- Sugestões de recursos para os planos de aula Nos materiais indicados, você encontrará uma gama de recursos que poderão ser utilizados em seu plano de aula. Explore-os à vontade!
Coleções, séries e repositórios que enfocam o negro
Disponível em: https://www.ufrgs.br/blogdabc/colecao-unesco-de-historia-geral-da-africa-em-portugues-e-disponivel-para-download/.
Coleção da Cor da Cultura
O projeto educativo de valorização da cultura afro-brasileira, iniciado em 2004, provém de uma parceria entre o Canal Futura, a Petrobrás, o Centro de Informação e Documentação do Artista Negro (Cidan), o MEC, a Fundação Palmares, a TV Globo e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). Dentro do material disponibilizado, indicamos, entre outros recursos, a série Heróis de Todo Mundo – 1º Temporada.
Disponível em: http://antigo.acordacultura.org.br/herois/.
Listas de livros infantis que enfocam o negro
- No blog da Professora Angela Ramos, encontramos uma rica relação de livros infanto-juvenis que apresentam narrativas de culturas africanas ou com protagonistas negros.
- Na matéria de Mariana Queen para o portal Educar para Crescer, encontramos doze dicas de literatura afro-brasileira e africana.
Referências:
COMPARTILHANDO LEITURAS. Blog – profa. Angela Ramos. Disponível em: http://literaturainfantilafrobrasil.blogspot.com/. Acesso em: 22 junho 2017.
FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO. A Cor da Cultura. Disponível em: http://antigo.acordacultura.org.br/herois/. Acesso em: 22 junho 2017.
QUEEN, Mariana. 12 dicas de literatura afro-brasileira e africana. Educar para crescer. 2012. Disponível em: http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=648. Acesso em: 22 junho 2017.
UNESCO. História Geral da África. Disponível em: https://www.ufrgs.br/blogdabc/colecao-unesco-de-historia-geral-da-africa-em-portugues-e-disponivel-para-download/. Acesso em: 22 junho 2017.
Selecionamos duas práticas para inspirar você a produzir seu plano de aula.
Objetivo
O objetivo da professora era mostrar aos alunos algumas das personalidades negras brasileiras a fim de criar uma imagem positiva do negro para aquelas crianças. Essa atividade não foi realizada de maneira isolada como aqui a descrevemos: optamos por selecioná-la, pois retrata o principal intuito da nossa proposta pedagógica. Estavam entre as metas da docente:
- Apresentar o negro de uma forma diferenciada/positiva e afirmativa: um negro livre, cheio de potencial e, consequentemente, cheio de conquistas.
- Possibilitar que os alunos negros assumissem a sua negritude identificando-se com este(s) negro(s) destacado(s).
- Possibilitar que os alunos que antes discriminavam, baseando-se numa pretensa superioridade, se dessem conta de que essa superioridade não existe.
Descrição da estratégia
Usando uma linguagem mais aproximada da realidade dos alunos (como ouvintes de funk e rap), a proposta iniciou com a audição do rap “Sou Negrão”, de Rappin' Hood com Leci Brandão. Logo após, a professora fez um exercício de apresentação do cantor e de compreensão da música.
Descrição das atividades
Apresentação do cantor
Após ter contato com a música, a turma produziu um texto descritivo retratando o cantor Rappin' Hood. Nos textos produzidos, surgiram citações como “cantor; ganha salário mínimo; é faxineiro; tem câncer de pele; é feio; é rico; faz shows; é preto e mal vestido". Em um segundo momento, cada impressão dos alunos foi fixada em um painel que continha a foto do cantor. Foi então que a professora interviu, lendo um texto biográfico sobre o cantor em questão. As informações foram comparadas (painel e texto), e a turma, coletivamente, decidiu quais características seriam mantidas no painel.
Personalidades citadas na música Para a segunda atividade, a professora selecionou personalidades que são mencionadas na música e sorteou entre seus alunos.
Cada um deveria pesquisar quem foi ou é aquela pessoa e qual a sua contribuição para a cultura afro-brