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Piores fundos de investimento</a></div><p><strong>TOPA O PACTO DOS 20 MINUTOS?</strong><br> Em pouco tempo, minhas conversas ficaram mais ricas, meus investimentos, mais rentáveis e – talvez você tenha percebido – meus textos, mais inspirados. Conte para mim o efeito na sua vida daqui a um ano.</p>"},{"image":"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/eua-trump-guerra-comercial-1-e1520429340837-920x514.jpg","title":"A Pós-História está prestes a começar","publishDate":"2018-03-07T03:00:00.000Z","description":"O Fim da História se assenta basicamente sobre dois grandes pilares hegemônicos, e a transformação da retórica protecionista de Donald Trump com os EUA nos coloca no primeiro pilar.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/eua-trump-guerra-comercial/","text":"<p>Como talvez você já saiba, o Brasil morreu em 2014. Uma morte prematura, quando completava 20 anos de idade e de Plano Real. Agora, está renascendo no que tenho chamado de <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/pe97-segundo/?xpromo=XE-MI-EMP-PE97-SUBWS-20180307-DAYO-XF-x&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180307-vd-pe97-dayo\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Segundo Mandato Temer</a>.</p><p>Não é sua primeira reencarnação, diria compadre meu Quelemém, personagem espírita de “Grande Sertão: Veredas”. Morremos no começo dos anos 60 com as mazelas do endividamento e da inflação inicial nos tempos JK. Renascemos com o PAEG de Campos e Bulhões. Aí falecemos de novo com o Segundo PND, que resultou na década perdida e no calote dos anos 80, em meio a todos os planos heterodoxos que culminaram com o confisco da poupança no Plano Collor. Voltamos à vida com o Plano Real e sucumbimos de novo com a nova matriz econômica.</p><p>Essas coisas são normais. A economia, a política e os mercados são ciclotímicos.</p><p>Mais curioso é que o Brasil morreu depois do mundo ter acabado. A História sempre caminhou num processo dialético, em que uma antítese se opunha à tese predominante. Desse embate, emergia uma nova síntese, que confrontaria uma segunda antítese. E assim a coisa ia se repetindo. Até que a queda do muro de Berlim em 1989 interrompeu essa brincadeira.</p><p>Naquilo que Francis Fukuyama chamou de “O Fim da História”, a democracia liberal e a globalização profunda se consolidavam com total hegemonia, sem qualquer antítese à tese. Teríamos chegado a uma síntese supostamente incontestável.</p><p>O “supostamente” é importante…</p><p>Há uma possível antítese começando a se formar. Se houve “o fim da História” por conta da quebra do processo dialético anteriormente, agora esse mesmo processo pode estar se reiniciando. O que vem depois do Fim da História? Proponho o termo “Pós-História”.</p><p>Antes de avançar, permita-me brevemente esclarecer o conceito, como se utilizasse de um marca-texto. Sempre amei marca-textos. Originalmente, o termo “pós-história” aparece na obra de Vilém Flusser, ainda em 1967. Para ele, o curso das coisas se dividiria em três grandes períodos. A Pré-História iria até a realização das pinturas rupestres de Lascaux e seria caracterizada por um raciocínio circular. A partir daí, teríamos a fase da História propriamente dita, marcada pela era da escrita e do pensamento linear, que seria interrompida pela revolução da informação e da comunicação para compor a Pós-História.</p><p>Valorizo a abordagem, mas aqui emprego o termo em outro sentido. Refiro-me à Pós-História com conotação semelhante àquela empregada pelo meu brilhante amigo Marcos Troyjo, diretor do BricLab na Universidade Columbia e futuro ministro (torço para isso pelo menos), na “Folha de S.Paulo” recentemente, ao cunhar a expressão “O Fim do fim da História”.</p><p>Do que estou falando exatamente?</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Tenha em mente que O Fim da História se assenta basicamente sobre dois grandes pilares hegemônicos e até então inquestionáveis: i) a globalização irrestrita; e ii) a emergência de polos autocráticos de poder relevante e potencial influência global.</p><p>Sobre o primeiro ponto, começamos a assistir agora à transformação da retórica protecionista de <a href=\"https://www.empiricus.com.br/tag/trump/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Donald Trump</a> em algo efetivamente material. Nesta quarta-feira, os mercados globais enfrentam grande aversão a risco, sob ameaça de uma guerra comercial iminente.</p><p>Gary Cohn deixou a Casa Branca emitindo um claro sinal de fortalecimento dos protecionistas e dos falcões no quesito imigração. Cohn é um moderado, ex-CEO do Goldman Sachs, e menos suscetível a questões de aumento de tarifas de importação e restrições ao livre trânsito de pessoas, mercadorias e capitais.</p><p>A hipótese aventada na véspera de que o aumento das tarifas sobre aço e alumínio era mera retórica para favorecer os <a href=\"https://www.empiricus.com.br/tag/estados-unidos/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">EUA</a> em futuros acordos comerciais foi afastada. Volta-se a discutir uma possível guerra comercial à frente, que obviamente poderia machucar o tal “crescimento sincronizado” dos países desenvolvidos e aumentar a instabilidade política global.</p><p>Em paralelo, a imprensa noticia que Donald Trump estuda controles sobre investimentos chineses nos EUA e sobre importações do país.</p><p>Então chegamos ao segundo pilar da Pós-História: a emergência de polos autocráticos com potencial impacto global. Já vínhamos antes com questionamentos locais aos valores democráticos, de que talvez Vladimir Putin possivelmente fosse o maior expoente. Ainda neste escopo, valeria citar Bashar al-Assad na Síria, Recep Erdogan na Turquia e Nursultan Nazarbayev no Cazaquistão.</p><p>Mas agora a coisa ganha proporções maiores, depois que o Partido Comunista Chinês retirou a restrição ao teto de permanência de um indivíduo na condição de presidente do país. Com isso, Xi Jinping pode ter mais de dois mandatos como comandante máximo da China, perpetuando-se no cargo e ferindo um dos princípios básicos da alternância de poder.<span id=\"urn:enhancement-0e8ee1ff-de18-667d-611e-753e1445d33e\" class=\"textannotation\"></span></p><p>Cada vez mais, questiona-se o valor da democracia ocidental, num mundo em que oligopólios tradicionais de informação, como Google e Facebook, ainda não têm, no Oriente, a mesma penetração de outros lugares do mundo. Se, eventualmente, esses grandes monopólios ou oligopólios se juntarem a governos locais autocráticos, a partir de um fornecimento brutal de dados, podem fortalecê-los para um eventual conflito, comercial, político e/ou até mesmo bélico com o mundo ocidental clássico.</p><p>Em meio à bomba protecionista nos EUA, mercados iniciam a quarta-feira sob pressão, aumentando globalmente os prêmios de risco. A grande preocupação é justamente com uma possível guerra comercial à frente.</p><p>Agenda norte-americana revela Livro Bege do Fed, estoques de petróleo, dados do mercado de trabalho privado e crédito ao consumidor.</p><p>Por aqui, IGP-DI trouxe inflação ligeiramente acima do esperado, mas não retirou suposições de que os <a href=\"https://www.empiricus.com.br/daily-news/corte-juros-marco-e-maio/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">juros</a> de curto prazo podem ser menores do que o anteriormente ventilado.</p><p>Ibovespa Futuro abre em baixa de 0,35%, dólar sobe contra o real e juros futuros longos avançam.</p><p>É melhor apertar os cintos, pois a Pós-História está só começando. Estamos em mares nunca dantes navegados.</p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 35px 0; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/t/investimentos/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Canal de investimentos</a></div>"},{"image":"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/dia-internacional-da-mulher-investimentos-1-e1520367224408-920x514.jpg","title":"Por menos flores e mais dinheiro","publishDate":"2018-03-06T03:00:00.000Z","description":"Tenho consciência de que, por vezes, parece mais simples fazer do que ensinar. Mas o que você, homem, pode fazer para ajudar as mulheres da sua vida a investirem mais e melhor?","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/outliers/dia-internacional-da-mulher-investimentos/","text":"<p><span style=\"text-decoration: underline;\"><strong>AVISO IMPORTANTE – O artigo de hoje é sobre as mulheres, mas não é exclusivo a elas. Pelo contrário, peço alguns poucos minutos da atenção dos homens, maioria dos meus leitores.</strong></span></p><p>Gostaria de compartilhar uma série de dados, alguns dos quais certamente conhecidos de vocês, para tocar no assunto da semana.</p><ul><li>As mulheres são maioria na população brasileira, com 51,4% de participação.</li><li>As mulheres vivem, em média, 79,4 anos, ante os 72,9 anos dos homens.</li><li>O desemprego atinge mais as mulheres (13,4%) do que os homens (10,5%), apesar do maior nível de escolarização delas.</li><li>Em 2016, o salário das mulheres foi, em média, 23% menor que o dos homens. No Sudeste, a diferença superou os 28%.</li><li>Há muito menos investidoras que investidores no Brasil. Na Bolsa, só 22,8% das contas pertencem a mulheres. No <a href=\"https://www.empiricus.com.br/t/tesouro-direto/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Tesouro Direto</a>, a participação feminina corresponde a 28%.</li></ul><p>Eu poderia continuar, mas acho que as informações são suficientes: o quadro econômico é bastante desfavorável para as mulheres. Ponto.</p><p>Tendo isso dito, pergunto a vocês, homens, que me leem neste momento: suas amigas, esposas, mães e irmãs investem?</p><p>No ano passado, tive uma experiência muito legal no Dia da Mulher. Na ocasião, convoquei as leitoras investidoras a se apresentarem, contando suas experiências num universo ainda tão dominado pelos homens.</p><p>Recebi relatos incríveis e entusiasmados, que me fizeram enxergar que não estava sozinha.</p><p>Teve caso de mulher com influência do pai ou do namorado para dar o primeiro passo no mercado financeiro; houve história de mulheres absolutamente independentes, que correram atrás de tudo por conta própria; e também recebi confissões daquelas que seguem na luta para mudar de ideia quanto a <a href=\"https://www.empiricus.com.br/t/investimentos/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">investimentos</a>.</p><p>Mas a realidade é dura e ainda somos uma GRANDE MINORIA. Mesmo aqui, na<span> </span><a href=\"https://jobs.kenoby.com/empiricus\"><b>Empiricus</b></a>, estamos em apenas seis mulheres na área de análise, contrastando com os mais de 20 homens da equipe.</p><p>A busca por espaço é contínua.</p><p>Os homens representam cerca de 85% dos nossos assinantes.</p><p>E eu fico aqui, intrigada, pensando em como as mulheres fazem para cuidar do seu patrimônio. Adoraria mudar esse quadro.</p><p>Converso bastante com as mulheres à minha volta e sempre fico pensando se são apenas os maridos, os pais, os irmãos ou os amigos os responsáveis por tocar a parte financeira…</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p><b>Por isso, desta vez, pergunto a vocês, homens: o que vocês têm feito para mudar a situação à sua volta?</b></p><p><b>Não seria perfeito ver as mulheres de sua vida cada fez mais ricas e independentes?</b></p><p>Sabe como você vai dar o empurrão do qual muitas precisam? Ajudando-as a entender o mercado, sem assumir a função de gestor de suas finanças.</p><p>Já pensou em explicar alguns conceitos de economia para desmistificar temas como juros e inflação e mostrar, com base nos seus próprios investimentos, como o patrimônio delas pode aumentar?</p><p>Ou que tal apresentar<span> </span><a href=\"https://www.youtube.com/user/VideosEmpiricus\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">nosso canal do YouTube</a><span> </span>com uma série de vídeos explicativos para que sua amiga, namorada, esposa, mãe ou irmã comece a entender mais o tema?</p><p>E, se ela for iniciante e estiver receosa, por que não trocar as flores nesse Dia da Mulher por um livro do<span> </span><a href=\"https://sl.empiricus.com.br/bvosi01-of/?xpromo=XE-MI-EMP-BVOSI01-SUBWS-20180306-OUT-X-x&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180306-vd-bvosi01-out\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Você Investidor</a> de presente? Essa é justamente a porta de entrada dos investidores, homens e mulheres, na<span> </span><b>Empiricus</b>. Acesse<span> </span><a href=\"https://sl.empiricus.com.br/bvosi01-of/?xpromo=XE-MI-EMP-BVOSI01-SUBWS-20180306-OUT-X-x&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180306-vd-bvosi01-out\">este link</a> para garantir uma assinatura que é mais barata que a do Netflix.</p><p>Será que ela sabe que dá para começar a investir com R$30,00? Ou que abrir conta em corretora leva menos de um dia e não tem custo? Ou que dá para não pagar nada para ter conta em banco?</p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 35px 0; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/outliers/como-comecar-a-investir/\">Como começar a investir</a></div><p>Tenho consciência de que, por vezes, parece mais simples fazer do que ensinar.</p><p>Mas, no longo prazo, uma mudança de atitude certamente vai ajudar a acabar com a inércia, com a indiferença e com o desconhecimento das mulheres com relação ao mercado financeiro.</p><p>Homens e mulheres podem investir exatamente da mesma forma, nos mesmos produtos, com os mesmos recursos.</p><p>Mas alguém tem que dar o primeiro passo.</p><p>Você topa ajudar?</p><p>Se puder,<span> </span><a href=\"mailto:beatriz.cutait@empiricus.com.br\">me escreva</a><span> </span>contando as dificuldades desse processo e coloque as mulheres da sua vida em contato comigo.</p><p><b>P.S.: Quer saber como os preços dos títulos públicos são estabelecidos e entender de que modo os grandes eventos, como as eleições, podem gerar volatilidade? Então não perca a terceira e última parte da nossa conversa com o Tesouro Direto!</b></p><p class=\"video-container youtube-video\"><span class=\"video-wrapper\"><iframe width=\"500\" height=\"281\" src=\"https://www.youtube.com/embed/wkb3mjwNQ3w?start=498&feature=oembed&enablejsapi=1&origin=https%3A%2F%2Fwww.empiricus.com.br\" frameborder=\"0\" allow=\"autoplay; encrypted-media\" allowfullscreen=\"\" data-gtm-yt-inspected-934836_409=\"true\" id=\"759849305\"></iframe></span></p>"},{"image":"","title":"O projeto da sorte para você","publishDate":"2018-03-06T03:00:00.000Z","description":"Só sorte não vai ajudá-lo a ganhar mais dinheiro. Richard Wiseman descobriu a partir de uma série de estudos científicos que as pessoas sortudas geram sua própria fortuna a partir de quatro princípios básicos.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/dinheiro-sorte/","text":"<p>Na sexta-feira, almocei com um grande banqueiro brasileiro. É uma daquelas interlocuções que não me acho digno de manter, mas que, por alguma razão, a <a href=\"https://jobs.kenoby.com/empiricus\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\"><strong>Empiricus</strong></a> acabou me proporcionando. Ele pergunta interessado o que estou achando dos mercados e das fintechs; eu me pergunto o que estou fazendo ali.</p><p>Merecedor ou não, valorizo a possibilidade de conversar com gente brilhante. Agradeço por isso e pela quentinha.</p><p>Nietzsche dizia que boas ideias surgem de uma longa caminhada. Eu acredito que elas vêm de boas conversas. Caminhar conversando, então, é quase um sonho.</p><p>Divido aqui a visão do sujeito primeiro pelo seu brilhantismo intelectual. Depois porque seu nível de conexão e acesso a informação podem nos render insights valiosos para investir.</p><p>“O que você está chamando de <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/michel-temer-reeleicao/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">O Segundo Mandato Temer</a> é o que eu falo aqui internamente como vitória da agenda. Não sei ainda a cara, a pessoa em si que vai ser eleita. Mas me parece um tanto claro que a esquerda está morta e virá alguém à direita. Então, conhecemos todos e isso cria um ambiente muito favorável. A única eventual dúvida é sobre o <a href=\"https://www.empiricus.com.br/tag/bolsonaro/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Bolsonaro</a>, se ele vai caminhar para o centro ou se vai ficar mais extremo. Ele é muito ‘shallow’ (superficial) e não dá para acreditar na sua conversão liberal.”</p><p>Essa foi a visão do ciclo eleitoral, que, obviamente, converge para a que tenho mantido aqui. Quer dizer, colocando-me no meu devido lugar: a minha visão converge para a dele.</p><p>Sobre a economia e os mercados em geral: “As pessoas estão menosprezando o que aconteceu neste país nos últimos anos. Estamos falando da perda de 10% da renda per capita. Isso só acontece em cenário de guerra, hiperinflação. A recuperação agora é cíclica, mas é vigorosa. O crédito está claramente voltando e esse é um indicador antecedente importante. Estou otimista com a economia e com a Bolsa”.</p><p>Também aqui estamos alinhados.</p><p>Em certo momento, a conversa migrou para fundos e investidores da moda. Passamos um a um, do Ibrahim Eris à crista da onda no momento.</p><p>“Você não tem medo disso?”</p><p>“Claro que tenho.”</p><p>Eu tenho um problema importante com o gestor da moeda, aquele que mais subiu na janela dos últimos 12 ou 24 meses. Pra mim, e aqui marco claramente se tratar de uma posição pessoal muito contrária ao consenso (sim, eu respeito quem pensa diferente), se tem um fundo ou uma abordagem de investimento que você precisa evitar é justamente aquele(a) que ofereceu o maior retorno no ano passado.</p><p>Por mera aplicação da lógica, a maior alta de um determinado intervalo de tempo aconteceu por conta da materialização de um evento considerado de baixíssima probabilidade. Perceba que a cotação de uma ação ou de qualquer outro ativo reflete uma expectativa de consenso, um cenário-base projetado à frente. Para que esse ativo se multiplique de valor, suba muito mais do que os demais, precisa, portanto, acontecer algo muito surpreendente, ex-ante fora do radar dos investidores e não contemplado pelas cotações. Somente assim pode haver uma supermultiplicação.</p><p>Na era do big data, das notícias em tempo real e da inteligência artificial, os mercados são informacionalmente muito eficientes. Ou seja, normalmente, as cotações refletem, de fato, o cenário mais provável à frente.</p><p>Então, como corolário dessa construção, se um determinado investidor ou gestor multiplicou seu capital por um fator muito alto num ano, ele apostou pesado num evento de baixíssima probabilidade que acabou se materializando.</p><p>Uma alta muito vigorosa decorre da concentração e da alavancagem, provavelmente em apostas de baixa probabilidade. A História narra apenas o que foi, e não o que poderia ter sido. Assim, acaba selecionando aleatoriamente vencedores e perdedores. Aqueles que mais irresponsáveis foram e acabaram contemplados com a sorte, com a vitória do azarão em que haviam apostado, são selecionados como campeões, passando para a eternidade (enquanto dura) como gênios.</p><p>Não tenho nada contra a sorte. Nosso dia-a-dia está recheado de tentativas de aumentarmos a influência da Deusa Fortuna a partir das superstições. Batemos na madeira pois rituais pagãos no passado buscavam a força positiva dos deuses das árvores. Evitamos o número 13 porque eram esse o número de presentes na Santa Ceia. Não passamos sob a escada para evitar quebrar a santíssima trindade formada pelo triângulo áureo, desenhada pelo chão, a escada e a parede.</p><p>Evidentemente, essas coisas não vão ajudá-lo a ganhar mais dinheiro. Você não será mais ou menos contemplado com a sorte se usar este ou aquele amuleto, adotar essa ou aquela superstição. Mas é curioso como você pode, sim, ter um incremento de ocorrências de forças aleatórias positivas sobre si, a partir de uma mudança de comportamento.</p><p><a href=\"https://g.co/kgs/T5czRX\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Richard Wiseman</a> tem estudado a incidência da sorte ao longo de décadas. Ele descobriu a partir de uma série de estudos científicos que as pessoas sortudas geram sua própria fortuna a partir de quatro princípios básicos.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Primeiramente, elas são habilidosas em criar e perceber as oportunidades que a sorte pode lhes criar. Aqui recupero o exemplo de Nassim Taleb, caracterizando a diferença entre o turista e o flaneur. Enquanto o primeiro viaja com um destino determinado, sem possibilidade de abrir-se para o novo e o inesperado, o segundo faz exatamente o contrário. Dispõem-se a fazer coisas ali na hora, a conhecer gente nova, a buscar maçãs na parte desconhecida da plantação. As chances de descobrir algo surpreendente e inesperado para o flaneur são muito maiores.</p><p>Além disso, tomam decisões a partir de uma intuição apurada. Aqui emprego intuição no sentido de Malcolm Gladwell, no “Blink”, e não na conotação negativa ligada à falta de técnica. A intuição é simplesmente um tipo de conhecimento não estruturado e não formalizável. Então, sem formalizar racionalmente uma decisão, ao tomá-la e se beneficiar, o sujeito acaba achando que se tratou da sorte, quando foi, na verdade, a aplicação de um método intuitivo, ligado a uma série de conhecimento acumulado e que fica escondida lá no fundão.</p><p>Em adição, os sortudos tipicamente criam profecias autorrealizáveis ao manter um pensamento positivo e perseguir obstinadamente aquilo.</p><p>Por fim, adotam uma atitude resiliente diante da adversidade, não abortam o processo no meio do caminho e se mantêm perseverantes mesmo quando aparece uma primeira dificuldade. Um sentimento forte, um propósito ou uma vocação ajudam nesse sentido.</p><p>Resumidamente, portanto, se você quer ter sorte, precisa se expor a ela. Pode parecer contraintuitivo, mas é um processo racional, estruturado e formal. Monte estruturas de investimento que busquem assegurar que as surpresas estejam do lado positivo. Se você quer lucrar muito com uma ação, a primeira coisa a fazer é comprar uma.</p><p>Mercados abrem a terça-feira estendendo tom positivo da véspera. Ofensiva de assessores e aliados republicanos sobre Donald Trump para conter aumento de tarifas de aço e alumínio arrefece preocupações com guerra comercial global. Commodities sobem e mineradoras são destaque na Europa.</p><p>Por aqui, agenda trouxe <a href=\"https://www.empiricus.com.br/daily-news/producao-industrial-janeiro-2018/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">produção industrial</a> um pouco abaixo do esperado, enquanto aguardamos pesquisa CNT-MDA e dados da Anfavea. Nos EUA, saem encomendas à indústria.</p><p>Ibovespa Futuro sobe 1%, dólar cai contra o real e juros futuros estão perto da estabilidade.</p><p><span>P.S.: Caso você não tenha visto ainda o vídeo mais recente da Luciana Seabra, aqui está um </span><a href=\"https://sl.empiricus.com.br/cpls-fn24/?xpromo=XE-MI-EMP-FN24-SUBWS-20180306-DAYO-XF-x&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180306-vd-fn24-dayop\"><b>esclarecimento importante</b><span>.</span></a></p>"},{"image":"","title":"E quando você vacilar?","publishDate":"2018-03-05T03:00:00.000Z","description":"Do meu lado, acho os COEs, em geral, um produto muito atraente para as pessoas físicas. Claro que não são todos. Mas a ideia tem tudo a ver com o que nos propomos a fazer aqui: controlar o downside (as…","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/coe-cvm/","text":"<p><i>“Mesmo fora de si,</i><br> <i>eu te amo pela tua essência.</i><br> <i>Até pelo que você poderia ter sido,</i><br> <i>se a maré das circunstâncias</i><br> <i>não tivesse te banhado</i><br> <i>nas águas do equívoco</i></p><p><i>(…)</i></p><p><i>Eu te amo desde os teus pés</i><br> <i>até o que te escapa.</i></p><p><i>Eu te amo de alma para alma.</i><br> <i>E mais que as palavras,</i><br> <i>ainda que seja através delas</i><br> <i>que eu me defenda,</i><br> <i>quando digo que te amo</i><br> <i>mais que o silêncio dos momentos difíceis,</i><br> <i>quando o próprio amor</i><br> <i>vacila.”</i><br> <i>Quando o amor vacila</i></p><p><img class=\"alignnone size-full b-lazy\" width=\"503\" height=\"278\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://s3.amazonaws.com/empiricusimagens/2018/03/depoimento1-dayone-050318-01f.png\"></p><p><img class=\"alignnone size-full b-lazy\" width=\"424\" height=\"258\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://s3.amazonaws.com/empiricusimagens/2018/03/depoimento1-dayone-050318-02f.png\"></p><p>Na sexta-feira passada, venceu o famigerado “COE Empiricus de Petrobras e Vale”, recomendado no <strong><a href=\"https://sl.empiricus.com.br/pe96-segundo/?xpromo=XE-MI-EMP-PE96-SUBWS-20180305-DAYO-X-x&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180305-vd-pe96-dayop\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Palavra do Estrategista</a></strong> um ano atrás. Caso não tenha acompanhado a discussão à época, foi ele que me rendeu mais uma matéria elogiosa (?) pela imprensa especializada (?).</p><p>A imagem abaixo ajuda a refrescar a memória:<br> <img class=\"alignnone size-full b-lazy\" width=\"605\" height=\"439\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://s3.amazonaws.com/empiricusimagens/2018/03/DAYOP0503-1.png\"></p><p>Destaco mais um trecho:</p><p><i>“Um grupo de advogados de um grande escritório especializado em mercado de capitais aponta que a Empiricus pode ter violado artigos tanto da instrução CVM 483 quanto da 400.(…) A interpretação dos advogados é que o conteúdo apresentado vai além daquele que seria típico de análise de valores mobiliários. ‘Identificamos informações típicas de oferta: datas de início e encerramento do período de reserva, aplicação mínima, orientação para abertura de contas e indicação de links para acesso às páginas de distribuição das corretoras.”</i></p><p>Passados 12 meses, como ficou quem investiu nesse COE?</p><p>A recomendação rendeu um lucro de 17%, contra 8,9% do CDI. Ou seja, 190,4% do benchmark sem risco de perda nominal.</p><p>Agora, posso afirmar com o benefício da retrospectiva. Todos os envolvidos no episódio ganharam dinheiro. O banco estruturador, as corretoras que atuaram na distribuição e, muito mais importante, claro, os assinantes que seguiram a sugestão de investir no COE. Eu ganhei uma matéria negativa no jornal.</p><p>Fico me perguntando onde estaria esse “grupo de advogados de um grande escritório especializado em mercado de capitais”, esse mesmo que fala à imprensa sem se identificar e, claro, também sem ganhar nada por isso, após vasculhar eventuais (e infundadas) irregularidades no processo. Como tratar de uma oferta sem falar dos dados da operação? Seria como tratar de um IPO sem mencionar o período de reservas da respectiva ação. Isso, sim, seria irresponsável e inadequado.</p><p>Noutro dia, a Luciana Seabra e eu almoçamos com dois experientes repórteres da <a href=\"https://www.bloomberg.com/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Bloomberg</a>, cujos nomes mantenho em sigilo simplesmente por não saber se eles mesmo se sentiriam confortáveis em aparecer por aqui. Eles me deram uma aula de jornalismo ao dizer algo mais ou menos assim: “Se for para criticar alguém, tudo precisa estar em ‘on’. A fonte precisa estar explícita. Como saber os interesses por trás de quem está criticando e se esconde por meio do anonimato?”.</p><p>Seria bom se todos fossem assim. Nem falo tanto pela<span> </span><b>Empiricus</b>. A matéria em si não mudou nada para a gente em termos práticos. Talvez até tenha servido de combustível para que obedecêssemos com ainda mais afinco nossa vocação, exatamente como acontece a cada vez que se amplia a fila de inimigos. Mais forte a cada porrada.</p><p>A parte ruim desse rebuliço foi que o mercado de capitais brasileiro saiu perdendo. Depois dessa “triangulação inusitada”, a CVM colocou em audiência pública a nova 483. Entre os pontos discutidos, está a participação ou não dos analistas no debate sobre estruturação de produtos. O tal “grupo de advogados de um grande escritório” pode conseguir que os analistas não possam mais dar boas ideias de investimento aos clientes que envolvem a montagem de novos produtos, exatamente como foi o caso em questão.</p><p>Trata-se de um despropósito. Quem mais vai ter boas ideias de estruturas de investimento são justamente aqueles com alta capacidade analítica, aqueles que vasculham oportunidades 24 horas por dia. Eles sabem as necessidades de seus clientes. Se estiverem alijados da possibilidade de contribuir com o debate sobre a montagem de produtos, quem sai perdendo é o investidor, que não terá acesso a essas boas ideias.</p><p>Do meu lado, acho os COEs, em geral, produtos muito atraentes para as pessoas físicas. Claro que não são todos. E é claro também que bancos estruturadores e corretoras muitas vezes esfolam o investidor com taxas abusivas. Mas a ideia tem tudo a ver com o que nos propomos a fazer aqui: controlar o downside (as perdas) e se expor a um grande upside (os lucros).</p><p>Estamos umbilicalmente ligados à antifragilidade de Nassim Taleb aqui. E quando falo “umbilicalmente” remeto à etimologia da coisa mesmo, sem qualquer caráter hiperbólico. A<span> </span><b>Empiricus</b><span> </span>nasceu como uma homenagem a Sextus Empiricus, um dos precursores da escola cética, e à Empirica, de Taleb.</p><p>Uma das definições de antifragilidade se liga justamente à ideia subjacente aos COEs: perdas pequenas e limitadas no caso de materialização do cenário negativo, ganhos altos no caso positivo.</p><p>É por isso que eu, no geral, amo estruturas com perfil de retorno semelhante ao COE, que protege o investidor de perdas nominais e o expõe a um maior upside. Eu o amo não apenas pelos ganhos que oferece. Mas eu o amo<i><span> </span>“até pelo que ele poderia ter sido, se a maré das circunstâncias não tivesse o banho nas águas do equívoco”</i><span> </span>– e aqui, num momento de angústia, sou capaz de ouvir a voz emocionada da Maria Bethânia dizendo essas palavras em<span> </span><i>“Quando o amor vacila”.</i></p><p>Essa poesia transforma a aflição na calma e na paz que eu mereço. Voltando ao mesmo poema, “eu sei que atrás deste universo de aparências, das diferenças todas, a esperança é preservada.”</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Então, estou aqui hoje respondendo a todos aqueles que me pediram um novo COE para investir com o dinheiro que ganharam no anterior.</p><p>Há uma boa e uma má notícia.</p><p>Começo pela ruim. Diante do vácuo regulatório existente hoje, eu nem sequer sou capaz de saber se posso recomendar um novo COE cuja estrutura da ideia venha de mim.</p><p>A boa é que não dependemos de ninguém para montar uma estrutura de retorno de capital protegido, semelhante àquela apresentada pelo “COE Empiricus de Petrobras e Vale” – sim, eu investiria nele novamente se nos fosse dada a oportunidade. Ao menos isso eu posso falar, não?</p><p>Então, fica assim:</p><p style=\"padding-left: 30px;\">i. Compre ações de Petrobras (PETR4) e, ao mesmo tempo, a mesma quantidade de puts (opções de venda) sobre as respectivas ações com strike entre 0 e 5% fora do dinheiro.<br> ii. Compre ações de Vale (VALE3) e, ao mesmo tempo, a mesma quantidade de puts (opções de venda) sobre as respectivas ações com strike entre 0 e 5% fora do dinheiro.</p><p>Assim, você terá uma estrutural de capital protegido, antifrágil, semelhante àquela do COE. Se você não tem familiaridade com opções, aqui está um<span> </span><a href=\"https://publicacoes.empiricus.com.br/minhas-assinaturas/kit-basico-do-leitor/lista/biblioteca-kit-basico-do-leitor/guia-de-introducao-a-opcoes-1\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\"><b>material totalmente gratuito</b></a><span> </span>para ajudá-lo nesse processo. Simples, fácil e prático.</p><p>Como estou otimista com Petrobras e Vale neste momento, faz sentido uma exposição ativa nesses papéis. O mais interessante, porém, é que, a partir da estrutura aqui sugerida, você não vai ter um grande prejuízo se elas vacilarem nos próximos 12 meses.</p><p>Mercados iniciam a semana ainda um tanto desconfortáveis com o aumento de tarifas anunciado por Donald Trump. Crescimento de grupos anti-establishment em eleição parlamentar na Itália impede também maior disposição a risco. Petróleo sobe com paralisação de campo na Líbia.</p><p>Por aqui, desdobramento da Operação Carne Fraca pode pesar sobre ações de BRF, com ex-presidente da companhia sendo preso pela PF. Momento já era delicado para a companhia e pode exercer pressão adicional no curto prazo, ao mesmo tempo em que pode também acelerar mudanças no Conselho e no management.</p><p>Na agenda, <a href=\"https://www.empiricus.com.br/daily-news/pib-maior-inflacao-menor/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">relatório Focus</a> revisou para baixo estimativas para IPCA 2019, o que se soma a comentários de <a href=\"https://www.empiricus.com.br/daily-news/duplo-mandato-banco-central/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Ilan Goldfajn</a> destacando inflação abaixo das expectativas para empurrar para baixo juros futuros. Cada vez mais parece haver espaço para uma taxa Selic ainda menor e sem aumentos no horizonte tangível.</p><p>Ibovespa Futuro abre em baixa de 0,3%, dólar sobe contra o real e juros futuros recuam.</p>"},{"image":"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/risco-investimentos-906x600.jpg","title":"Como não correr risco nenhum","publishDate":"2018-03-04T03:00:00.000Z","description":"Há momentos de mercado que justificam simplesmente não correr risco nenhum nos investimentos. Porque correr risco é muito legal quando você ganha. Quando perde, é a pior sensação do planeta.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/risco-investimentos/","text":"<p>Imagine que você tem um patrimônio de R$500 mil e que no dia 1° de janeiro de 2017 você investiu tudo na Bolsa.</p><p>Olhando para o seu portfólio hoje, você teria acumulado nada mais, nada menos que R$718 mil, uma valorização de 43,6%.</p><p>Uau! Em pouco mais de um ano você conseguiu aumentar seu patrimônio em quase 50%. Legal, não? Você deve estar muito feliz.</p><p>Agora imagine que um ano depois estoura uma crise nos <a href=\"https://www.empiricus.com.br/tag/estados-unidos/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">EUA</a>, seguida de uma forte queda das Bolsas mundiais e fuga de capitais de ativos de risco, como em 2008.</p><p>A Bolsa brasileira cai 40%, e você passa a ter R$430 mil de patrimônio.</p><p>Como será que você estaria se sentindo?</p><p>O que passaria na sua cabeça, depois de ver R$718 mil se transformarem em apenas R$430 mil?</p><p>Quantas vezes você repetiria para você mesmo o seguinte: “Devia ter vendido tudo, devia ter vendido tudo”?</p><p>Correr riscos é muito legal… quando você ganha. Quando perde, é a pior sensação do planeta.</p><p>Mas sabe o que é pior? Você só irá descobrir se foi bom ou ruim depois.</p><p>Na vida é assim também. Não dá para saber se as mudanças que você decide fazer acabarão sendo boas ou ruins. Escolher uma carreira na época do vestibular, casar, separar, mudar de emprego, empreender, largar tudo para viajar o mundo…</p><p>Todas essas são decisões nas quais precisamos nos jogar antes, e só saberemos se isso nos fez mais ou menos felizes depois, quando muitas vezes já é tarde demais para voltar atrás.</p><p>Seus <a href=\"https://www.empiricus.com.br/t/investimentos/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">investimentos</a> também são assim. Ninguém sabe como será o futuro.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Ninguém sabe se teremos uma crise daqui a um mês ou daqui a dez anos. Ninguém sabe se o ano que vem será o maior <a href=\"https://www.empiricus.com.br/tag/bull-market/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">bull market</a> de todos os tempos.</p><p>Fazemos nossas estimativas baseados no cenário econômico, que tende a repetir certos padrões. Recuperações econômicas têm uma certa “cara” e podem ser inferidas.</p><p>Mas nada impede de um efeito aleatório atrapalhar a tendência, e virar o cenário de cabeça para baixo.</p><p><strong>O que eu quero dizer é que temos que montar uma carteira de investimentos sabendo que o imponderável pode acontecer.</strong></p><p>E essa carteira tem uma composição completamente diferente da carteira do tipo “se tudo que eu prever der certo”.</p><p>Faz sentido eu alocar 100% do meu patrimônio em Bolsa se eu acho que o Ibovespa vai subir no ano que vem?</p><p>Se eu estiver certa, sim. Mas não sei se vou estar.</p><p>Então, nesse caso, não faz sentido nenhum. Afinal, se acontecer o imponderável e a Bolsa cair 40%, eu terei destruído parte do meu patrimônio.</p><p>Então, compreendendo a aleatoriedade do mercado, como devo montar a minha carteira?</p><p>Resposta: você deve montá-la de acordo com o seu percentual de convicção no cenário atual e que está por vir, sabendo que nunca terá 100% de certeza.</p><p>Por exemplo, tenho muita convicção na recuperação econômica brasileira, e acho que os preços e o <a href=\"https://dicionario.empiricus.com.br/definicao/valuation/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">valuation</a> da Bolsa estão baixos o suficiente para aguentar bastante desaforo político. Mas sei também que uma crise nos EUA ou a eleição de um presidente populista no Brasil acabariam com a valorização dos ativos locais.</p><p>O meu cenário-base aponta para eu sair completamente de renda fixa e colocar tudo em Bolsa. Mas as minhas ponderações de risco me deixariam ainda assim com 40% ou no máximo 50% do meu patrimônio em Bolsa.</p><p>No resto, correria menos risco, ou risco nenhum.</p><p>Como se corre risco nenhum? Com um título público atrelado à Selic. Nele, você tem certeza que receberá a taxa ao final do período.</p><p>Se eu colocasse os 40% em Bolsa e o Ibovespa subisse os 43,64% de 2017 até agora, eu ficaria com:</p><p>R$500 mil x 40% x 1,4364 = R$287.260</p><p>Mais o pedaço em renda fixa:</p><p>R$500 mil x 60% x (1 + Selic*) = R$320.250</p><p>*Para uma Selic de 6,75% ao ano</p><p>Totalizando R$607.510, em vez dos R$718 mil do cenário inicial que imaginamos.</p><p>Por outro lado, se a Bolsa caísse 40% logo depois, como aventei, você teria:</p><p>R$287.260 x (1 – 40%) = R$172.356</p><p>Mais o pedaço em renda fixa:</p><p>R$320.250 x (1+ Selic) = R$341.866,87</p><p>Totalizando R$514.222,87, em vez de R$430 mil.</p><p>O que você prefere? Oscilar seu patrimônio de R$500 mil para uma faixa entre R$514 mil e R$607 mil ou entre R$718 e R$440 mil?</p><p>Quanto mais você aceitar correr risco, menos deve fazer uso da renda fixa pós-fixada (Tesouro Selic 2023).</p><p>Por outro lado, quanto menos você topar se expor ao risco, mais esse título deve estar presente no seu portfólio.</p><p>Ou seja, a renda fixa pós-fixada é o CONTROLE DE RISCO do seu portfólio.</p><p>Ela é o instrumento que fará seu resultado oscilar mais ou menos. Não se esqueça disso quando for montar a sua carteira!</p><p>Há momentos de mercado, ou níveis de aversão ao risco do investidor, que justificam simplesmente não correr risco nenhum.</p><p>Espero que você se lembre sempre disso durante sua vida de investidor.</p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 3px 0px; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/t/tesouro-direto/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Canal do Tesouro Direto</a></div>"},{"image":"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/exercito-rio-de-janeiro-e1520261067756-920x515.jpg","title":"Temer reeleito","publishDate":"2018-03-03T03:00:00.000Z","description":"O presidente Temer agiu certo com sua decisão pela intervenção no Rio de Janeiro. Algo precisava ser feito, e o Exército tem condições de reverter o caos, que parecia instalado na cidade.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/empiricus-247/exercito-rio-de-janeiro/","text":"<p>Nesta semana fiz mais uma viagem a trabalho, agora para o Rio de Janeiro. Com duas viagens em duas semanas, temo estar entrando numa nova rotina em que deslocamentos desse tipo começam a fazer parte do meu dia a dia.</p><p>Sinceramente, espero que isso não aconteça. Como <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/empiricus-247/brasilia-espirito-animal/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">escrevi na semana passada</a>, tenho compromissos diários que acabam sendo afetados por conta dessas viagens. Felizmente, desta vez fiz um bate e volta que me permitiu tomar a lição de matemática da Isabella.</p><p>Fui até lá para participar da reunião inaugural do Conselho do <a href=\"http://codemec.com.br/introducao/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Codemec</a> (Comitê para o Desenvolvimento do Mercado de Capitais), do qual faço parte. Aos que não sabem, o Codemec é uma iniciativa do grande Thomás Sá, um verdadeiro herói do mercado de capitais brasileiro. A proposta do Comitê, projeto ambicioso que almeja popularizar esse mercado, faz brilhar os olhos do Thomás e entusiasma todos os envolvidos.</p><p>A viagem ao Rio foi especialmente breve, pois a reunião do Conselho aconteceu na sede da Sociedade Brasileira de Agricultura, literalmente a alguns passos do aeroporto Santos Dumont. Mesmo assim, consegui desfrutar um pouco da beleza carioca, pois a janela da sala de reunião dava de frente para o Pão de Açúcar.</p><div class=\"wp-caption alignnone\"><img class=\"b-lazy\" width=\"662\" height=\"547\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://s3.amazonaws.com/empiricusimagens/2018/03/247-030318-1.png\"><p class=\"wp-caption-text\"><em>Pão de Açúcar visto do edifício da Sociedade Brasileira de Agricultura</em></p></div><p>A brevidade da viagem não me permitiu, porém, notar qualquer tipo de sinal da intervenção federal na Cidade Maravilhosa. Sei, claro, que as tropas estão presentes nas favelas e nos morros, onde mais se concentram os episódios de violência. De qualquer forma, imaginava que encontraria algum soldado ou até um certo aparato militar no aeroporto. Não vi nada disso. Tudo parecia transcorrer tranquilamente. Na minha caminhada de cinco minutos pelas calçadas de pedras portuguesas, suficiente para suar com o clima abafado desta época do ano, passei por táxis amarelos, vendedores de água de coco e botecos. Tudo muito carioca, tudo muito tradicional.</p><p>Admito que o presidente <a href=\"https://www.empiricus.com.br/tag/temer/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Temer</a> agiu certo com sua decisão pela intervenção. Algo precisava ser feito, e o Exército tem condições de reverter o caos, que parecia instalado na cidade. Ignore qualquer tipo de manifestação de artistas e “intelectuais”. A intervenção fazia-se absolutamente necessária.</p><p>Certamente a violência não é exclusividade carioca. Ontem mesmo minha mulher chegou assustada em casa, depois de um jantar com amigas, relatando que ladrões haviam roubado um veículo do estacionamento onde seu carro estava parado. Quando a Larissa chegou para pegar o dela, encontrou os manobristas tremendo, ainda em choque pela abordagem à mão armada ocorrida minutos antes.</p><p>Casos como esse fazem parte do dia a dia de qualquer cidade brasileira. O Rio, no entanto, não é uma cidade qualquer. O Brasil tem uma conexão especial com a capital carioca, algo emocional, quase inconsciente. O Rio violentado nos afeta mais do que qualquer outro lugar no mundo.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>De qualquer forma, por melhor que tenha sido a “jogada de mestre” de Temer, as chances de reeleição de um presidente com um só dígito de popularidade são, digamos, microscópicas. Charles Dickens escreveu “never say never” (nunca diga nunca), mas seria uma surpresa talebiana ver o atual presidente sendo levado nos braços do povo para um segundo mandato.</p><p>Diante do que acabei de escrever, qual é o sentido do título deste texto? Para descobrir, convido você a ler o brilhante trabalho elaborado pelo Felipe Miranda:<span> </span><a href=\"https://sl.empiricus.com.br/pe96-segundo/?xpromo=XE-MI-EMP-PE96-SUBWS-20180303-247-X-x&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180303-vd-pe96-247\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">O Segundo Mandato Temer.</a> Na última vez em que o Felipe preparou algo semelhante num ano eleitoral, ele nos alertou para O Fim do Brasil.</p><p><a href=\"https://sl.empiricus.com.br/pe96-segundo/?xpromo=XE-MI-EMP-PE96-SUBWS-20180303-247-X-x&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180303-vd-pe96-247\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Leia agora.</a></p><p>P.S.: Nosso time está trabalhando internamente para melhorar a experiência dos nossos assinantes. Você tem algo que queria nos falar? Por favor, não se acanhe. Pode ser qualquer coisa. Envie seu comentário para<span> </span><a href=\"mailto:sugestao@empiricus.com.br\">sugestao@empiricus.com.br</a><span> </span>e me ajude a lhe entregar a<span> </span><strong>Empiricus<span> </span></strong>que você gostaria de ter.</p>"},{"image":"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/livro-criptomoedas-e1520261223137-920x515.jpg","title":"Chegou a hora de dizer adeus…","publishDate":"2018-03-02T03:00:00.000Z","description":"Com o livro Criptomoedas - Melhor que Dinheiro, você entenderá como surgiram as moedas digitais, o que elas representam e o porquê temos tanta convicção em seu sucesso no longo prazo.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/crypto-talks/livro-criptomoedas/","text":"<p>Querido leitor,</p><p>Este é um momento de despedida. Como tudo na vida, sempre existe um fim, uma linha de chegada.</p><p>Alguns fins de ciclo são mais difíceis, outros sinalizam o começo de algo ainda melhor. De uma forma ou de outra, todos eles nos ajudam a evoluir, cada um à sua própria maneira.</p><p>Hoje, de novo, é hora de dizer adeus…</p><p>Desculpe se te assustei, mas já deixo claro que não sou eu quem está indo embora.</p><p><strong>É hora de dar adeus a qualquer que seja o motivo que impediu você, até agora, de investir em criptomoedas.</strong></p><p>Vamos colocar um fim nisso!</p><p>Se você ainda tinha um pé atrás (ou até os dois), medo ou um pouquinho de preconceito contra esse mercado que está em plena ascensão, meu convite hoje é a abrir sua mente e mergulhar em uma boa leitura.</p><p>Quero apresentar para você nosso novo filho: <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/becacm01-criptomoedas/?xpromo=XE-MI-EMP-BECACM01-SUBWS-20180302-CRT-RC-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180302-vd-becacm01-crt\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">“Criptomoedas — Melhor que Dinheiro”</a>.</p><p><a href=\"https://sl.empiricus.com.br/becacm01-criptomoedas/?xpromo=XE-MI-EMP-BECACM01-SUBWS-20180302-CRT-RC-x&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180302-vd-becacm01-crt\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\"><img class=\"alignnone size-full b-lazy\" width=\"343\" height=\"444\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://s3.amazonaws.com/empiricusimagens/2018/03/livro_crypto.png\"></a></p><p>Por mais que nosso dia a dia na Empiricus envolva muita análise e sugestões de investimento aos nossos assinantes, levar conhecimento ao investidor pessoa física é nosso desejo mais genuíno.</p><p>Digo com toda transparência possível: esse mercado só vai crescer e perdurar pelos anos à frente se tivemos investidores preparados e bem informados.</p><p>Quero hoje dar a minha contribuição.</p><p>Tudo bem que já há mais de um milhão de pessoas cadastradas em corretoras de criptomoedas e sei que isso parece muita gente.</p><p>Mas, se você parar para pensar, esse número representa 0,5% da população brasileira. Isso se considerássemos que todos esses CPFs estão ativos, operando com regularidade e sabendo o que estão fazendo.</p><p>Então, te proponho o seguinte: <strong>saber mais sobre criptomoedas que 99 entre cem brasileiros.</strong></p><p>Topa?</p><p>Estou pronto para enviar, direto para a sua casa, <strong><a href=\"https://sl.empiricus.com.br/becacm01-criptomoedas/?xpromo=XE-MI-EMP-BECACM01-SUBWS-20180302-CRT-RC-x&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180302-vd-becacm01-crt\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">um exemplar gratuito do nosso livro</a>.</strong> Você só vai pagar o frete — R$9,90 —, não importa em qual canto do Brasil você esteja. O resto é com a gente.</p><p><a href=\"https://sl.empiricus.com.br/becacm01-criptomoedas/?xpromo=XE-MI-EMP-BECACM01-SUBWS-20180302-CRT-RC-x&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180302-vd-becacm01-crt\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Neste link</a>, você pode garantir sua cópia agora mesmo. Vale lembrar, apenas, que cerca de um milhão e meio de leitores têm acesso a essa newsletter e a tiragem do livro é limitada.</p><p>Portanto, sugiro que não deixe para depois.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Deixo com você, um pequeno trecho da introdução da obra, que resume bem do que se trata:</p><p><em>“Entendemos o surgimento das criptomoedas como uma inovação tecnológica que caminha para a adoção em larga escala. Nosso intuito é mostrar ao leitor o que está por trás de cada novo projeto e quais são as formas de investir nesse mercado.</em></p><p><em>Ao longo deste livro, você entenderá como surgiram as criptomoedas, o que elas representam, por que temos tanta convicção em seu sucesso no longo prazo e quais são as outras classes de ativos nesse mercado que podem assumir papéis muito além do meramente financeiro.</em></p><p><em>Ao fim da leitura, você perceberá que as criptomoedas são muito mais do que aquilo que a mídia divulga.</em></p><p><em>Este pode ser um caminho sem volta. E, sinceramente, esperamos que seja.”</em></p><p>Seu exemplar te espera. 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Mas desde que montei a Carteira Empiricus, o saldo final tem sido muito positivo.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/rendimento-carteira-empiricus/","text":"<p>“Eu errei mais de 9.000 cestas em minha carreira, eu perdi quase 300 jogos, 26 vezes confiaram em mim para fazer a cesta que venceria o jogo e errei, eu falhei uma e outra e outra vez em minha vida. É por isso que tive sucesso.”</p><p>As palavras são de um jogador de basquete menor, que está começando agora, mas tem futuro. Ele se chama <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/licoes-de-investimentos/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Michael Jordan</a>.</p><p>Eu, Felipe, errei, errei e errei várias vezes na minha trajetória de 20 anos como investidor e também como analista. Ah, sim, na vida pessoal também não foi muito diferente. Isso importa menos, porém. Atenho-me à caminhada como financista.</p><p>Felizmente, mesmo depois de tantos tropeços, ainda estou aqui. Mais do que isso, usei cada uma das adversidades do trajeto para voltar mais forte, na aplicação pragmática daquilo em que mais acredito: a <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/empiricus-antifragil/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">antifragilidade</a> de Taleb. Pertenço ao grupo dos que saem maiores a partir do choque.</p><p>Talvez tenha sido a força das circunstâncias familiares que tenha me garantido a sobrevivência. Depois de ver o caminho de meu pai, afastei-me do trading, da alavancagem e da concentração. Virei bundão.</p><p>Talvez decorra da aplicação consistente de um método, a saber: a perseguição obstinada de assimetrias convidativas.</p><p>Ou possivelmente seja sorte. Tendo lido bastante cedo “Unskilled and unaware of it: How difficulties in recognizing one’s own incompetence lead to inflated self-assessments”, de <a href=\"https://g.co/kgs/GUaKHz\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Justin Kruger</a> e <a href=\"https://g.co/kgs/qXbjW5\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">David Dunning</a>, sempre morri de medo de ser inábil e desavisado. A incompetência e a falta de autocrítica são gêmeas siamesas.</p><p>Sei exatamente do quão incompetente fui e ainda sou. E sei também do esforço da Deusa Fortuna em confundir-se com minha anja (existe anja? qual o sexo dos anjos?) da guarda, do que eu sinceramente não ouso reclamar. Se pude hoje reunir estes meus três leitores, decorre em grande medida da atuação da aleatoriedade.</p><p>Investidor quebra por meio da arrogância, por achar que pode ser melhor que o outro. Da certeza na capacidade individual, emergem a concentração e a alavancagem. Ao longo do percurso, você vai errar. E se errar quando estiver alavancado e concentrado, simplesmente será expulso do jogo.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Ao mesmo tempo, porém, não acho que tudo seja sorte. Se, por um lado, estive amedrontado pelo famigerado Efeito Dunning-Kruger descrito nas linhas acima, por outro, resisti fortemente a seu antagonista. Para driblar a autossabotagem da Síndrome do Impostor, todos os dias procuro internalizar e comemorar pequenas conquistas.</p><p>Pra mim, método consistente mesmo é aquele em que você se expõe à sorte. Este é o ponto: tentar garantir que, ao comprar ativos de qualidade e baratos, as surpresas estejam do lado positivo. Blindamo-nos de potenciais cisnes negros negativos, enquanto nos posicionamos para capturar os positivos.</p><p>Não se trata de adivinhar as surpresas. Não é isso. Como recentemente resumiu Mark Spitznagel à Bloomberg, se seu investimento depende de uma previsão, você está fazendo isso errado. É carregar um guarda-chuva no carro, não por achar que vai chover, mas que possivelmente chova.</p><p>É a proposta de união entre <a href=\"https://www.empiricus.com.br/tag/buffett/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Warren Buffett</a> e Nassim Taleb.</p><p>Foi através dela que cheguei até aqui.</p><p>Há quatro anos, montei a chamada <a href=\"https://store.empiricus.com.br/assinaturas/carteira-empiricus-desconto-especial/?xpromo=XE-MI-EMP-MMAOF-SUBWS-20180302-DAYOP-XF-x&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180302-vd-mmaof-dayop\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\"><strong>Carteira Empiricus</strong></a>, um portfólio desenhado para ser um guia completo para o investidor pessoa física.</p><p>Onde ele deve aplicar seu dinheiro?</p><p>Essa era a pergunta que procurava responder. Algo que fosse uma solução única, capaz de prescrever a alocação ideal em renda fixa, ações, fundos imobiliários e câmbio.</p><p>A partir de uma abordagem muito simples e prática, o investidor não precisaria de mais nada. Estaria alçado à mesma condição dos melhores profissionais do mercado financeiro, com uma abordagem muito simples para implementar as estratégias sugeridas.</p><p>Não é fácil bater o mercado. Foi com muito sangue, suor, lágrimas e sorte que atravessamos esse período. Até agora, porém, o saldo final tem sido muito positivo, bem superior ao que me comprometi a entregar e acima inclusive de minhas próprias expectativas.</p><p>Mais do que dobramos o capital nesses quatro anos. Superamos qualquer referência de mercado e levamos à pessoa física os mesmos retornos daqueles obtidos apenas pelos melhores profissionais da área. Aqueles que seguiram as recomendações de ações puderam ver seu capital sendo multiplicado por 3x, 4x, até 5x.</p><p>Tudo isso conseguido sem a assunção de muito risco, a partir de uma carteira equilibrada e diversificada. O drawdown máximo mensal em nenhum momento ultrapassou 1%.</p><p>Ainda mais interessante, porém, é o ânimo e a convicção do que está à nossa frente. Se os últimos quatro anos ofereceram grandes oportunidades de lucros, os próximos reservam, caso esteja certo em meu prognóstico, um ciclo ainda maior de valorização.</p><p>Por isso, hoje faço o convite para a festa de aniversário de 4 anos da Carteira Empiricus. Para celebrar esse momento muito especial pra mim, Felipe, hoje abrimos as portas da Casa. Clique <a href=\"https://store.empiricus.com.br/assinaturas/carteira-empiricus-desconto-especial/?xpromo=XE-MI-EMP-MMAOF-SUBWS-20180302-DAYOP-XF-x&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180302-vd-mmaof-dayop\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">neste link</a> para conhecer os detalhes deste meu convite e participar da festa. Quem mais tem a comemorar é o seu bolso.</p><p><a href=\"https://store.empiricus.com.br/assinaturas/carteira-empiricus-desconto-especial/?xpromo=XE-MI-EMP-MMAOF-SUBWS-20180302-DAYOP-XF-x&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180302-vd-mmaof-dayop\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\"><img class=\"alignnone size-full b-lazy\" width=\"550\" height=\"479\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://empiricusimagens.s3.amazonaws.com/2018/03/mma-0203-2.jpg\"></a></p><p><span>Quero agora olhar prospectivamente. Embora sinta orgulho desses quatro anos da Carteira Empiricus </span>e dos <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/empiricus-aniversario/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">oito e pouco da Empresa</a>, sei que há muito pela frente. Estamos apenas começando. Day One sempre. Se cheguei até aqui com o empurrão da sorte, para continuar avançando precisarei de um outro tipo de ajuda. Mais especificamente, necessito da sua ajuda.</p><p>Peço que você ajude a<span> </span><b>Empiricus</b><span> </span>a ser melhor. A oferecer só e tudo que você deseja. Talvez seja um melhor conteúdo, talvez uma melhor experiência do usuário. Você que nos assina, já usa nosso app? O que você tem para nos falar? Por favor, não se acanhe. Pode ser qualquer coisa.</p><p>Envie seu comentário para<span> </span><a href=\"mailto:sugestao@empiricus.com.br\">sugestao@empiricus.com.br</a><span> </span>e me ajude a entregar-lhe a Empiricus que você gostaria.</p><p>De volta ao Planeta Terra, mercados enfrentam um dia de maior aversão a risco. Tarifas de importação de aço e alumínio <a href=\"https://www.empiricus.com.br/daily-news/trump-tarifa-importacao-aco-aluminio/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">anunciadas por Donald Trump</a> ainda espalham preocupação, catalisando temor de guerra comercial – Juncker já rebateu dizendo que a Europa vai responder com vigor.</p><p>Em paralelo, o Banco do Japão sinalizou com a possibilidade de discutir uma estratégia de saída de sua política de expansão monetária em 2019. O posicionamento enseja desconfiança com o nível de liquidez global e penaliza ativos de risco.</p><p>Internamente, aguardamos dados do Caged sobre criação de postos de trabalho, enquanto digerimos deflação muito maior do que a esperada medida pelo IPC-Fipe, que voltou a alimentar apostas em redução adicional da Selic.</p><p>Ibovespa Futuro acompanha pressão vendedora do exterior e abre em queda de 0,5%, dólar sobe 0,37% contra o real e juros futuros recuam.</p>"},{"image":"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/analise-de-investimento-e1520264880529.png","title":"S02E27 – De que lado você está?","publishDate":"2018-03-01T03:00:00.000Z","description":"Nunca tinha parado para pensar, mas, embora não exista uma fórmula mágica nem uma receita de bolo capaz de te dar todas as ferramentas para a decisão perfeita, existem perfis diferentes de análise de investimento.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/extreme-investment-ideas/analise-de-investimento/","text":"<div style=\"padding-left: 16%;\"><div style=\"padding: 20px; background-color: #f1f1f1; max-width: 500px;\"><p style=\"text-align: center;\"><strong>Trilha da semana</strong><br> <strong><em>Metallica – Garage Inc.</em></strong></p><p><img class=\"size-medium aligncenter b-lazy\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://s3.amazonaws.com/empiricusimagens/2018/03/exi0103-1.png\"></p></div></div><p> </p><p>“Que tipo de analista você é?”</p><p>Recebi a pergunta com uma certa perplexidade… Nem sabia que existiam tipos diferentes.</p><p>Sou analista flex, bebo destilado e fermentado.</p><p>“Não, tem dois tipos: (i) aquele cara que gosta de ouvir e debater ideias, pensar sobre os cases e temas e (ii) tem aquele outro que prefere se debruçar sobre o balanço, ler cada notinha de rodapé e saber até quanta gasolina o CEO gasta até o trabalho.”</p><p>Nunca tinha parado para pensar, mas, sim, existem perfis diferentes. Tem o cara que sabe as margens, previsões e o consenso para cada linha da DRE, e tem o cara que mal sabe se a companhia está reportando lucro ou prejuízo. A abordagem diferente tem a ver, em parte, com o horizonte de investimentos; em parte tem a ver com o perfil pessoal de cada um.</p><p>Eu, particularmente, sempre dei mais relevância às histórias e aos temas do que à tentativa de prever números futuros – os poucos que me leem (família e namorada não contam) já devem saber que considero impossível (e pouco prático) prever números de vendas e margens para o longo prazo.</p><p>Se eu vou me “casar” com uma empresa e comprar suas ações “para sempre”, é importante saber mais detalhes: os principais drivers, concorrentes, estrutura de custos, passivos não apresentados no balanço, riscos e tudo o mais que puder. Mas será que preciso estimar, para os próximos 20 anos, qual vai ser o crescimento de volumes?</p><p>Por outro lado, se estou olhando uma empresa por conta de um evento societário específico – uma nova emissão de ações ou a venda de controle –, será que preciso olhar para algo mais do que o evento em si?</p><p>Tudo o que você precisa saber sobre a <a href=\"https://www.empiricus.com.br/tag/eletrobras/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Eletrobras</a>, neste momento, é se a danada da privatização vai sair ou não. Todo o resto é irrelevante.</p><p>Veja, não tem certo ou errado aqui. Mas é preciso ter em mente que ter MAIS informação não quer dizer ter a MELHOR informação e, menos ainda, não necessariamente implica melhores decisões de investimento. Existem excelentes gestores que não leem jornal – “é tudo ruído”, dizem.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Lá no fim de 2015, começo de 2016, “meu” gestor me pediu para dar uma olhada na <a href=\"https://g.co/kgs/2ZdKSY\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">John Deere</a>, gigante mundial de tratores e equipamentos agrícolas. Com bem menos acesso do que tenho às companhias brasileiras, minha análise se baseou nas informações disponíveis no site de RI, poucos relatórios de “sell side”, notícias de jornais, informações de blogs de produtores e, claro, conversas com amigos fazendeiros. Por coincidência, a <a href=\"https://www.bloomberg.com.br/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Bloomberg</a> disponibilizou um call com o CFO e, no fim, consegui fechar uma visão generalista, mas que me deixou confortável sobre o case.</p><p>A suposta falta de informação [Office1] não me impediu de recomendar a compra do papel por cerca de US$80,00 no fim de 2015 – hoje, a empresa está cotada a US$163,00 por ação. Mais de 100% (em dólares!) em pouco mais de dois anos. Um retorno espetacular.</p><p>Em contrapartida, já montei modelo bem completo de Fibria (<a href=\"http://www.infomoney.com.br/fibria-fibr3\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">FIBR3</a>) – dava até para estimar as margens com base na velocidade de crescimento das florestas. Eu sabia Ebitda, margens, alavancagem, crescimento e rentabilidade de cor. Nada disso me impediu de segurar demais o papel e vê-lo, depois de subir mais de 170%, voltar dos R$50,00 para R$18,00 em pouco mais de seis meses.</p><p>Isso porque, muito mais importante do que a maturação do eucalipto ou a redução do custo caixa, o que acaba mandando no preço do papel é o preço da celulose (em reais, de preferência), e qualquer um que já tenha olhado para o setor sabe que é mais fácil pegar uma mosca com hashi do que acertar o preço da commodity e para onde vai o dólar.</p><p>Fazer análise é pesquisar. É buscar informações o tempo todo. Não tem uma fórmula mágica nem uma receita de bolo que vai te dar todas as ferramentas para a decisão perfeita.</p><p>Por exemplo: tem gente que gosta de falar com ex-funcionários da empresa analisada. Eu acho isso ruim – a chance de pegar alguém descontente é enorme, e você acaba incorrendo em problema grave de seleção adversa.</p><p>Eu gosto muito de falar com concorrentes ou clientes, de preferência empresas sem capital aberto – a equipe de análise do Safra era ótima (imagino que ainda seja) para isso. Sempre tinha um almoço com um fornecedor da Weg ou com um consultor das montadoras. Mas tem gente que não liga muito para isso.</p><p>Reza a lenda que o Buffett, que tem uma ou duas coisas a falar sobre o assunto, nunca fez um modelo de fluxo de caixa descontado, mas já ganhou MUITO dinheiro investindo em ações. Não se pode dizer que o velhinho está deixando alguma coisa passar…</p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 35px 0; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/cr-private/como-ganhar-dinh…ueda-de-uma-acao/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Como ganhar dinheiro com a queda de uma ação</a></div><p>Mais importante do que observar esse ou aquele número, questionar uma notícia ou conversar com <span id=\"urn:enhancement-273cbb9b-053a-9bd5-2a3b-e6ad8253a329\" class=\"textannotation selected\">o CFO, <span id=\"urn:enhancement-b315c783-f3c9-aef9-452f-1a0c2b8e3aa5\" class=\"textannotati</span>on\">é olhar</span> para aquilo que você julga pertinente. No fim das contas, muitas vezes a decisão de investimento está tomada bem antes de você terminar o seu processo de análise. Todo o resto é só um ferramental para suportar sua decisão.</span></p><p>Então, olhe para o que quiser e só invista quando se sentir confortável. Uma vez tomada a decisão, não se puna muito caso as coisas não saiam de acordo – muito do seu sucesso se deve ao acaso (bem mais do que você gostaria de acreditar).</p><p>Você pode ajeitar a bola com carinho, olhar bem para o canto escolhido e chutar com todo o capricho do mundo. Se bater na trave, a distância entre entrar e ir para fora não é maior do que alguns centímetros.</p><p>Onde fuçar para buscar as informações?</p><p>Te conto na semana que vem.</p>"},{"image":"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/fundo-de-investimento-buffett-1-e1520265043875-920x515.jpg","title":"Por que Buffett perderia a aposta no Brasil","publishDate":"2018-03-01T03:00:00.000Z","description":"Um fundo de investimento escolhido por Warren Buffett, que replica o S&P, principal índice da Bolsa americana, superou em retorno na última década cinco fundos de fundos selecionados pela consultoria Protégé Partners.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/fundo-de-investimento-buffett/","text":"<p>Desde o pinheiro nevado e o Papai Noel da Coca-Cola, não se tropicalizava tanto o que foi produzido ao Norte quanto tem sido feito com a aposta do <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/a-hora-dos-fundos/sete-coisas-que-aprendi-com-warren-buffett/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">velhinho de Omaha</a>.</p><p>O megainvestidor <a href=\"https://www.empiricus.com.br/tag/buffett/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Warren Buffett</a> ganhou a aposta. Fato. O soldado escolhido por ele – um fundo que replica o S&P, principal índice da Bolsa americana – superou em retorno na última década cinco fundos de fundos selecionados pela consultoria Protégé Partners.</p><p>A vitória acaba de ser anunciada na carta anual da <a href=\"https://g.co/kgs/yttCe7\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Berkshire Hathaway</a> como uma lição de investimento. A Protégé perdeu feio. O portfólio que chegou mais perto do ganho do índice entre 2008 e 2017 teve retorno de 87,7%, ainda muito abaixo dos 125,8% do fundo de S&P.</p><p>Hoje o Felipe abriu este espaço para que eu possa contestar a defesa da gestão passiva que ele compartilha com o Buffett, o que mostra, um, que de fato vivemos em uma democracia e, dois, que eu não devo estar muito bem da cabeça, ao contrapor publicamente o oráculo da Bolsa.</p><p>Não vou aprofundar aqui o mérito de se o resultado da aposta pode ser extrapolado para todo o mercado americano – mas é bom dizer que nem isso é consensual.</p><p>A bancada da gestão ativa defende, por exemplo, que Buffett poderia ter um oponente melhor. Os portfólios da Protégé Partners estavam recheados de hedge funds – multimercados, na tradução mais fiel. Ao reunir produtos que não operam somente ações, o alocador da Protégé não teria feito apenas uma aposta na gestão ativa, mas também na superioridade de um mix de ativos sobre a Bolsa no período.</p><p>Além disso, a Protégé claramente não fez uma seleção criteriosa de fundos. Pelo contrário: os cinco portfólios investiam juntos em mais de 200 hedge funds. Sendo assim, o oponente de Buffett tinha grande chance de que o retorno de sua seleção convergisse para uma média de mercado.</p><p>Como diria um colunista da Morningstar, a maior provedora de dados de fundos do mundo, esse tipo de análise diz mais sobre a baixa qualidade das médias do que a respeito de qualquer outra coisa.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Nem o mais bem-sucedido alocador de fundos do mundo, David Swensen, da Universidade Yale, defende que os fundos na média batem o índice. Ele próprio escreveu dois livros: um voltado para o investidor profissional, em que advoga os critérios para selecionar gestores ativos; e outro para a pessoa física sem assistência, em que defende o investimento indexado.</p><p>Deixemos, entretanto, o mercado americano um pouco de lado e olhemos para a nossa cozinha. Aqui nem a média dos <a href=\"https://www.empiricus.com.br/videos/fundos-de-acoes/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">fundos de ações</a> livres – aqueles em que os gestores não se apegam ao índice para selecionar ativos – perdeu para o Ibovespa. Nos últimos dez anos, o retorno deles foi de, em média, 103,56%, contra 19,59% do Ibovespa. Uma lavada, não?</p><p>O Felipe argumentaria – com razão – que há viés de sobrevivência. Alguns fundos morreram no meio caminho: muito provavelmente, os ruins, deixando a média mais bonita. Como nossa indústria é relativamente nova, a amostra dos que existem há uma década é pequena: de somente 52 fundos.</p><p>Para minimizar esse viés, uma opção é fazer a análise ano a ano, incluindo os fundos que foram fechados ao longo da década. Dessa forma, ampliamos nossa amostra para 484 produtos. Veja só:</p><p><img class=\"alignnone size-full b-lazy\" width=\"576\" height=\"83\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://empiricusimagens.s3.amazonaws.com/2018/03/dayop0103-1.png\"></p><p>Perceba como em sete dos dez anos a média dos fundos bateu o Ibovespa.</p><p>Aqui você pode argumentar, com razão, que o Ibovespa foi, por grande parte da década, um índice fácil de bater. A metodologia do principal índice brasileiro era falha e foi alterada em 2014, ficando mais próxima à do IBX – que, apesar de menos famoso, é considerado mais representativo.</p><p>Comparemos então os fundos de ações livres brasileiros com o IBX:</p><p><img class=\"alignnone size-full b-lazy\" width=\"562\" height=\"86\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://empiricusimagens.s3.amazonaws.com/2018/03/dayop0103-2.png\"></p><p>Temos ainda seis de dez anos de superioridade da gestão ativa em terras tupiniquins, sendo que a vantagem nos anos de ganho é maior do que o demérito nos de perda. Tanto que, no acumulado, temos 103,56% dos fundos contra 48,62% do IBX.</p><p>Os retornos dos fundos na tabela já são obviamente descontados de taxas de administração e performance. Demos uma colher de chá ao índice e não embutimos os custos de investir nele, mas bom dizer que no Brasil eles são mais elevados do que lá fora.</p><p>Por que a gestão ativa superou o índice mesmo na média? Não sei, só sei que foi assim, como diria o glorioso Chicó.</p><p>Tenho algumas hipóteses, na verdade, como a ineficiência do mercado, mas são só hipóteses. Você obviamente quer saber sobre o futuro: investir em ações ativamente ou passivamente?</p><p>Aqui saímos do campo dos fatos e vamos para o das apostas. Se a média dos gestores tem batido o índice até aqui, parece-me provável que uma seleção – que levasse em conta critérios como cuidados com risco, tempo em que a equipe trabalha junta e consistência histórica – seria capaz de fazê-lo nos próximos dez anos.</p><p>Não fosse assim, estaria eu aqui sugerindo fundo de índice de Ibovespa, assim como investindo neles (por que mesmo o Buffett não para de gastar energias selecionando empresas e investe todo seu dinheiro em um ETF de S&P?).</p><p>Aliás, acabei de firmar uma aposta com o Felipe Miranda para os próximos dez anos. Do lado dele, o ETF de Ibovespa. Do meu, a média de nove fundos bastante comprados na Bolsa brasileira. Já escolhi meus cavalos:</p><p>Atmos Ações<br> Alaska Black Institucional<br> Bogari Value<br> Brasil Capital Ações<br> Dynamo Cougar<br> HIX Capital<br> Nucleo Ações<br> Perfin Institucional<br> SPX Falcon.</p><p>Está dada a largada!</p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 35px 0; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/videos/o-que-sao-fundos-de-investimento/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">O que são fundos de investimento</a></div><p>Por ora, o Ibovespa futuro opera estável, depois de um primeiro bimestre embalado principalmente pelas ações ligadas a commodities e bancos – sendo que o setor financeiro teve leve recuo no rali ontem. Mercado espera novas informações da Vale sobre rumores de oferta de ações.</p><p>O dia começou com dado de inflação baixa – IPC-S de fevereiro em 0,17% – e <a href=\"https://www.empiricus.com.br/daily-news/pib-brasil-2017/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">alta de 1% do PIB</a>, retirando o Brasil oficialmente da recessão. Ainda para hoje são esperados dados de vendas de veículos em fevereiro.</p><p>A expectativa sobre os <a href=\"https://www.empiricus.com.br/tag/estados-unidos/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Estados Unidos</a> concentra-se na divulgação de dado de inflação e na fala do presidente do Fed (banco central americano) aos senadores.</p><p>Dólar opera estável contra o real e juros futuros curtos em baixa, enquanto os mais longos abrem.</p><p>P.S.: Se você tem dinheiro na poupança, fundo DI ou CDB ou conhece alguém que ainda tenha, peço por favor que não vá dormir hoje sem ver<span> </span><a href=\"https://sl.empiricus.com.br/cpls-fn24/?xpromo=XE-MI-EMP-EHLFN24-SUBWS-20180301-DAYO-XF-x&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180301-vd-ehlfn24-dayo-xf\">este meu alerta</a>.</p>"},{"image":"","title":"62.560.964","publishDate":"2018-02-28T03:00:00.000Z","description":"Falhei? Ainda são 62.560.964 pessoas com dinheiro na Poupança. Juntas, elas acumulam R$ 664 bilhões. Gente pra caramba buscando conforto financeiro. Gente pra caramba que eu sei que não vai conseguir.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/a-hora-dos-fundos/dinheiro-na-poupanca/","text":"<p>É o número de investidores do varejo com dinheiro na poupança. É mais do que número, é verbo: fracassei.</p><p>– Luiz Alves, dinheiro traz felicidade?</p><p>– Não – respondeu prontamente um dos maiores investidores individuais da Bolsa brasileira, com R$2,1 bilhões em ações –, mas traz conforto!</p><p>Um flashback da fase de maior perrengue da minha vida: bolsista de mestrado. Dois mil reais para pagar aluguel, condomínio, água, luz, internet, celular, xerox, comida, transporte… e remédio. Uma infecção brava e uma semana de molho tomando antibióticos. A religiosa <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/outliers/sua-primeira-planilha-financeira/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">planilha de gastos</a> estourada e, com ela, a estreia no cheque especial. Adeus, sono.</p><p>Surge então uma meta: não quero ser rica, quero ter conforto.</p><p>Um problema de saúde, uma batida de carro ou uma viagem de férias com a família, um cinema a dois… Preciso poder arcar ao menos com isso – sem sofrimento.</p><p>Mais: não quero ter conforto só para mim. Quero para minha mãe, meus irmãos, meus primos, amigos, quero até para o taxista. Megalomania juvenil?</p><p>62.560.964 pessoas… Com R$664 bilhões na poupança!</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>O sonho do meu pai era que eu fosse médica, como ele. No dia em que fui fazer a inscrição para o vestibular, ele não se aguentou. Me chamou e disse que eu não precisava ser neurologista, como ele, quem sabe pediatra…Cursei jornalismo. Era parte do plano: traduzir temas complexos para um grande número de pessoas. Projeto final de curso: jornalismo para quem não entende economia. Estágio na <a href=\"http://cbn.globoradio.globo.com/programas/cbn-sao-paulo/CBN-SAO-PAULO.htm\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Rádio CBN</a>…</p><p>Como disseminar e multiplicar o que não se conhece? Adeus, emprego estável e casa da mamãe. Malas prontas… partiu mestrado em Economia! E o perrengue. Blog “Economia Clara”, cartazes espalhados pela faculdade, página do WordPress atualizada a cada segundo… Alcance nulo.</p><p>Uma vaga em um respeitado jornal de grande circulação – pronto! Acolhida e respeitada da Faria Lima ao Leblon, <a href=\"https://www.empiricus.com.br/analistas/luciana-seabra/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">prêmio de educação financeira da CVM</a>…</p><p>E a Avenida Paulista, a Freguesia do Ó? E a conversa do elevador, do consultório médico, o papo de bar…</p><p>R$664 bilhões… na poupança?</p><p>Se o retorno de 2017 se repetisse em 2018 (o que não é verdade, porque o ano já tem sido bem pior para a caderneta), essa galera toda deixaria na mesa R$9,2 bilhões.</p><p>Quase R$10 bilhões rasgados por não estarem aplicados em um produto tão seguro, líquido e prático quanto a poupança, porém mais rentável.</p><p>Não curo pessoas como meu pai; não melhoro a saúde pública, como meu irmão; não inspiro as pessoas por meio da arte, como minha mãe; não urbanizo favelas, como minha irmã… O que eu faço por esse mundão? O que vou dizer na porta do céu? Fiz os ricos mais ricos?</p><p>Partiu Empiricus e seu alcance monstruoso. Exposição, cara à tapa, queixa de bancão, sentimento de pequenez… vitória!</p><p>30 mil assinantes. E daí? São 62.560.964 pessoas na poupança.</p><p>Gente pra caramba buscando conforto financeiro. Gente pra caramba que eu sei que não vai conseguir. Quanto conforto adicional R$9,2 bilhões seriam capazes de proporcionar?</p><p>Como eu durmo com essa agora?</p><p><a class=\"bt-oferta\" href=\"https://sl.empiricus.com.br/cpls-fn24/?xpromo=XE-MI-EMP-EHLFN24-SUBWS-20180228-HFF-X-x&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180228-vd-ehlfn24-hff\">Há uma nova ameaça para seu dinheiro</a></p>"},{"image":"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/02/temer-segundo-mandato-e1520265056662-920x515.jpg","title":"O melhor cavalo para surfar O Segundo Mandato Temer","publishDate":"2018-02-28T03:00:00.000Z","description":"Se o tripé de Armínio Fraga em 1999 permitiu uma multiplicação de 20x para o capital daqueles que simplesmente fizeram o básico, quanto nos espera à frente? Preparo-me para um março com o mesmo otimismo do começo do ano.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/temer-segundo-mandato/","text":"<p>Vivi 20 meses em dois. Alternei entre a euforia e a depressão. Preocupei-me com a oscilação das ondas cerebrais de minha mãe, ainda sem explicação; chorei de emoção com os dois dentes perdidos pelo João Pedro, com a fada do dente devidamente retribuindo a oferenda da dupla de ataque, pagando à vista e corrigido pelo IPCA.</p><p>Vibrei com a disparada dos ativos de risco, assustei-me com o “flash crash” da Bolsa dos <a href=\"https://www.empiricus.com.br/tag/estados-unidos/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">EUA</a>. Vi a <strong>Empiricus</strong> receber elogios calorosos da imprensa na Nova Zelândia, enquanto sofria com a cobertura dos jornalistas brasileiros. Agora, os poucos cabelos que me restaram ficam brancos, numa revolução do exército de Brancaleone que se insurge também em direção à barba. Represento a materialização de um paradoxo: careca e grisalho.</p><p>Ao final, porém, tudo, fora a estética, se encaixa. A gente acaba dando um jeito.</p><p>O primeiro bimestre de 2018 termina com ganhos formidáveis para os mercados brasileiros. O Ibovespa sobe quase 14% – pronto, você já tem 200% do CDI anual se quiser parar por aqui. Fico particularmente satisfeito – embora ainda, sempre, com a guarda alta – por defender uma posição bem acima da média dos alocadores em ações brasileiras. A NTN-B 2050, uma aposta bastante controversa, contra tudo e contra todos, oferece ganhos da ordem de 7% em 2018 – <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/queda-da-taxa-selic/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">nada mal para uma aplicação de renda fixa soberana</a>.</p><p>Vi de tudo nesse período. Até ranking de fundos ordenados pelo índice de Sharpe em dois meses apareceu. Agora, superamos até o investidor mais desavisado, que seleciona suas aplicações pela rentabilidade dos últimos 12 meses. Desordem e regresso. Vamos piorando ao longo do tempo, em vez de caminhar na direção da educação financeira.</p><p>Aos poucos familiarizados, a ideia do índice de Sharpe é ponderar rentabilidade e risco. Se você consegue as duas coisas, tem o melhor dos mundos. A ideia é boa, platonicamente. O diabo está sempre nos detalhes. A mensuração do risco vem a partir da volatilidade, medida a partir do desvio-padrão dos retornos do fundo. Aí acabou.</p><p>Deixe-me contar um pequeno segredo, só entre nós, não fala pra ninguém: entre um fundo de maior volatilidade e outro de menor, para o mesmo retorno, escolha o primeiro. Nele, os riscos são mais conhecidos e o gestor já enfrentou uma série de situações adversas, estando mais preparado para a adversidade à frente. O outro é virgem e imaculado. É com essa pessoa que você quer ter um relacionamento afetivo, tem certeza? Boa sorte pra você. Ela estará bastante despreparada para lidar com uma crise, quando uma vier a se materializar de maneira inédita à sua frente.</p><p>Um fundo de baixa volatilidade é um condomínio no qual não se faz uma faxina decente há muito tempo; toda a poeira está escondida sob o tapete. Riscos escondidos são sempre os piores. A volatilidade nada mais é do que um instrumento revelador da verdade.</p><p>Mas as paredes têm ouvidos. Vamos em frente. Caminhemos em direção ao mês de março. O que me vem à cabeça enquanto espero as águas que fecharão o verão?</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Nada além da revolução silenciosa que vem acontecendo na economia brasileira, cujos frutos colheremos gradativa e vigorosamente nos próximos anos. O único paralelo que encontro hoje para um mês de março remete há 19 anos.</p><p>“Em março de 1999, estabeleceram-se novas regras para as políticas cambial, monetária e fiscal: câmbio flutuante, metas de inflação e superávit primário nas contas do governo. Após alguns meses de turbulência, a tempestade se amainou. O país estava então preparado para colher os frutos das auspiciosas transformações porque passou na turbulência da década de 1990.”</p><p>Isso é Edmar Bacha em “Economia Brasileira: Notas Breves sobre as décadas de 1960 a 2020”. Faz uma referência explícita ao famigerado tripé macroeconômico de <a href=\"https://g.co/kgs/Vh28tw\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Armínio Fraga</a>. Aquilo entrou para sempre, de maneira indelével, na história da Economia Brasileira, como a formação da base para todos os ganhos que viriam a ser capturados pelo governo Lula posteriormente.</p><p>Feito o ajuste macro, empurrado pela ascensão da <a href=\"https://www.empiricus.com.br/tag/china/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">China</a> e pela consequente valorização das commodities e ajudado pelos importantes avanços institucionais do final da década de 90 e começo dos anos 2000, vivemos um Lula 1 formidável – e, sim, devemos separar as coisas e fazer esse registro histórico.</p><p>Lula tem seus méritos, é claro. Enquanto ele fez igualzinho FHC e estendeu as políticas iniciadas anteriormente, ele foi ótimo. O problema foi quando resolveu fazer do seu jeito. Aliás, nada funciona melhor como indicador antecedente do fracasso do que a frase: “deixa comigo”.</p><p>Por que recupero 1999 neste momento? Porque ali tivemos a consolidação do modelo que permitiria o posterior desenvolvimento econômico, quando melhoramos dramaticamente os salários, o emprego, o nível de escolaridade. Para nossos fins aqui mais objetivos, o ciclo de valorização dos mercados entre o final de 2002 e 2007 rendeu multiplicação superior a 20x do capital. Não estou falando de bitcoins, opções, ações exóticas. Bastaram escolhas minimamente acertadas em Bolsa para aplicar R$100 mil em 2002 e tirar R$2 milhões em 2007.</p><p>Imagino que você consiga ter a dimensão do que é isso e do que poderia ter representado de mudança na sua vida.</p><p>Deixe-me fazer o inteiro paralelo histórico. Na metáfora que construí, o Brasil, tal como nós conhecemos, nasceu em 1994. Antes disso, era pré-história. Uma economia se define a partir, basicamente, de consumo e investimento. Num cenário de hiperinflação, não pode haver nenhuma das duas variáveis de forma organizada. Portanto, não há história. Por isso, considero o Plano Real uma espécie de nascimento da economia brasileira, sob a orientação clássica ocidental de democracia liberal.</p><p>Esse bebê nascido em 1994 engatinha até 1999. Enquanto tentava manter-se de pé e consolidar o controle da inflação, foi atingido pela crise do México em 1995, pela crise dos tigres asiáticos em 1997 e pela crise da Rússia em 1998/99. Atinge a puberdade justamente em 1999, quando o tripé cuidadosamente colocado por Armínio Fraga amaina a crise e assenta as bases para o crescimento posterior.</p><p>Então, a fase adulta vai muito bem até a crise global de 2008, iniciada a partir da crise das hipotecas subprime nos EUA. Como reação ao estouro da bolha internacional, adotamos uma série de medidas contra-cíclicas, que inicialmente deram certo. Mas em vez de retirá-los quando da retomada do crescimento, dobramos a aposta, naquilo que foi posteriormente sintetizado na trágica Nova Matriz Econômica.</p><p>As contas públicas foram arrombadas, as empresas estatais foram assaltadas, a inflação fugiu do controle, o dólar superou R$4,00, o desemprego bateu recordes, os salários foram comprimidos. Chegamos à maior depressão da história republicana.</p><p>Em resumo, o Brasil acabou em 2014. Felizmente, com o impeachment da presidente Dilma Rousseff, renasceu das cinzas, com a administração Temer, ainda problemática, evidentemente, impetrando uma série de medidas liberais e reformistas para arrumar a casa.</p><p>O receituário é rigorosamente aquele mesmo do implementado há 19 anos. Não há absolutamente nada novo. A história volta a se repetir na nossa frente.</p><p>Volto a Edmar Bacha, no mesmo texto de lá de cima: “Os oito anos de Fernando Henrique Cardoso à frente da Presidência foram um período de profundas transformações no país: estabilização de preços, retomada do crescimento, renegociação da dívida externa, saneamento do sistema bancário, redefinição do papel do Estado na economia, lei de responsabilidade fiscal, autonomia operacional do Banco Central, recuperação do poder de compra dos salários, etc.”.</p><p>O paralelo com o governo Temer é evidente. Feitos ajustes finos e com uma ou outra exceção, falamos da reunião das mesmíssimas coisas agora.</p><p>Se o tripé de Armínio Fraga em março de 1999 permitiu uma multiplicação de 20x para o capital daqueles que simplesmente fizeram o básico, sem inventar a roda, quanto nos espera à frente? Eu sinceramente não sei. Desconfio, porém, que seja muito. Por isso, preparo-me para março com o mesmo otimismo do começo do ano.</p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 35px 0; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/t/investimentos/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Canal de Investimentos</a></div><p>Estou especialmente animado hoje por ter encerrado meus estudos naquele que considero ser o melhor cavalo para surfar o que tenho chamado de O Segundo Mandato Temer (<a href=\"https://sl.empiricus.com.br/pe95-segundo/?xpromo=XE-MI-EMP-PE95-SUBWS-20180228-DAYO-X-x&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180228-vd-pe95-dayo\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">leia a tese integral aqui</a>). Dediquei a edição de hoje do Palavra do Estrategista a essa sugestão de investimento, que considero obrigatória diante do momento histórico que se coloca à nossa frente. Recomendo de coração que você acesse o material e não perca essa oportunidade – não podemos precisar até quando a janela ficará aberta.</p><p>Por isso, caso você ainda não seja assinante da série<span> </span><a href=\"https://store.empiricus.com.br/campanhas/palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/beeb561cb32f4113b66d4612/?xpromo=XE-MI-EMP-PECK-SUBWS-20180228-DAYO-X-x&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=promo-20180228-vd-peck\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Palavra do Estrategista</a>, faço hoje o convite para que a realize em uma condição muito especial.</p><p>Ao fazê-lo, você poderá entrar em contato imediatamente com essa super oportunidade. Além disso, estará convidado para participar de um webinar comigo às 11h, para que possa tirar todas suas dúvidas sobre investimento.</p><p>Para acompanhá-lo na caminhada, a cada 15 dias, publicarei uma nova edição do <a href=\"https://store.empiricus.com.br/campanhas/palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/beeb561cb32f4113b66d4612/?xpromo=XE-MI-EMP-PECK-SUBWS-20180228-DAYO-X-x&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=promo-20180228-vd-peck\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Palavra</a>, com as melhores sugestões do momento para aplicar seu dinheiro, com tudo que está na minha cabeça.</p><p>Para que você possa acessar tudo isso ainda hoje, estamos oferecendo com exclusividade nesta quarta-feira a assinatura <b>por apenas R$9,90 </b>por mês.</p><p>Por que tão barato? Porque isso só faria sentido se eu pudesse atingir o maior número possível de pessoas. Não se trata de quanto vale a assinatura. Se trata da real responsabilidade de levar isso a todo mundo. Todos merecem a chance de multiplicar seu dinheiro. Essa é a minha vocação.</p><p>E para que você se sinta totalmente confortável em assinar, poderá apenas degustar o<span> </span><a href=\"https://store.empiricus.com.br/campanhas/palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/beeb561cb32f4113b66d4612/?xpromo=XE-MI-EMP-PECK-SUBWS-20180228-DAYO-X-x&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=promo-20180228-vd-peck\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Palavra do Estrategista</a><span> </span>por 20 dias. Se, após esse período, por algum motivo, não gostar do material, poderá simplesmente cancelar a assinatura, com a integral devolução de seu dinheiro, sob compromisso registrado em cartório.</p><p>Com isso, a decisão de assinar o relatório<span> </span><a href=\"https://store.empiricus.com.br/campanhas/palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/beeb561cb32f4113b66d4612/?xpromo=XE-MI-EMP-PECK-SUBWS-20180228-DAYO-X-x&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=promo-20180228-vd-peck\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Palavra do Estrategista</a><span> </span>deixa de ser uma opção ou uma questão de gosto. Trata-se apenas de uma decisão racional, uma escolha em que você não perde nada se não gostar e ganha muito se for de seu agrado.</p><p>Se um dia o Brasil terminou, hoje ele está começando de novo. Quando ele acaba, as perdas dos seus investimentos podem ser no máximo de 100%. Agora, as oportunidades podem ser muito maiores. De 100, 200, 500, talvez 1.000%. É por isso que estamos aqui. E é por isso que devemos brindar ao Segundo Mandato Temer.</p>"},{"image":"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/02/primeira-vez-investir-e1520265801954-920x515.jpg","title":"A primeira vez a gente sempre esquece","publishDate":"2018-02-27T03:00:00.000Z","description":"Tomar grandes decisões na vida como, por exemplo, investir pela primeira vez, não é fácil. Mas, é necessário e indolor.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/outliers/primeira-vez-investir/","text":"<p>Toda primeira vez exige coragem. Em especial quando se trata de grandes decisões.</p><p>Lembro de quando era pequena e treinava sem parar fora da piscina os movimentos para fazer o mergulho perfeito, sem engolir água, dar barrigada ou passar vergonha na frente dos meus tios, que orgulhosamente me ensinavam a “técnica” perfeita.</p><p>Também parece ontem que, fui feliz da vida, me matricular na autoescola no dia do meu aniversário de 18 anos, para finalmente aprender a dirigir. A primeira vez que saí sozinha foi inesquecível. Fiz um checklist para lembrar de ajustar o banco, o espelho retrovisor, dar seta antes de sair e, principalmente, baixar o freio de mão.</p><p>E teve também a primeira vez que fui fazer uma entrevista de emprego. Nervosa que só, carregava um currículo lotado de cursos e experiências voluntárias, mas com “zero” experiência de trabalho remunerado. Foi a primeira vez que tive que me vender da maneira mais convincente possível, mesmo sem me sentir preparada para grande parte das <a href=\"https://jobs.kenoby.com/empiricus\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">vagas</a>.</p><p>A primeira vez para tomar grandes decisões não é fácil, mas é necessária e indolor. Você pode errar, mas sempre tem a chance de corrigir seu erro na segunda, na terceira ou na quarta vez. Sem traumas.</p><p>Não sei se meu primeiro mergulho foi com barrigada, se fui xingada por outros motoristas quando dei a primeira volta de carro sozinha ou se causei uma boa impressão na primeira entrevista de emprego da minha vida.</p><p>Só me lembro de aprender a mergulhar, a dirigir, e de começar a trabalhar. Simples assim.</p><p>Com ações, não é diferente.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Muita gente me escreve morrendo de medo de comprar sua primeira ação e entrar de vez na Bolsa.</p><p>“E se o papel cair?”</p><p>“E se eu precisar do dinheiro?”</p><p>“E se eu não me sentir confortável?”</p><p>Poderia ficar horas aqui rebatendo todos os “e se”, mas prefiro responder com três pontos essenciais, que farão a experiência a menos dolorosa possível:</p><p><span style=\"color: #993300;\"><strong>– Comece com um dinheiro que você possa efetivamente perder, que não fará falta em sua vida;</strong></span></p><p><span style=\"color: #993300;\"><strong>– Não bitole nas cotações todos os dias. Lembre-se de que investimento em Bolsa tem como foco principal o longo prazo;</strong></span></p><p><span style=\"color: #993300;\"><strong>– E lembre-se de que os juros básicos estão em 6,75% ao ano, o menor patamar da história. Ganhar dinheiro sendo puramente conservador não deveria mais ser uma opção de nenhum investidor, independentemente de sua idade.</strong></span></p><p>Sinceramente, para entender como o mercado funciona, só mesmo investindo.</p><p>Quer começar aos poucos?</p><p>Então sugiro dar uma olhada nas três ações do <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/bvosi01-of/?xpromo=XE-MI-EMP-BVOSI01-SUBWS-20180227-OUT-x&daily=s&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180227-vd-bvosi01-out\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Você Investidor</a>, que custam cerca de 61 reais, 14 reais e 27 reais cada uma.</p><p>Aproveite ainda para conferir nossa tabela com uma comparação de taxas das corretoras, numa eterna competição para atrair novos investidores. Tem casa por aí cobrando taxa de corretagem menor do que 1 real e sem tarifa de custódia.</p><p>Dá para começar, ainda que com pouco?</p><p>Dá para segurar a ansiedade e confiar no investimento?</p><p>Então mãos à obra. Acesse <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/bvosi01-of/?xpromo=XE-MI-EMP-BVOSI01-SUBWS-20180227-OUT-x&daily=s&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180227-vd-bvosi01-out\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">este link</a> se quiser conhecer as indicações do Você Investidor e garantir, de quebra, o livro homônimo, com respostas às principais dúvidas de leitores como você.</p><p><b>P.S.: Hoje nosso papo foi sobre ações, mas não deixe de conferir a conversa que eu tive com o pessoal do Tesouro Direto lá em Brasília. Chega de passar vergonha por não conhecer direito os títulos públicos.</b></p><p class=\"video-container youtube-video\"><span class=\"video-wrapper\"><iframe width=\"500\" height=\"281\" src=\"https://www.youtube.com/embed/BZqfKfLI1_8?feature=oembed&enablejsapi=1&origin=https%3A%2F%2Fwww.empiricus.com.br\" frameborder=\"0\" allow=\"autoplay; encrypted-media\" allowfullscreen=\"\" data-gtm-yt-inspected-934836_409=\"true\" id=\"478019787\"></iframe></span></p><p><b>P.S. 2: A Luciana Seabra fez um alerta importante hoje: se você não adequou seus investimentos neste ano, há uma chance altíssima de estar perdendo dinheiro com o novo patamar dos juros. Confira o assunto mais de perto <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/cpls-fn24/?xpromo=XE-MI-EMP-EHLFN24-SUBWS-20180227-OUT-x&daily=s&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180227-vd-ehlfn24-out\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">aqui</a>.</b></p>"},{"image":"","title":"O paradoxo de Warren Buffett","publishDate":"2018-02-27T03:00:00.000Z","description":"Para Warren Buffett, presidente da Berkshire Hathaway, “Investir é a atividade em que o consumo hoje é postergado pela tentativa de se conseguir um maior consumo numa data futuro... \". Mas, como investir pensando no longo prazo com a velocidade…","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/warren-buffett-value-investing/","text":"<p>No sábado, saiu a carta mais recente aos acionistas da <a href=\"https://g.co/kgs/oqYVtM\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Berkshire Hathaway</a>, escrita por Warren Buffett. Desde então, só se fala disso entre os financistas, todos eles apaixonados pelo megainvestidor. Gestor de ações, principalmente no Brasil, é pior que santista: só fala no Pelé de Omaha.</p><p>Sim, sim, os mesmos gestores de ações que estão tentando antecipar o próximo ciclo eleitoral ou o resultado trimestral a ser anunciado na próxima quarta-feira debruçam-se sobre os ensinamentos de <a href=\"https://www.empiricus.com.br/tag/buffett/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Buffett</a>, destilados em palavras escritas de forma clara e coesa no documento. É muito bonito colocar-se como “preocupado com a geração de retorno absoluto de maneira consistente ao longo do tempo, independentemente do comportamento dos índices”. Na prática, porém, fica bem mais difícil realmente viver isso. Com o rali de bancos, <a href=\"https://www.empiricus.com.br/artigos/acoes-petrobras-petr4/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Petrobras</a> e <a href=\"https://www.empiricus.com.br/artigos/vale-do-rio-doce-vale3/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Vale</a>, muita gente está com medo de ficar para trás em 2018. Desnecessário dizer o quanto isso fere a essência do <a href=\"https://dicionario.empiricus.com.br/definicao/value-investing/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">value investing</a> de Buffett, mas deixemos esse paradoxo de lado. Cobrar coerência seria uma exigência muito feroz. Há outro ponto bem mais interessante para tratarmos hoje.</p><p>Antes de atacá-lo diretamente, destaco dois pontos bem interessantes da cartinha. O primeiro deles ligado à definição de risco. Nas palavras do bom velhinho: “Investir é a atividade em que o consumo hoje é postergado pela tentativa de se conseguir um maior consumo numa data futuro. ‘Risco’ é a possibilidade de esse objetivo não ser atingido”. Nada a ver com volatilidade no meio do caminho, mas com perda permanente do capital e queda das possibilidades de consumo intertemporal. Seu rol de escolhas potenciais de consumo lá na frente foi reduzida por algo que deu errado durante o processo.</p><p>A segunda coisa legal se refere às observações sobre a aposta feita em 2007 com a Protégé Partners. Para quem não acompanhou a discussão à época, a Protégé Partners escolheria cinco fundos de fundos que teriam de superar o S&P 500. Buffett, por sua vez, estaria na ponta oposta, apostando passivamente no benchmark.</p><p>Resumindo o desfecho, Buffett ganhou de lavada, num <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/a-hora-dos-fundos/sete-coisas-que-aprendi-com-warren-buffett/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">argumento empírico</a> em prol da gestão passiva. Como ele mesmo resume: “Performance vem, performance vai. As taxas nunca falham”. Os custos de transação e as taxas de administração e performance são adversários importantes no longo prazo, muito embora o próprio Buffett seja um praticante da gestão ativa e também não tenha batido o mercado no horizonte em questão, o que talvez nos levasse ao segundo paradoxo do dia, mas deixemos também esse de lado.</p><p>Vamos ao que realmente interessa. Mais uma vez pegando as palavras da carta, numa tradução livre, e certamente muito ruim feita por este redator que mal fala português: “A Berkshire, em si, oferece um exemplo vívido de como a volatilidade de curto prazo dos preços das ações pode obscurecer o crescimento de valor no longo prazo. Durante os últimos 53 anos, a companhia criou valor reinvestindo seus lucros e permitindo que a mágica dos juros compostos fizesse seu trabalho. Ano após anos, nós nos movemos para frente. Ainda assim, as ações da Berkshire sofreram quatro grandes quedas, detalhadas na tabela abaixo”:</p><p><img class=\"alignnone size-full b-lazy\" width=\"1425\" height=\"283\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://s3.amazonaws.com/empiricusimagens/2018/02/dayop2702-1.jpg\"></p><p>Ainda nos dizeres de Buffett: “Simplesmente não há maneira de se dizer o quanto as ações podem cair no curto prazo”. Investir em ações, como a compra de um pedaço de uma empresa sob os ensinamentos do value investing, é algo necessariamente de longo prazo.</p><p>Então chegamos à essência do paradoxo que quero tratar. Como investir pensando no longo prazo com a velocidade que as coisas mudam hoje? Qual capacidade de planejamento podemos ter? Qual a empresa do futuro? Você está preparado para os próximos 20 ou, na melhor das hipóteses, 10 anos?</p><p>Como está resumido no Organizações Exponenciais, “algumas décadas atrás, era possível (e importante) planejar em longuíssimo prazo. As empresas faziam <a href=\"https://www.empiricus.com.br/t/investimentos/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">investimentos</a> estratégicos pensando em uma década ou mais no futuro, e o plano quinquenal servia como um documento único que descrevia os detalhes dessa implementação. No entanto, em um mundo exponencial, o plano quinquenal não é apenas impraticável, como seriamente contraproducente.”</p><p>Em outras palavras, como investir pensando no longo prazo se o longo prazo é impensável? Receio de que estejamos usando um instrumental analítico de um mundo linear (anterior ao advento do big data e da inteligência artificial, dos drones, da computação em nuvem e dos computadores que andam chamados de Tesla) para um arcabouço exponencial. Se for o acaso, olhamos para um mapa errado à procura de uma direção. Era melhor não dispor de mapa algum.</p><p>O próprio Warren Buffett, historicamente contrário a posições em tecnologia e empresas aéreas, hoje detém 3,3% da Apple e 7,4% da Delta Airlines. Ele está se sofisticando, enquanto nós estamos lendo o “Security Analysis” atrás de insights de como escolher ações.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Não sei dizer qual será a empresa do futuro, mas suspeito de algumas coisas, entre elas:</p><ul><li style=\"padding-left: 30px;\"><span>Suspeito que quem não tratar informação de forma rápida e abrangente ficará para trás;</span></li><li style=\"padding-left: 30px;\"><span>Desconfio que os bancos terão um papel bem diferente e que talvez suas funções mais triviais sejam desempenhadas por <a href=\"https://www.empiricus.com.br/artigos/como-investir-facebook-e-outras-gigantes-digitais/\">Amazon e Facebook</a> (veja por exemplo o quanto </span><span>Mercado Livre está financiando diretamente seus clientes, criando para si um importante diferencial competitivo);</span></li><li style=\"padding-left: 30px;\"><span>Acredito que empresas de educação podem se destacar profundamente se derem o tratamento moderno, digital e exponencial ao ensino em longa distância, transformando uma ameaça em grande oportunidade; </span></li><li style=\"padding-left: 30px;\"><span>Pontuo que há modernidade em empresas que menos esperamos, com siderúrgicas brasileiras monitorando estoques a partir de drones altamente eficientes.</span></li></ul><p>Hoje a disrupção é a norma. Se queremos mesmo nos preparar para os próximos 20 anos, precisamos mudar o enfoque das empresas que possuem muitos ativos, desconto sobre o patrimônio (foco de Benjamin Graham) para outras velozes, ágeis, que se beneficiem da capacidade de explorar o que lhe é externo, como computação em nuvem, comunidade, externalidade de rede. Se antes altas barreiras à entrada eram muito privilegiadas, e essas eram em grande medida marca, ativos, patentes e capital, agora a capacidade de adaptação ao novo e a agilidade interna possivelmente sejam os grandes diferencias do atual value investing. Não há mais o que se preservar. É tudo mudança.</p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 35px 0; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/t/investimentos/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Canal de Investimentos</a></div><p>Depois de uma longa sequência de ganhos, mercados brasileiros abrem a terça-feira realizando lucros, enquanto aguardam <a href=\"https://www.istoedinheiro.com.br/dolar-sobe-em-linha-com-exterior-antes-de-discurso-do-presidente-do-fed/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">discurso de Jerome Powell</a>, do Fed. Alguma cautela diante de sinalizações sobre futuro da política monetária nos EUA impede uma postura mais propensa a risco.</p><p>Agenda nos EUA reserva, além do pronunciamento do chairman do Fed, encomendas de bens duráveis e confiança do consumidor. À noite, temos dados industriais na China.</p><p>Internamente, IGP-M apontou inflação de 0,07%, levemente acima do esperado. Para hoje, são aguardados indicadores fiscais do governo central.</p><p><a href=\"https://www.empiricus.com.br/daily-news/ibovespa-alta-consecutiva/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Ibovespa Futuro</a> abre em baixa de 0,3%, dólar está perto da estabilidade sobre o real e juros futuros mostram ligeira alta.</p>"},{"image":"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/02/copa-2018-eleicoes-1-e1519671755995-839x600.jpg","title":"Os oito são oitenta","publishDate":"2018-02-26T03:00:00.000Z","description":"As incertezas estão dadas para 2018. Mas, pela primeira vez em muito tempo, as Eleições importam mais do que a Copa. E eu, naturalmente, torço por ambas as vitórias.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/grana-preta/copa-2018-eleicoes/","text":"<p>Todo mundo hoje fala de “incertezas do ambiente eleitoral”. Virou moda, dentro e fora do mercado financeiro.</p><p><a href=\"http://sportv.globo.com/futebol-internacional/videos/v/neymar-torce-o-tornozelo-e-cai-no-gramado-chorando/6531445/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Neymar torceu o tornozelo</a> e Jesus precisa retomar urgentemente o ritmo de jogo. Ainda assim, ninguém liga tanto para as incertezas do ambiente futebolístico neste ano de Copa.</p><p>Pela primeira vez em muito tempo, as eleições importam mais do que a Copa.</p><p>Desconfio que isso seja um bom sinal. Se perdermos novamente de 7×1, mas superarmos a herança da Nova Matriz Econômica, teremos triunfado onde realmente importa (embora eu torça, naturalmente, por ambas as vitórias).</p><p>Ironicamente, portanto, as incertezas estão dadas para 2018. Se quisermos buscar novos insights para investir, não é delas que temos que falar.</p><p>O que o mercado ainda não precificou são as certezas do ambiente eleitoral.</p><p>Por exemplo: quem são os mentores econômicos dos principais protagonistas e coadjuvantes do pleito?</p><p>Nomes como Adolfo Sachsida, Armínio Fraga, Eduardo Giannetti, Gustavo Franco, <a href=\"https://www.empiricus.com.br/videos/vice-presidente-2018/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Henrique Meirelles</a>, Marcos Lisboa, Paulo Guedes e Pérsio Arida.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Se fizéssemos uma conversa entre eles, não poderíamos chamar de debate, nem se fosse regada a muito uísque.</p><p>Praticamente não há o que debater aí. Os oito compartilham do mesmo diagnóstico fundamental de que o Estado brasileiro gasta muito e gasta mal. Os oito conhecem as soluções técnicas mais óbvias para esse problema clássico.</p><p>Talvez eles apresentem divergências, mas arrisco medir que nenhuma delas seria maior do que a distância entre Jesus e Firmino como o dono da camisa 9.</p><p>Respeitando a democracia, é claro que teríamos também a concorrência ideológica de Belluzzo, Pochmann, Nelson Barbosa ou Mauro Benevides.</p><p>No entanto, a assimetria hoje é claramente em favor dos oito primeiros contra os quatro últimos.</p><p>Se quisermos nos agarrar às incertezas do próximo presidente, fiquemos à vontade. Façam suas apostas! Vai ser divertido acompanhar essa disputa pulverizada.</p><p>Para fins práticos, porém, eu <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/mb33-triplicar-video/?xpromo=XE-MI-EMP-MB33-SUBER-20180226-GPT-X-x&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180226-vd-mb33-gpt\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">coloco o meu dinheiro</a> onde as chances são maiores, onde os oito significam 80%.</p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 35px 0; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/artigos/como-investir-facebook-e-outras-gigantes-digitais/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Saiba como investir no Facebook, Netflix, Google, Amazon e Spotify sem sair do Brasil</a></div>"},{"image":"","title":"Ode à minha família","publishDate":"2018-02-26T03:00:00.000Z","description":"Conto nos dedos os que estiveram ao lado na hora ruim. A Empiricus se alinha à noção de “skin in the game” desde sua concepção. Vivo isso, diariamente. E se proponho a perseguição obstinada de assimetrias convidativas em seus investimentos,…","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/barbell-strategy-otimizacao-das-carteiras/","text":"<p><em>“Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente;</em><br> <em> quem dera foras frio ou quente!</em><br> <em> Assim, porque és morno, e não és frio nem quente,</em><br> <em> vomitar-te-ei da minha boca.”</em></p><p><strong>Apocalipse 3:15-16</strong></p><p>Nas raríssimas vezes ao longo da minha vida em que tive algum mérito, muitos estavam ao meu lado, dispostos ao aplauso de pé. Mesmo quando a conquista decorreu apenas da sorte, e essa tem-me sido uma companheira fiel, lá estavam todos prontos para comemorar comigo.</p><p>Nas várias situações, porém, em que mereci a vaia, por um erro vil indesculpável ou pela mera atuação de uma força aleatória de última hora, foram poucos aqueles que continuaram a suportar-me. Muitos daqueles que antes aplaudiam de pé foram os primeiros a apontar a minha vergonha, o meu desvio, o meu desajuste ou a minha incompetência.</p><p>Conto nos dedos os que se dispuseram a estar ao lado na hora ruim, justamente quando mais deles precisava. Desses, jamais esqueço e por eles lutarei também o bom combate, se e quando de mim eventualmente necessitarem. Os poucos capazes de estender-lhe a mão quando se está à beira do precipício… esses, sim, são os grandes.</p><p>Choro pelo amor e apoio incondicionais de minha mãe por todos esses 33 anos, mesmo nos momentos em que fui indigno de recebê-los – foram vários, quando estive, de maneira inescrupulosa, grotesco, mesquinho, submisso e arrogante.</p><p>Também jamais poderei retribuir o que meus irmãos André, Filipy, Gustavo e Regis fizeram por mim. Profissionalmente, por mais que me esforce, nunca conseguirei apoiar o Rodolfo da mesma maneira que ele sempre me apoiou – se não fosse por ele, digo com toda a sinceridade do mundo, não teria sido jamais publicado um Relatório Empiricus. E, se hoje eu posso fazer o <a href=\"https://www.youtube.com/watch?v=hVEWfrCIdHQ\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">João Pedro</a> estudar na mesma escola que eu frequentei a vida toda, devo isso ao Rodolfo.</p><p>Não poderia avançar para as próximas linhas também sem explicitar o e-mail que recebi do Pedro Cerize na hora em que todos se voltavam contra mim – eram apenas cinco linhas, mas que transmitiam tudo que minha cabeça precisava naquela circunstância.</p><p>Nassim Taleb está envolto a polêmicas sobre a publicação de seu mais novo livro: “Skin in the Game: Hidden Asymmetries in Daily Life” (algo como: “Sua Pele em Jogo: Assimetrias Escondidas na Vida Cotidiana”). O “Guardian” escreveu uma resenha bastante ruim sobra a obra, classificando-a como um “flawed book” (um livro defeituoso). Taleb respondeu com sua típica polidez: “Fucking idiot” (poupo a tradução).</p><p>Eu não precisaria marcar minha posição na disputa intelectual entre Nassim Taleb e jornalistas. Os três leitores desta newsletter provavelmente já a conhecem. Mas faço questão do registro formal.</p><p>A <strong>Empiricus</strong> se alinha à noção de “skin in the game” desde sua concepção. Se as recomendações feitas pelos analistas no Brasil antes beneficiavam ou feriam o bolso somente de quem as recebia, criamos a Empresa justamente para que seus efeitos fossem sentido também por quem as proferia.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Nós, sócios, ganhamos ou perdemos dinheiro quando nossos assinantes renovam ou cancelam seus planos individuais, o que obviamente obedece ao lucro ou ao prejuízo que os assinantes têm conosco ao longo da trajetória. Os analistas não-sócios, por sua vez, recebem seus bônus de acordo com o acerto de suas recomendações. Capitães deveriam afundar com os navios.</p><p>Talvez o skin in the game, de fato, não resolva todos os problemas. Não é condição suficiente para isso, mas é necessária. Isso que talvez tenha escapado à jornalista do Guardian – aos jornalistas, sempre escapará o essencial, pois, por construção, sua pele jamais estará em jogo. O sujeito escreve uma crítica destruidora de determinado livro, acaba marcando o destino daquela obra e, sendo justo ou injusto, lá estará amanhã de novo com a garantia de seu emprego. Who watches the Watchman? Quem critica o crítico?</p><p>Feita a defesa do título do livro (Skin in the Game), me volto sobre o subtítulo (Hidden Asymmetries in Daily Life). Eu vivo isso, diariamente. E se proponho a perseguição obstinada de assimetrias convidativas em seus investimentos, é simplesmente por replicar a trajetória cotidiana, por não encontrar outra forma de “bater o mercado”.</p><p>Tudo poderia ser resumido na frase de Taleb: aposte centavos para comprar dólares, nunca aposte dólares para ganhar centavos.</p><p>Deixe-me falar mais diretamente o que penso (e aqui seria acusado de louco por aqueles incapazes de entender a epistemologia do argumento): prefira comprar bitcoins a comprar crédito privado.</p><p>Explico com um exemplo do dia a dia. Nesse fim de semana, fui impactado na internet por um anúncio de LCI/LCA energizadas. Querem me convencer de que 95,5% do CDI vai dar asas para seu investimento. Esse é só um exemplo particular do caso geral.</p><p>Eu não gosto de crédito no Brasil. Estou certo de que há exceções e de que a Marília consegue garimpar <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/te09-milionario/?xpromo=XE-MI-EMP-TE09-SUBWS-20180226-DAYO-X-x&daily=s&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180226-vd-te09-dayo\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">oportunidades</a> de baixo risco e alto retorno. Mas, no geral, o incremento de risco, no meu entendimento, não é compensado pelo retorno potencial adicional.</p><p>Conta de padeiro:</p><p>Se você aplica 100 mil reais numa LFT e consegue 100% do CDI, assumindo que a Selic vai a 6,5% e aí fica por um ano, ganha 6,5 mil ao final de 12 meses. Paga 20% de imposto e fica com 5,2 mil de rendimento líquido.</p><p>Já se comprar a tal LCI/LCA por 95,5%, vai correr risco de crédito privado para ter cerca de mil reais a mais daqui a 12 meses.</p><p>Com a queda das taxas de juro, vão querer lhe empurrar todo tipo de aplicação exótica de renda fixa, principalmente aquelas de baixa volatilidade e marcadas na curva. Isso será confundido com baixo risco e as poucas migalhas que lhe renderão a mais servirão de atraente.</p><p>Não se deixe levar pelo canto da sereia. Não é isso que vai fazer a diferença.</p><p>No caso do crédito privado, você está arriscando o principal (dólares) para ganhar um pouquinho a mais (centavos) no final do processo.</p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 35px 0; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/artigos/e-hora-de-investir-em-acoes/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">É hora de investir em ações?</a></div><p>Em vez de correr “risco médio” num monte de aplicações de crédito privado, é preferível separar seus investimentos em dois grandes polos. De um lado, muito dinheiro em pouquíssimo risco (LFT, Treasuries, poupança, etc.). De outro, pouco dinheiro em muitíssimo risco, da maneira mais diversificada possível.</p><p>Escolho um portfólio com 95% em LFT e 5% distribuídos em microcaps (Max pode ajudá-lo a identificar as melhores <a href=\"https://www.empiricus.com.br/produtos/microcap-alert/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">aqui</a>), opções de Petrobras, bitcoins (reserva agora mesmo <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/becacm01-criptomoedas//?xpromo=XE-MI-EMP-BECACM01-SUBWS-20180226-DAYO-X-x&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180226-vd-becacm01-dayo\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">seu livro gratuito</a>), startups de biotecnologia, ICOs de maconha e tudo mais; frente a uma carteira com 20% de crédito privado, em que um único default vai afastar-lhe do CDI por cinco anos.</p><p>Imagino que você seja como eu e Dolores O’Riordan, que antes de morrer prematuramente aos 46 anos, escreveu na linda Ode to my family: “porque nós fomos educados para ver a vida do melhor jeito e aguentar o que pudermos.”</p><p>Mas há limites para serem impostos àqueles que propõem alocações mornas em torno da média.</p><p>Por isso, hoje escrevo àqueles capazes de entender os benefícios do Barbell Strategy, os poucos aptos a desafiar o fato estilizado em prol da otimização das carteiras, da eficiência de portfólio, das correlações históricas e do pouco risco associado a mercados de crédito e à pouca volatilidade em geral. Esses são hoje a minha família.</p><p>Em um dia de continuidade do rali dos ativos de risco no exterior, mercados brasileiros abrem demonstrando bom humor, refletindo certa tranquilidade com rendimento dos Treasuries, alta das commodities e queda das expectativas de inflação internamente.</p><p>Minério de ferro subiu ao menor nível em 10 meses com possibilidade de China estender o controle da oferta de aço para após o inverno. Talvez mais importante seja expectativa por discursos mais brandos sobre a política monetária global nesta semana – Bullard, do Fed, e Mario Draghi, do BCE, fazem pronunciamentos nesta segunda-feira.</p><p>Agenda doméstica destaca relatório Focus, com <a href=\"https://www.empiricus.com.br/daily-news/cai-expectativa-inflacao-2018/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">recuo importante nas projeções para IPCA de 2018</a>, dados da dívida pública e referências do setor externo. Lá fora, temos atividade na região de Chicago, vendas de casas novas nos EUA e indicador do Fed de Dallas.</p><p>Ibovespa Futuro registra alta de 0,57%, dólar caiu contra o real e juros futuros recuam.</p>"},{"image":"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/02/rendimento-tesouro-direto-e1520266172609-920x515.jpg","title":"Título do Tesouro é tudo a mesma coisa?","publishDate":"2018-02-25T03:00:00.000Z","description":"Você sabia que o rendimento das suas aplicações no Tesouro Direto pode variar de acordo com o tipo do título? Os títulos emitidos pelo governo são classificados em três: os prefixados, os indexados à inflação e os pós-fixados.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/rendimento-tesouro-direto/","text":"<p>Tem investidor de renda fixa que acha que título público do Tesouro é tudo a mesma coisa. Basta escolher o que paga a maior taxa e carregá-lo até o vencimento.</p><p>Sinto informar que quem pensa assim está redondamente enganado(a).</p><p>O <a href=\"https://www.empiricus.com.br/t/tesouro-direto/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Tesouro Direto</a> tem três tipos diferentes de títulos: os prefixados, os indexados à inflação e os pós-fixados.</p><p>Cada título se comporta de uma maneira diferente e terá uma boa rentabilidade em uma fase distinta do ciclo econômico e de juros.</p><p>Tem título que ganha mais quando os juros sobem; tem título que ganha mais quando os juros caem.</p><p>Além disso, mesmo conseguindo escolher o melhor tipo de título para o momento, há uma grande diferença entre os diferentes papéis no que se refere ao vencimento.</p><p>Títulos com vencimento no longo prazo se comportam de maneira totalmente diferente dos títulos de curto prazo. É possível que títulos curtos prefixados subam ao mesmo tempo que títulos longos prefixados caiam.</p><p>Pode até parecer loucura, mas é a mais pura realidade.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Ou seja, quando for investir em um título, você tem que pensar:</p><p>1. Qual dos três tipos disponíveis vou escolher? Prefixado, indexado ou pós-fixado?</p><p>2. E o prazo de vencimento? Longo, meio da curva ou curto prazo?</p><p>3. Por quanto tempo vou carregar meu título? Um ano, dois anos… até o vencimento?</p><p><span style=\"text-decoration: underline;\">Escolher a natureza correta com o prazo errado pode gerar prejuízos.</span></p><p>Podemos citar o exemplo de 2015, quando o Banco Central, comandado na época por <a href=\"https://g.co/kgs/cbaCWe\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Alexandre Tombini</a>, levou a taxa Selic de 7,25 para 14,25% ao ano — as taxas de curto prazo prefixadas caíam, enquanto as longas não paravam de subir.</p><div id=\"attachment_51759\" class=\"wp-caption alignnone\"><img class=\"wp-image-51759 size-full b-lazy\" width=\"818\" height=\"501\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/02/curva-de-juros-empiricus-marilia-fontes.png\"><p class=\"wp-caption-text\">Fonte: Empiricus</p></div><p>Isso acontecia, pois o mercado acreditava que o BC estava forçando a barra, subindo os juros muito menos do que o necessário, e que tal conduta aumentaria o risco de inflação futura, fazendo com que ele tivesse que subir mais a Selic no longo prazo.</p><p>Logo, perdeu dinheiro quem comprou prefixados longos. E ganhou quem comprou prefixados curtos.</p><p><span style=\"text-decoration: underline;\">Escolher o prazo correto do título, mas errar no tipo dele, também pode acarretar prejuízos.</span></p><p>Veja o que aconteceu neste mês, por exemplo: enquanto a inclinação dos <strong>prefixados longos</strong> subiu 33 pontos-base (bps), a inclinação dos <strong>indexados longos</strong> caiu 9 pontos-base.</p><div id=\"attachment_51760\" class=\"wp-caption alignnone\"><img class=\"wp-image-51760 b-lazy\" width=\"794\" height=\"370\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/02/bloomberg-dama-de-ferro.png\"><p class=\"wp-caption-text\">Fonte: Bloomberg</p></div><p>Ou seja, quem investiu em indexados ganhou, ao passo que quem investiu em prefixados perdeu.</p><p>Por último, é possível ganhar muito dinheiro acertando na natureza do título e no prazo (durante um tempo), mas perder toda a rentabilidade no ano seguinte.</p><p>Em 2012, quando o BC forçou os juros para baixo, as taxas das NTN-Bs longas apresentaram uma forte queda, valorizando seus PUs em 58%.</p><p>Mas como a <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/a-dama-de-ferro/selic-taxa-de-juros/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">queda da Selic</a> não era sustentável e acelerava a inflação, o BC teve que subir tudo de novo depois, aumentando novamente as taxas e desvalorizando o título em 63%!</p><p><img class=\"alignnone size-full wp-image-51761 b-lazy\" width=\"764\" height=\"446\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/02/dama-de-ferro-25-02.png\"></p><p>Ou seja, quem se manteve investido na NTN-B 2035 Principal durante 2012 e 2013 não ganhou absolutamente NADA! Em contrapartida, quem vendeu o título em 2012 colocou no bolso um rendimento de quase 60% no ano.</p><p>Isso tudo é para mostrar que há duas formas de investir em título públicos:</p><p>A primeira é comprar qualquer título, carregá-lo até o vencimento e ganhar a taxa acordada.</p><p>A segunda é fazer uma gestão ativa: escolher o título certo, com prazo certo, pelo período certo, e ter o potencial de ganhar retornos tão agressivos quanto se ganharia na Bolsa (58%), mas com renda fixa.</p><p>Para escolher o título correto, é preciso conhecer economia, entender o mercado e acompanhar os movimentos do Banco Central.</p><p>Quer ganhar muito mais do que está acostumado, fazendo uma gestão ativa de seus títulos?</p><p>Então não deixe de conhecer a série <a href=\"https://www.empiricus.com.br/produtos/tesouro-empiricus\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\"><strong>Tesouro Empiricus</strong></a>. Nela eu seleciono exatamente os melhores títulos públicos para o momento, para que você obtenha os melhores rendimentos.</p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 3px 0px; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/t/tesouro-direto/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Canal do Tesouro Direto</a></div><p> </p>"},{"image":"","title":"Brasília e o espírito animal","publishDate":"2018-02-24T03:00:00.000Z","description":"Uma turma de empreendedores incríveis, reunida em Brasília pelo Erico Rocha, estava ansiosa para ouvir a história da Empiricus, que é uma empresa referência no universo do marketing digital brasileiro. Havia somente o “espírito animal” de Keynes, que nos tira…","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/empiricus-247/brasilia-espirito-animal/","text":"<p>Acabei de voltar de uma curta viagem a Brasília. Passei dois dias na capital federal conversando com empreendedores digitais a convite do Erico Rocha, reconhecidamente a maior autoridade em lançamentos e marketing de infoprodutos pela internet.</p><p>Antigamente, nos meus tempos de executivo do mercado financeiro, viagens assim, a trabalho, eram parte do meu dia a dia. Visitava empresas pelo Brasil afora, prospectando oportunidades de negócios para o banco em que trabalhava.</p><p>Hoje viajo a trabalho com muito menos frequência. Ainda bem, pois prezo bastante minha rotina. O meu compromisso diário mais importante, <a href=\"https://www.youtube.com/watch?v=hVEWfrCIdHQ\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">acompanhar a lição de casa das m</a><a href=\"https://www.youtube.com/watch?v=hVEWfrCIdHQ\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">inhas filhas</a>, fica prejudicado sem minha presença física lá em casa.</p><p>Apesar da disrupção, minha estadia foi positiva. A começar pela excelente escolha do hotel em que fiquei hospedado e onde foi realizado o evento. O Brasília Palace ocupa um lindo edifício projetado por <a href=\"https://pt.wikipedia.org/wiki/Oscar_Niemeyer\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Oscar Niemeyer</a> e está localizado num ponto único da cidade: às margens do Lago Paranoá e a um pulo do Palácio da Alvorada.</p><div id=\"attachment_51724\" class=\"wp-caption alignnone\"><img class=\"wp-image-51724 b-lazy\" width=\"700\" height=\"593\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/02/brasilia-e-o-espirito-animal.png\"><p class=\"wp-caption-text\"><em>Lago Paranoá visto do hotel</em></p></div><p>O mais bacana, porém, foi a oportunidade de conhecer um grupo incrível de empreendedores, todos absolutamente “self-made”, que estão revolucionando a maneira como os brasileiros consomem conteúdos e informações. Não deixa de ser irônico que, no coração da burocracia federal, protegida e alheia às agruras enfrentadas pelos demais brasileiros, tenha se reunido um grupo de pessoas que está prosperando por meio do uso de nada mais do que o seu esforço individual.</p><p>Conheci um tradutor, que há poucos anos sobrevivia com uma renda de não muito mais que um salário mínimo, faturando milhões com seu curso de inglês online. Conheci um ex-frade que passou oito anos percorrendo as comunidades mais carentes do país e hoje organiza campanhas de lançamento de produtos digitais na internet. Conheci coaches, personal trainers, professores, profissionais liberais, todos engajados em divulgar suas ofertas ao grande público. Lá ninguém falava de verbas governamentais, incentivos, <a href=\"https://www.empiricus.com.br/daily-news/criptomoeda-do-bndes/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">BNDES</a>. Nada disso. Havia somente o “espírito animal” de <a href=\"https://www.empiricus.com.br/videos/o-que-pensava-o-economista-keynes/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Keynes</a>, que nos tira da inação e nos faz prosperar.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Talvez você não saiba, mas a <a href=\"https://www.empiricus.com.br/videos/empiricus-oito-anos/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\"><strong>Empiricus</strong></a> é uma empresa referência no universo do marketing digital brasileiro. Com cerca de 200 mil assinantes pagantes, todos gerados exclusivamente pelos canais eletrônicos, somos um case de sucesso e um exemplo de disrupção no mercado de publicações e de distribuição de informações no Brasil. Com isso, a turma de empreendedores reunida pelo Erico Rocha estava ansiosa para ouvir nossa história e nossa experiência. Apresentei nosso modelo de negócio e respondi a ótimas perguntas.</p><p>Coincidentemente, enquanto estava por lá, tão próximo do gabinete presidencial, o Felipe Miranda escreveu sobre <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/michel-temer-reeleicao/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">O Segundo Mandato Temer</a> no <strong>Day One</strong> de quarta. Recebi uma enxurrada de comentários (por e-mail e pelas redes sociais) apoiando ou criticando o texto dele.</p><p>Pelos feedbacks que recebi, percebo que alguns não leram com a devida atenção o que o Felipe escreveu. Convido você, então, a aproveitar o tempo livre do fim de semana para ler a espetacular síntese que ele fez do momento político e econômico que vivemos. Independentemente de você gostar ou não do nosso atual presidente, <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/michel-temer-reeleicao/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">este conteúdo é obrigatório</a>.</p>"},{"image":"","title":"Destrua esse Bitcoin","publishDate":"2018-02-23T03:00:00.000Z","description":"Há quem simplesmente não se interesse por Bitcoin, mas tem muito investidor que fica perdido com a divisão de opiniões entre os “evangelizadores\" das criptomoedas e os críticos ferrenhos.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/crypto-talks/bitcoin-opinioes-diversas/","text":"<p>O vídeo do <a href=\"https://www.youtube.com/watch?v=kWerg9IXYZU&feature=youtu.be\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\"><strong>Crypto Talks</strong></a> desta semana acabou de sair. Já assistiu?</p><p class=\"video-container youtube-video\"><span class=\"video-wrapper\"><iframe width=\"500\" height=\"281\" src=\"https://www.youtube.com/embed/kWerg9IXYZU?feature=oembed&enablejsapi=1&origin=https%3A%2F%2Fwww.empiricus.com.br\" frameborder=\"0\" allow=\"autoplay; encrypted-media\" allowfullscreen=\"\" data-gtm-yt-inspected-934836_409=\"true\" id=\"843559435\"></iframe></span></p><p><em>If your time to you is worth savin’</em><br> <em> Then you better start swimmin’ or you’ll sink like a stone</em><br> <em> For the times they are a-changin’</em></p><p><em>[…]</em></p><p><em>Come mothers and fathers throughout the land</em><br> <em> And don’t criticize what you can’t understand</em><br> <em> Your sons and your daughters are beyond your command</em><br> <em> Your old road is rapidly agin’</em></p><p>O trecho acima é de <a href=\"https://g.co/kgs/x2ywn1\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Bob Dylan</a>, da canção “The times they are a-changin”. Os tempos estão mudando. É bom começar a nadar ou você afundará como uma pedra.</p><p>A newsletter de hoje é dedicada aos leitores que ainda não possuem criptomoedas em seus portfólios.</p><p>Sei que ainda há quem simplesmente não se interessa pelo assunto. Porém, sei também que tem muito investidor que ainda fica com um pé atrás por ver tanto fogo cruzado de opiniões divergentes.</p><p>De um lado, os “evangelizadores” das criptomoedas pregam a beleza da descentralização do <a href=\"https://www.empiricus.com.br/cotacoes/bitcoin/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Bitcoin</a> e da inovação tecnológica do ativos que estão surgindo.</p><p>De outro, críticos ferrenhos apontam a irracionalidade dos primeiros. “Onde já se viu uma moeda que nem existe valer 10 mil dólares?”, “isso só é usado para fins ilegais!”, “é a maior bolha da história!”</p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 35px 0; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/artigos/qual-criptomoeda-investir-em-2018/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Em qual criptomoeda investir em 2018?</a></div><p>Calma, calma… Vamos colocar alguns pingos nos is hoje.</p><p>Na live que fizemos hoje, “<a href=\"https://www.youtube.com/watch?v=kWerg9IXYZU&feature=youtu.be\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Destrua esse Bitcoin</a>”, falamos um pouco sobre por que e como há alguns agentes relevantes do mercado que se posicionam fortemente contra as criptomoedas.</p><p>Não tem problema criticar. Críticas geram ideias, promovem evolução. Problema mesmo é fazer isso sem argumentos minimamente fundamentados. “Don’t criticize what you can’t understand” — não critique aquilo que você não consegue entender.</p><p>Ontem mesmo, mais um texto com algumas pontas soltas me chamou a atenção. Em um artigo publicado no jornal “O Estado de s. Paulo”, <a href=\"https://g.co/kgs/oRdA74\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">José Serra</a> intitulava o Bitcoin como “uma tecnologia à procura de um produto”.</p><p>O senador começou muito bem o texto, explicando, de forma até didática, como funciona o processo de mineração e a rede do Bitcoin. Ao chegar à metade do texto, porém, as coisas passaram a não caminhar tão bem.</p><p>Com todo respeito ao senador e a todos os outros especialistas de mercado que levantam críticas, eu humildemente acho que falta entendimento em alguns pontos.</p><p>Levantei os principais e espero que isso ajude também o investidor que tem dúvidas sobre o mercado de criptomoedas a ter maior clareza sobre onde está pisando.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><h2>1. Um problema do Bitcoin é não ter uma autoridade central que possa reverter transações ilegítimas.</h2><p>A descentralização, na realidade, é uma das principais inovações do protocolo Bitcoin, que foi capaz de criar um modelo de consenso entre os agentes da rede de forma a validar transações sem precisar de uma autoridade central.</p><p>Por meio disso, cria-se um ecossistema financeiro que não depende das intervenções governamentais, imune à censura e pode ser usado por qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo.</p><p>Uma rápida leitura sobre a última grande crise financeira, em 2008, é suficiente para entender do que as autoridades centrais são capazes. Elas parecem sérias em seus discursos. Mas em uma injeção de liquidez ou no socorro aos bancos, quem paga o pato é você.</p><h2>2. O sistema de transações é lento e caro.</h2><p>Vejo muitas alegações de que o bitcoin não serve para nada pois, para fazer uma transação com a moeda, é preciso esperar muito tempo até que o valor enviado chegue ao destinatário, por conta das seis confirmações de rede necessárias para validar a transação.</p><p>Além disso, a limitação a sete transações por segundo e os altos custos de transferência seriam um empecilho ao uso em larga escala.</p><p>Vamos lá então. Do ponto de vista do tempo de confirmação das transações, há um erro de concepção que é acreditar que todos os pagamentos, necessariamente, precisam esperar seis confirmações de rede para serem validados, o que leva em média uma hora.</p><p>Para pequenas transações, que são as mais afetadas pelo tempo de espera — afinal, você não quer ficar uma hora na padaria esperando para poder levar o pão embora —, o dono de um estabelecimento pode aceitá-las sem confirmações, correndo um risco da mesma magnitude que correria se fizesse a venda com cartão de crédito.</p><p>Para transações de valores altos, o tempo de confirmação costuma ser muito menor do que se esperaria para fechar uma remessa internacional.</p><p>Em relação ao número de transações por segundo e taxas, a Lightning Network, um dos principais desenvolvimentos do momento no ecossistema do Bitcoin, está sendo constituída justamente pensando em escalabilidade da rede.</p><h2>3. Uma moeda, por definição, deve servir como reserva de valor. O bitcoin não pode ser considerado uma.</h2><p>Esse é um dos que eu mais gosto de ouvir, mas meu preferido mesmo é o próximo. Ok, vamos considerar que aqueles pedacinhos de papel que estão na sua carteira sejam, de fato, uma reserva de valor.</p><p>Suponha que um sujeito, no ano 2000, logo após ter tido seu primeiro filho, resolveu colocar dinheiro em um cofrinho para o futuro da criança. Em 2018, quando o filho se prepara para entrar na faculdade, o pai quebra o porco.</p><p>O dinheiro lá dentro serviu como reserva de valor? Se considerarmos a inflação de 210% entre os anos 2000 e 2018, não. O dinheiro de dezoito anos atrás perdeu mais de 65% de seu valor.</p><p>A inflação é aquela morte lenta e indolor. Você não sente seu dinheiro perder valor. Mas ele perde caso você não tome uma atitude. Portanto, moeda fiduciária também não funciona muito bem como reserva de valor. Quer garantir seu poder de compra? Vá de NTN-B.</p><h2>4. A grande inovação é o blockchain, não o bitcoin.</h2><p>Ahá! Agora você me pegou, né?</p><p>Não. Esse é um dos maiores absurdos que escutamos diariamente. A <a href=\"https://www.empiricus.com.br/videos/blockchain-criptomoeda/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">tecnologia do blockchain</a> é UMA das inovações do bitcoin.</p><p>Além disso, um blockchain sem um ativo subjacente não vale nada. Eu e você podemos criar um blockchain para nós, mas ele não vai ter valor algum.</p><p>Como bem apontou um amigo do mercado de criptomoedas, o blockchain não é o remédio para todos os males.</p><p>Andreas Antonopoulos, uma das maiores referências desse ecossistema, é categórico em dizer que é o mecanismo de consenso do Bitcoin, chamado Proof-of-Work, que torna a rede tão poderosa e, consequentemente, fortalece o blockchain. O blockchain não fará automaticamente tudo o que um banco quer. Não é a solução miraculosa sem um ativo por trás, uma rede de usuários ampla e uma estrutura de confiança.</p><p>Não é possível dissociar as criptomoedas de seus blockchains. Quem diz para você que “criptomoedas não valem nada, mas o blockchain será o futuro”, provavelmente, não se deu ao trabalho de ler meia dúzia de artigos sobre o assunto.</p><h3>The new kid on the block</h3><p>As criptomoedas são o novo garoto na vizinhança. Naturalmente, os moradores mais antigos terão uma boa resistência contra o recém-chegado, mesmo que saibam, no fundo, que o moleque tem potencial.</p><p>Ele tem seus defeitos. Claro que tem! Quem é perfeito, que atire a primeira pedra.</p><p>Olhe por outro lado: é justamente pelas melhoras que ainda precisam ser feitas nos códigos das criptomoedas que elas possuem tanto potencial.</p><p>Quando forem mainstream, tecnologias estabelecidas e rodando em regime permanente, aí não tem mais como ficar rico com elas.</p><p>Nós, investidores “early-stage”, pagamos o ágio da incerteza por uma assimetria mais convidativa de retorno.</p><p>A realidade é que as criptomoedas estão apenas começando. Há muito mais para ser feito na economia global que só transações de valores. Criptomoedas não são comparáveis com dinheiro.</p><p>São MAIS que dinheiro.</p>"},{"image":"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/02/michel-temer-e1520266148320-920x515.jpg","title":"O fim da trilogia: por que Temer realmente precisa se reeleger?","publishDate":"2018-02-23T03:00:00.000Z","description":"Encerro a trilogia de textos que iniciei ao lançar a síntese O Segundo Mandato Temer. Agora, analisando e respondendo as três principais críticas que recebi sobre Michel Temer se reeleger. Porque aqui, é uma questão de responsabilidade, de como você…","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/michel-temer/","text":"<p><img class=\"alignnone size-full b-lazy\" width=\"737\" height=\"616\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://empiricusimagens.s3.amazonaws.com/2018/02/dayop2302-1.png\"></p><p>“Se meus detratores me conhecessem melhor, me odiariam ainda mais.”</p><p>Se em algum momento tive dúvidas de que estava fazendo a coisa certa – tenho para mim que duvidar de si mesmo é demonstração inequívoca de sanidade mental -, agora todas elas se dissiparam.</p><p>Não há evidência maior de se estar no caminho certo do que aparecer criticado por esse pessoal. Em 2014, estampei dia sim, dia sim a capa dos sites da esgotosfera digital, enquanto nossos assinantes protegiam seu patrimônio e ganhavam dinheiro com as recomendações subjacentes à tese do Fim do Brasil.</p><p>A notícia está veiculada no <a href=\"https://blogdacidadania.com.br/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Blog da Cidadania</a>, de Eduardo Guimarães, aquele mesmo da condução coercitiva do Moro. Ele é um dos integrantes do timaço do jornalismo formado por Brasil 247, Conversafiada, Carta Capital, Caros Amigos e por aí vai. A turma que recebia bola da administração petista por verba publicitária para defender os “avanços progressistas”.</p><p>Mais curioso do que a matéria em si é a acusação no Twitter do companheiro de que sou ligado à Rede Globo e à Operação Lava Jato. Ele cita a matéria do Valor, esse, sim, ligado à Globo, de minha suspensão pela Apimec de meu credenciamento como analista por “propaganda enganosa”.</p><p>Agora a Apimec assumiu o papel do Conar e julga o caráter enganoso das peças publicitárias – no caso, a peça publicitária a que se refere é a famigerada carta de vendas que levava à recomendação para meus assinantes comprarem as ações de Rumo, na época, com um potencial de valorização de, segundo meus cálculos, 400% até 2020. Aqueles que foram “enganados” pela nossa propaganda acumulam desde então lucros de apenas 200%.</p><p>O camarada Guimarães também me atribui o elogio de “picareta”, tendo sido “pago por Temer para escrever isso”. Agora o presidente Michel Temer me paga para associá-lo à imagem de um grande vampiro – ainda prefiro <a href=\"https://g.co/kgs/K4u1QY\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Bela Lugosi</a>.</p><p>Não me dou ao trabalho de rebater a essa crítica porque não me permito ser medido pela régua alheia. Há outras mais interessantes que gostaria de endereçar nesta sexta-feira. Com isso, encerro a trilogia de textos que iniciei ao lançar a síntese <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/michel-temer-reeleicao/?xpromo=XE-MI-EMP-DAYONL-SUBWS-20180223-DAYOP-X-x&lead=false&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=nl-20180223-vd-dayonl-dayop\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">O Segundo Mandato Temer</a>.</p><p><strong><span style=\"text-decoration: underline;\">Crítica 1:</span></strong></p><p>A primeira é a mais evidente e vem principalmente daqueles que não chegaram até o final do texto ou não entenderam a essência da coisa:</p><p>“Felipe, o Temer não tem a menor chance. Ele não decola nas pesquisas e tem uma rejeição brutal. Não será reeleito.”</p><p>Esse argumento, em si, faz todo sentido. Tem toda razão. Mas o ponto é que a tese não é essa. A leitura do texto integral deixa muito claro: estou falando de um conceito, não de uma figura em si.</p><p>O Segundo Mandato Temer, cunhado na conotação que eu gostaria de conferir-lhe, se refere à continuidade de um perfil, não de uma pessoa. Falo da continuidade da implementação de reformas liberais e estruturantes no Brasil. Tudo e só isso.</p><p><strong><span style=\"text-decoration: underline;\">Crítica 2:</span></strong></p><p>“Como você pode compactuar com um governo corrupto, imoral e antiético?”</p><p>Não, eu não compactuo. Talvez haja alguma razão aqui: se você reescrever a tese original novamente, deixaria mais claro meu nojo das conversas fora da agenda, das ligações não republicanas, do “tem que manter isso, viu?” e de todo resto.</p><p>Mas, lendo com atenção, também você poderá perceber lá que estou falando estritamente do pragmatismo ligado à agenda de reformas e à gestão de política econômica, com impacto direto e pronunciado sobre a vida das pessoas, seus salários, seu emprego, a escola de seus filhos, o supermercado onde fazem compras e, mais diretamente ligado à minha função aqui, seus investimentos.</p><p><strong><span style=\"text-decoration: underline;\">Crítica 3:</span></strong></p><p>“Por mais que tenha havido mesmo avanços na economia brasileira, há muito ainda a se fazer, principalmente no que diz respeito à questão fiscal. Por isso, não sou tão favorável à administração Temer.”</p><p>Essa é claramente a crítica mais embasa de todas. Ela está perfeita quando analisada per se. Mas o mais interessante disso é que ela reforça cada um de meus argumentos. E é a isso que gostaria de me ater hoje.</p><p>Mais do que responder à crítica em si, quero deixar claro como este ponto é central para criar as maiores oportunidades de lucro em seus investimentos nos próximos anos.</p><p>Meu contra-argumento: ora, se Michel Temer, aqui, mais uma vez, no conceito que ele representa, já tivesse realizado tudo que deveria, ele não precisaria de se reeleger. Precisamos de um Segundo Mandato justamente para terminar o que começou a ser feito no primeiro.</p><p>Mas esqueçamos a aplicação estrita da lógica. Nem é este o ponto principal. A possibilidade de se multiplicar o capital a partir do próximo ciclo vem justamente porque ainda há muito a se fazer.</p><p>“As pessoas racionais pensam na margem.” Você não precisa ser PhD em Economia para saber disso. É o princípio 3 do primeiro capítulo do livro clássico de Introdução à Economia, do Mankiw. Os ativos financeiros também se movem na margem.</p><p>Se não houver incerteza, coisas ainda por fazer, não há mais oportunidade. As cotações dos ativos financeiros já refletiriam a nova realidade perfeita, com a economia brasileira completamente ajeitada. O espaço para lucros seria muito menor.</p><p>As ações e os títulos sobem muito mais ao longo do processo de arrumação do que quando a casa já está arrumada. É isso que quero dizer. Importa a dinâmica. Crise e oportunidade são a mesma coisa.</p><p>“Bolsa gosta de desemprego em queda e não desemprego baixo. Quem gosta de pleno emprego é sindicato e político”, resumiu Pedro Cerize, que, aliás, é um dos melhores twitteiros do Brasil.</p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 3px 0px; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/artigos/melhores-investimentos/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Guia Completo: Os Melhores Investimentos para 2018</a></div><p> <br> Deixe-me usar a explicação de Ray Dalio, o maior gestor do mundo, para tentar transmitir o que estou tentando dizer sobre os ciclos de mercado.</p><p>Se estivéssemos na fase avançada do ciclo, ou seja, com a economia toda bonitinha, a demanda agregada estaria crescendo a um ritmo superior à capacidade da oferta se expandir. Assim, com a oferta restrita e a procura subindo, a tendência seria de preços subindo. Como resposta a essa dinâmica, o Banco Central teria de apertar sua política monetária e subir as taxas de juro, o que causaria uma imediata queda das ações e de outros títulos, porque todos os ativos são apreçados como o valor presente de seus fluxos de caixa – quanto maior a taxa de juro, maior o desconto sobre os fluxos futuros e menor seu valor hoje. É por isso que não é incomum vermos economias fortes acompanhadas de queda das ações e outros ativos financeiros.</p><p>Diferentemente do cenário no exterior, onde o estágio do ciclo é mais avançado, nós estamos no início da recuperação.</p><p>Os ciclos de mercado reagem de tal forma que, inicialmente, os mercados sobem na frente do PIB. A economia fraca força corte de juros e isso valoriza as ações. O juro menor vai aos poucos estimulando a economia e, com os lucros das empresas aumentando, as ações acompanham essa melhora do PIB por um tempo. Até que a economia passa por um superaquecimento e os juros começam a subir. Então, mesmo com a economia ainda forte, as ações passam a cair.</p><p>Certamente, há muita coisa para se fazer, mas essa é a melhor notícia que poderíamos ter para nossos investimentos. Conforme cada uma delas for sendo endereçada, os ativos financeiros vão subindo e, com isso, você vai ganhando dinheiro, notícia a notícia. Somente ao final do processo você perceberá o quanto seu capital foi multiplicado.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>Para isso, porém, é fundamental que tome desde já as rédeas do gerenciamento de suas economias e passe a aproveitar as oportunidades que hoje estão colocadas. Reitero: quando o que está por fazer for feito, os lucros já não serão mais os mesmos. O momento de agir é ainda quando as coisas precisam ser feitas à frente. Não é uma questão de ganância – embora até possa ser e eu não julgo isso. Aqui, é uma questão de responsabilidade, de como você vai gerir seu patrimônio e de sua família.</p><p>Estou particularmente motivado nesta sexta-feira porque estou terminando meus estudos e cálculos de uma ação que considero ser a melhor oportunidade para aproveitar o que tenho chamado de Segundo Mandato Temer.</p><p><span>Se meus apontamentos até agora estiverem corretos, ela será apresentada na próxima edição do relatório <a href=\"https://store.empiricus.com.br/campanhas/palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/beeb561cb32f4113b66d4612\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\"><strong>Palavra do Estrategista</strong></a>, na quarta-feira da semana que vem. Trata-se de uma oportunidade única para surfar todo esse cenário formidável que se coloca à frente e multiplicar seu capital, sob perfil de risco controlado.</span></p><p><span>Por isso, encerro essa trilogia com um convite especial para você conhecer </span><a href=\"https://store.empiricus.com.br/campanhas/palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/beeb561cb32f4113b66d4612\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">esse material<span>.</span></a></p><p>Apresento uma oportunidade única de assinar o <a href=\"https://store.empiricus.com.br/campanhas/palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/beeb561cb32f4113b66d4612\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\"><strong>Palavra do Estrategista</strong></a> por apenas 9,90 reais por mês. Nele, você encontrará a cada 15 dias minhas melhores sugestões para aplicar seu dinheiro e ser alçado a um novo patamar financeiro.</p><p>Por que tão barato? Porque isso só faria sentido se eu pudesse atingir o maior número possível de pessoas. Não se trata de quanto vale a assinatura. Se trata da real responsabilidade de levar isso a todo mundo. Todos merecem a chance de multiplicar seu dinheiro. Essa é a minha vocação.</p><p>Além disso, para que eu possa lhe ajudar a gerenciar suas economias de forma direcionada às suas próprias necessidades, você, ao assinar o <a href=\"https://store.empiricus.com.br/campanhas/palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/beeb561cb32f4113b66d4612\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\"><strong>Palavra</strong></a>, estará automaticamente convidado para participar de um webinar comigo na próxima quarta-feira, às 11 horas, para que eu possa tirar todas as suas dúvidas sobre investimentos.</p><p>Por fim, para que você se sinta totalmente confortável em assinar, poderá apenas degustar do Palavra do Estrategista por 20 dias. Se, após esse período, por algum motivo, não gostar do material, poderá simplesmente cancelar a assinatura, com a integral devolução de seu dinheiro, sob compromisso registrado em cartório.</p><p>Com isso, a decisão de assinar o relatório <a href=\"https://store.empiricus.com.br/campanhas/palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/beeb561cb32f4113b66d4612\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\"><strong>Palavra do Estrategista</strong></a> deixa de ser uma opção ou uma questão de gosto. Trata-se apenas de uma decisão racional, uma escolha em que você não perde nada se não gostar e ganha muito se for de seu agrado.</p><p>Se um dia o Brasil terminou, hoje ele está começando de novo. Quando ele acaba, as perdas dos seus investimentos podem ser no máximo de 100%. Agora, as oportunidades podem ser muito maiores. De 100, 200, 500, talvez 1.000%. É por isso que estamos aqui. E é por isso que devemos brindar ao Segundo Mandato Temer.</p><p>P.S.: Se eu fosse o Jeff Bezos, comprava a BRF em meio a essa sangria toda. Fazia o caminho inverso para entrar no Brasil já comprando as melhores marcas possíveis de alimentos. Resolvia seu problema de logística e acabava com a brincadeira toda em uma só tacada. Uma pena que ele está preocupado com seu próprio Day One; esse aqui é apenas um devaneio.</p><p>Fevereiro de 2018.</p>"},{"image":"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/02/temer-entrevista-com-o-vampiro-600x600.jpg","title":"S02E26 – Entrevista com o Vampiro","publishDate":"2018-02-22T03:00:00.000Z","description":"O legado Temer já é positivo. Você pode até achar o atual presidente um vampirão do mal, mas não há como negar que as reformas realizadas beneficiaram a economia do país.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/extreme-investment-ideas/temer-entrevista-com-o-vampiro/","text":"<div style=\"padding-left: 16%;\"><div style=\"padding: 20px; background-color: #f1f1f1; max-width: 500px;\"><p style=\"text-align: center;\"><strong>Trilha da semana</strong><br> <strong><em>Smashing Pumpkins – Siamese Dream</em></strong></p><p><img class=\"size-medium aligncenter b-lazy\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://s3.amazonaws.com/empiricusimagens/2018/02/exi220218-1.jpg\"></p></div></div><p> </p><p>Pense em uma empresa – uma grande fábrica de paletas mexicanas.</p><p>Vendo as vendas aumentarem, o sr. João M Queines, CEO da companhia, decide mudar o escritório para um endereço mais bacana. Aluga um prédio moderno, contrata um bom arquiteto e faz um centro de vivência para os funcionários, com televisão, videogame e sala de jogos.</p><p>Aumenta o salário geral e concede benefícios – todos os diretores com Lexus blindado zero-quilômetro. Às sextas feiras, <em>happy hour</em> com cerveja e comida boa.</p><p>Sem contar na construção de uma nova planta, capaz de produzir um zibilhão de paletas por segundo!</p><p>Para a festa de fim de ano, chama a Anitta com todas as Poderosas e contrata o <a href=\"https://g.co/kgs/diiqa9\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Morgan Fr</a><span id=\"urn:enhancement-9eec8f1c-fc83-f850-fe40-e177955c8d6a\" class=\"textannotation\"><a href=\"https://g.co/kgs/diiqa9\">eeman</a> p</span>ara narrar o vídeo institucional da empresa.</p><p>Depois de uns meses, ninguém mais quer saber de comprar paletas mexicanas. O estoque se acumula, as vendas caem e vem a época de vacas magras.</p><p>O CEO é demitido e, em seu lugar, contratam a sra. Margarida T. Acher, que assume com um plano de corte de custos e demissões. Manda devolver a mesa de pingue-pongue e o <em>happy hour</em> do escritório agora é realizado por funcionários preocupados em um bar bem baratinho, perto da sede antiga da Paletex.</p><p>O sindicato dos paleteiros se revolta – “estão tirando nossos direitos”. Os diretores choram enquanto veem seus Lexus rebocados e a obra da nova fábrica é interrompida na metade. O controller, alienado que é, se fantasia de pato no chão da fábrica e diz que não vai pagar pela brincadeira sozinho.</p><p>Aos poucos, a companhia começa a entregar melhores margens, a geração de caixa é utilizada para reduzir dívidas e, com criatividade, o novo diretor de marketing desenvolve novos produtos, sucesso no próximo verão.</p><p>Com o avanço das vendas e um balanço bem mais enxuto, a companhia se torna lucrativa novamente. Em pouco tempo, surge um sentimento de descontentamento. Funcionários pedem aumento e a diretoria começa a brigar por um helicóptero e uma casa em Noronha para eventos corporativos.</p><p>A cabeça da sra. Margarida fica a perigo e todo mundo pede pela contratação do sr. Carlos Marx, conhecido por suas políticas de crescimento agressivo, combinando alavancagem e redução de preços para ganhar <em>sh</em><span id=\"urn:enhancement-64ab1090-c91e-2494-2ef9-892f4501bf9a\" class=\"textannotation\"><em>are</em></span>.</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>A anedota representa bem o <em>“swing”</em> que temos entre escolas ortodoxas e heterodoxas quando se trata da administração de economias. Em tempos de bonança e crescimento, a população se cansa da austeridade dos ortodoxos. Às favas com a austeridade – é preciso baixar os juros, fazer investimentos, conceder benefícios sociais e gerar empregos. Emite-se um monte de dívida, já que todo o crescimento mais do que compensará os maiores gastos, e o futuro, claro, será brilhante e promissor.</p><p>Depois que se ultrapassa a marca do pleno emprego e as capacidades produtivas do país se esgotam, vem a danada da inflação, seguida pelo desemprego e pela recessão. Ninguém investe, ninguém compra, e o governo está endividado até as tampas.</p><p>É preciso, então, chamar um novo time de ortodoxos para tapar os ralos, enxugar as contas e fazer as reformas que nos “tiram direitos”, mas nos entregam um futuro. Vai ter briga e chiadeira, luta dos “defensores do povo” e toda a sorte de traquitanas nos jornais, no Congresso e no Senado.</p><p>Depois, com a casa em ordem e o país crescendo, quem veio e arrumou a bagunça é tachado de defensor dos rentistas, inimigo do povo e muito austero, pois não abre os cofres e não investe no país. O humor muda de lado novamente e o povo elege um candidato populista, disposto a gastar mais do que deve e estimular a economia que “poderia estar crescendo muito mais”.</p><p>Essa dança das cadeiras entre as duas escolas econômicas existe há séculos e não é exclusividade do Brasil. Por aqui, temos longos períodos de crescimento financiado por dívida externa que são seguidos por anos de austeridade e arrocho fiscal. Na sequência, mais estripulias e endividamento, com desequilíbrio, dívida e inflação.</p><p>Verão, Outono, Primavera, Inverno.<br> <img class=\"alignnone size-full b-lazy\" width=\"619\" height=\"66\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://s3.amazonaws.com/empiricusimagens/2018/02/exi220218-3.png\"></p><p>Oras, se a história nos ensina alguma coisa é que, depois dos exageros (para ser bondoso) da Nova Matriz de Dilma e seus asseclas, devemos entrar em um longo período de responsabilidade fiscal, já que a questão das reformas é impositiva e não mais propositiva.</p><p><img class=\"alignnone wp-image-51657 b-lazy\" width=\"249\" height=\"600\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/02/temer-vampiro-168x405.png\"></p><p>Você pode achar Temer um vampirão do mal, pode se escandalizar com os áudios do Joesley e pode ficar horrorizado com as nomeações políticas em troca de apoio (eu também penso isso tudo e mais um pouco), mas não há como fugir do fato de que a transformação institucional realizada no Brasil em pouco mais de um ano é uma das mais profundas e construtivas na história da República.</p><p>O legado de Temer <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/michel-temer-segundo-mandato/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">já é positivo</a>.</p><p>O desemprego, que estava abaixo de 5% em 2014, escalou rapidamente para mais de 13% em junho do ano passado e, embora ainda bem alto, já voltou para 12%.</p><p>A inflação, talvez o maior temor do imaginário popular brasileiro, bateu os 10,7% em janeiro de 2016. Com a mão forte de Ilan no comando do Banco Central e o ajuste de alguns desmandos da quadrilha equipe econômica anterior, o <a href=\"https://www.youtube.com/watch?v=9kWJoI4XxZM\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">IPCA</a> chegou a bater 2,46% em agosto passado. Hoje, está em 2,86%, ainda significativamente abaixo da meta estipulada pelo CMN.</p><p>O controle inflacionário permitiu que o Banco Central reduzisse os juros, que saíram de 14,25% ao ano em julho de 2015 para 6,75%, o menor nível da história (com possibilidades reais de chegarmos a 6,5% em março).</p><p>A queda dos juros permitiu, ainda que timidamente, a retomada dos investimentos, que geram empregos, ampliam a confiança, levam a maior consumo e melhor resultado das empresas. As companhias investem mais e entramos, então, em um ciclo positivo que se retoalimenta.</p><p>Não à toa, o PIB tem respondido de acordo e, depois de 12 trimestres consecutivos de retração, já apresenta dois trimestres positivos e tem tudo para entregar forte crescimento nos últimos meses de 2017 e ao longo de todo o ano de 2018.</p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 3px 0px; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/artigos/melhores-investimentos/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Guia Completo: Os Melhores Investimentos para 2018</a></div><p> <br> É esse legado que deve ser validado nas urnas em outubro.</p><p>Com a condenação do ex-presidente> Lula e a ausência de um candida<span id=\"urn:enhancement-77a1295f-dd26-c577-a5d4-4a499908358c\" class=\"textannotation\">to forte <span id=\"urn:enhancement-42fa05a5-cf47-6c75-2bbd-9e9f72136205\" class=\"textannotati</span>on\">à esquerda</span>, a possibilidade da eleição de um presidente reformista e responsável é enorme – isso tem um potencial multiplicador para os ativos de risco brasileiros.</span></p><p>Com a questão fiscal nos trilhos, o tamanho de nossa capacidade ociosa e o ambiente externo (ao menos por enquanto) favorável, o espaço para crescimento da economia e, consequentemente, das empresas é gigantesco e deve se refletir diretamente no mercado financeiro.</p><p>Tem muito dinheiro na mesa e ainda dá tempo de aproveitar!</p><p>Se quiser saber como, dá uma olhada<span> </span><a href=\"https://sl.empiricus.com.br/pe95-segundo/?xpromo=XE-MI-EMP-PE95-SUBER-20180222-EXI-X-%%=v(@tracknews)=%%&utm_source=empiricus&utm_medium=email&utm_campaign=nl-20180222-vd-pe95-exi\">aqui</a>.</p><p> </p><p> </p>"},{"image":"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/02/michel-temer-segundo-mandato-e1520266431170-920x515.jpg","title":"Ainda sobre o Segundo Mandato Temer ou (O Programa de Ação Econômica do Governo)","publishDate":"2018-02-22T03:00:00.000Z","description":"Retomo hoje O Segundo Mandato Temer, com esclarecimentos adicionais necessários.","url":"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/michel-temer-segundo-mandato/","text":"<p>É sempre assim. Antes, eu achava se tratar apenas de uma opinião, talvez uma inclinação ideológica pessoal. Hoje, estou certo de que é muito mais do que isso.</p><p>O que acontecerá com o Brasil, a política, suas economias e, principalmente, seu dinheiro nos próximos meses e anos é simplesmente a aplicação de uma lei da natureza. Portanto, o processo para que chamo atenção é inexorável. A não ser que estejamos dispostos a violar as leis da física, precisamos imediatamente nos preparar para o que vai acontecer. Não há saída.</p><p>Deixe-me usar do necessário rigor: o processo não está no futuro. Ele já está acontecendo.</p><p><img class=\"alignnone size-full b-lazy\" width=\"322\" height=\"155\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://empiricusimagens.s3.amazonaws.com/2018/02/dayop2202-1.jpg\"></p><p><img class=\"alignnone size-full b-lazy\" width=\"376\" height=\"219\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://empiricusimagens.s3.amazonaws.com/2018/02/dayop2202-2.jpg\"></p><p><img class=\"alignnone size-full b-lazy\" width=\"766\" height=\"153\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://empiricusimagens.s3.amazonaws.com/2018/02/dayop2202-3.jpg\"></p><p><img class=\"alignnone size-full b-lazy\" width=\"356\" height=\"165\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://empiricusimagens.s3.amazonaws.com/2018/02/dayop2202-4.jpg\"></p><p>Os bons resultados que começamos a ver na economia, na geração de empregos e nos mercados, com aplicação direta para a vida das pessoas, das suas famílias e de seus investimentos, nada são além do resultado da Segunda <a href=\"https://pt.wikipedia.org/wiki/Leis_de_Newton\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Lei de Newton</a>, que, com o perdão do tecnicismo, fornece a equação diferencial conhecida como Equação do Pêndulo, cuja periodicidade do movimento havia sido descoberta anteriormente por Galileu Galilei.</p><p>Não há absolutamente nada novo no seguinte enunciado:</p><p>A cada vez que um esquerdista for eleito, ele destruirá a economia e as finanças públicas. Então, um liberal será chamado para arrumar a casa. Ao final, as coisas estarão tão arrumadas que chegará um novo pessoal, também de orientação perdulária com o dinheiro público, para promover uma nova festa de arromba (das finanças públicas!), gozar até morrer e deixar tudo bagunçado de novo.</p><p>No final do dia, em meio à ressaca, um novo liberal será chamado para fazer a faxina e assim o pêndulo vai de um lado para o outro, levando consigo os salários, os empregos, os investimentos, o dinheiro e, talvez ainda mais dramático, os sonhos do cidadão comum.</p><p>Retomo hoje <strong>O Segundo Mandato Temer</strong>, com esclarecimentos adicionais necessários. Se você não viu a tese original publicada ontem, recomendo fortemente que você o faça <a href=\"https://www.empiricus.com.br/newsletters/day-one/michel-temer-reeleicao/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">aqui</a>. Não sabemos até quando ela ficará no ar.</p><p><img class=\"alignnone size-full b-lazy\" width=\"764\" height=\"248\" src=\"data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAAAAACH5BAEKAAEALAAAAAABAAEAAAICTAEAOw==\" data-src=\"https://empiricusimagens.s3.amazonaws.com/2018/02/dayop2202-5.jpg\"></p><p>Trago duas notícias com o alerta de hoje.</p><p>A primeira delas já deve estar clara a esta altura do campeonato: as possibilidades de multiplicação do capital que se colocam diante de você nesta quinta-feira, dia 22 de fevereiro de 2018, obedecem rigorosamente à repetição de um padrão histórico. Não há nada novo, em absoluto.</p><p>Por mais que tenhamos a tendência a sempre acreditar que desta vez é diferente, nenhuma novidade em termos de ciclo acontecerá nos próximos quatro ou oito anos.</p><p>Recuperando mais uma vez o rigor, talvez apenas a intensidade seja inédita agora, como mera reação ao ineditismo da recessão anterior, a maior da história republicana brasileira. Se você empurra o pêndulo muito à esquerda, ele volta à direita num movimento mais extenso e amplo. De novo, a Física, apenas ela.</p><p>E a segunda notícia é quase um corolário da primeira: se estamos mesmo diante de um movimento pendular de período e extensão conhecidos, podemos saber exatamente como nos posicionar agora para colher os lucros desse padrão repetitivo. Todos as cartas estão colocadas à mesa; basta observá-las e agir de acordo, com agilidade e precisão.</p><p>Talvez minhas palavras não sejam suficientes para convencer-lhe da exposição. Recorro então à História e aos argumentos de autoridade, emprestando inicialmente as palavras de <a href=\"https://g.co/kgs/ERWhLw\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Pedro Malan</a>, em “Economia Brasileira: notas breves sobre as décadas de 1960 e 2020”, escritas neste mês para o livro comemorativo de 60 anos da Itaú Asset Management:</p><p><em>“O Brasil ingressou na década dos 70 em invejável situação macroeconômica. Ao encerrá-la, encontrava-se em situação insustentável, cuja recuperação demandaria pelo menos outra década. Este artigo discute os marcos essenciais desse impressionante movimento pendular.”</em></p><p>Bingo!</p><p>É assim que o brilhante Malan inicia sua exposição. E termina menos animado:</p><p><em>“O Brasil entraria nos anos 80 com desequilíbrios, externo e interno, insustentáveis. Expressos, o primeiro, por déficits potenciais no balanço de pagamentos não mais financiáveis através de ingressos via conta de capitais, além de uma dívida externa impagável nos termos contratados. O segundo, por uma taxa anual de inflação que evoluía de menos de 20% no início dos anos 70 para cerca de 40% em meados da década, e que, ao final de 1979, caminhava para três dígitos, como de fato chegou em 1980. Ano em que a década, que começara tão auspiciosamente, terminou em situação insustentável.”</em></p><p>Por que conseguimos começar a década de 70 tão bem e terminar tão mal? Vivemos o Milagre Econômico brasileiro de 1968 a 1973 e conseguimos destruir tudo de qual maneira?</p><div class=\"ad-dinamico\"> <a href=\"https://sl.empiricus.com.br/sre01-superrentabilidade/?xpromo=XE-MI-EMP-SRE01-SUBWS-20180322-SITE-ADD-X&utm_source=empiricus&utm_medium=site&utm_campaign=site-20180322-vd-sre01-add\"><img class=\"aligncenter\" src=\"https://www.empiricus.com.br/wp-content/uploads/2018/03/banner-sre01-600x300.jpg\" alt=\"\" width=\"600\" height=\"300\"></a></div><p>O tal milagre só foi possível justamente por conta do receituário liberal de Roberto Campos e Otávio Gouvea de Bulhões, sintetizados no Programa de Ação Econômica do Governo. O PAEG nada mais era do que uma reação necessária ao nacional desenvolvimentismo dos tempos de Juscelino Kubitschek, com objetivos explícitos de conter o processo inflacionário, reequilibrar as contas externas e retomar o crescimento da renda e do emprego.</p><p>Foram os avanços institucionais anteriores, reforçados por um contexto internacional favorável, que permitiram a realização do Milagre. Entre esses, posso citar a instituição do imposto sobre valor agregado (ICM) na área tributária, questões ligadas aos títulos do Tesouro na dívida pública, introdução do FGTS no lado trabalhista, consolidação da legislação habitacional e a criação do Banco Central em 1965 no sistema financeiro.</p><p>Os liberais arrumaram a casa após os excessos de dívida e inflação deixados pelos intervencionistas. E, então, o que veio depois? O Segundo PND, o Plano Nacional de Desenvolvimento, de 1975 a 1979, no governo Geisel, numa tentativa forçada de se manter as taxas de crescimento da época do Milagre Econômico mesmo depois da primeira crise do petróleo em 1973. Ai veio a segunda crise do petróleo em 1979 e explodiu a coisa toda, pois secou o financiamento para a brincadeira nacional desenvolvimentista, que fazia galopar a inflação e a dívida externa.</p><p>O resultado foi nada menos do que a moratória no final de 1982 e toda a década perdida de 1980.</p><p>Até, claro, que retomamos a prescrição liberal-tecnocrata com o Plano Real de 1994, num arcabouço ortodoxo que viria a se consolidar com o famigerado tripé macroeconômico (câmbio flutuante, metas de inflação e superávits primários robustos) de Armínio Fraga em 1999.</p><p>De novo arrumamos a casa. E, obviamente, o pêndulo voltou para a esquerda e, após o fracasso anterior, re-editamos o II PND, sob o disfarce de Nova Matriz Econômica, com aquele “timaço” composto por Guido Mantega, Nelson Barbosa, Márcio Ovolland (desculpe, professor), Alexandre Pombini, Asno Augustin e Dilma Rousseff no ataque.</p><p>Deu no que deu. Destruímos tudo o que vínhamos construindo desde 1994, no que sintetizei no apelido O Fim do Brasil. Virou história.</p><p>O ponto é que o pêndulo voltou para o lado liberal tecnocrata. E, com ele, um novo período de recuperação da economia brasileira, exatamente já ocorreu na história várias e várias vezes.</p><p>As consequências para os investimentos são amplamente conhecidas e estão no livro texto. Não à toa, a Bolsa bate recorde após recorde, os juros estão nas mínimas históricas e o preço dos imóveis começa a subir, com destaque especial para os fundos imobiliários, cuja performance é nada menos do que estelar.</p><p>A combinação de retorno do pêndulo em direção à política econômica liberal, recuperação dos preços das commodities e cenário externo favorável é muito mais poderosa para as oportunidades de se ganhar dinheiro com os investimentos certos do que podemos supor a priori.</p><div style=\"background: #f9f9f9; margin: 3px 3px 3px 0px; padding: 10px 10px 10px 10px; border: 1px solid #f0f0f0; width: 800px;\">Veja também: <a href=\"https://www.empiricus.com.br/artigos/melhores-investimentos/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Guia Completo: Os Melhores Investimentos para 2018</a></div><p> <br> Não estou falando de altas de 20, 30, 40%. Elas existem também e já são ótimas. Mas aqui trato de possibilidades de, em alguns anos, multiplicar seu capital por 2x, 3x, 5x, 10x, quem sabe 20x. É óbvio que parece exagero agora, mas foi rigorosamente assim no ciclo anterior. E não estou selecionando ativos ilíquidos, ações específicas ou excentricidades. Falo do comportamento geral da Bolsa.</p><p>Tudo está sintetizado no Segundo Mandato Temer. E é por isso que hoje lhe convido para assinar meu relatório<strong>, <a href=\"https://store.empiricus.com.br/assinaturas/palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/login/?next=/assinaturas/palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/checkout/1/%3Futm_campaign%3D%255B%2527promo-20180222-vd-peck%2527%255D%26xpromo%3D%255B%2527XE-MI-EMP-PECK-SUBWS-20180222-DAYOP-X-%2525%2525%253Dv%2528%2540tracknews%2529%253D%2525%2525%2527%255D%26utm_medium%3D%255B%2527site%2527%255D%26utm_source%3D%255B%2527empiricus%2527%255D\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Palavra do Estrategista</a>,</strong> por apenas 9,90 reais por mês. Nele, você encontrará a cada 15 dias minhas melhores sugestões para aplicar seu dinheiro e ser alçado a um novo patamar financeiro.</p><p>Por que tão barato? Porque isso só faria sentido se eu pudesse atingir o maior número possível de pessoas. Não se trata de quanto vale a assinatura. Se trata da real responsabilidade de levar isso a todo mundo. Todos merecem a chance de multiplicar seu dinheiro. Essa é a minha vocação.</p><p>Além disso, para que eu possa lhe ajudar a gerenciar suas economias de forma direcionada às suas próprias necessidades, você, ao assinar O <a href=\"https://store.empiricus.com.br/assinaturas/palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/login/?next=/assinaturas/palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/checkout/1/%3Futm_campaign%3D%255B%2527promo-20180222-vd-peck%2527%255D%26xpromo%3D%255B%2527XE-MI-EMP-PECK-SUBWS-20180222-DAYOP-X-%2525%2525%253Dv%2528%2540tracknews%2529%253D%2525%2525%2527%255D%26utm_medium%3D%255B%2527site%2527%255D%26utm_source%3D%255B%2527empiricus%2527%255D\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Palavra</a>, estará automaticamente convidado para participar de um webinar comigo na próxima quarta-feira, 11h, para que eu possa tirar todas as suas dúvidas sobre investimentos.</p><p>Por fim, para que você se sinta totalmente confortável em assinar, poderá apenas degustar do Palavra do Estrategista por 20 dias. Se, após esse período, por algum motivo, não gostar do material, poderá simplesmente cancelar a assinatura, com a integral devolução de seu dinheiro, sob compromisso registrado em cartório.</p><p>Com isso, a decisão de assinar o relatório <a href=\"https://store.empiricus.com.br/assinaturas/palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/login/?next=/assinaturas/palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/checkout/1/%3Futm_campaign%3D%255B%2527promo-20180222-vd-peck%2527%255D%26xpromo%3D%255B%2527XE-MI-EMP-PECK-SUBWS-20180222-DAYOP-X-%2525%2525%253Dv%2528%2540tracknews%2529%253D%2525%2525%2527%255D%26utm_medium%3D%255B%2527site%2527%255D%26utm_source%3D%255B%2527empiricus%2527%255D\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">Palavra do Estrategista</a> deixa de ser uma opção ou uma questão de gosto. Trata-se apenas de uma decisão racional, uma escolha em que você não perde nada se não gostar e ganha muito se for de seu agrado.</p><p>Se um dia o Brasil terminou, hoje ele está começando de novo. Quando ele acaba, as perdas dos seus investimentos podem ser no máximo de 100%. Agora, as oportunidades podem ser muito maiores. De 100, 200, 500, talvez 1.000%. É por isso que estamos aqui. E é por isso que devemos brindar ao Segundo Mandato Temer.</p>"}]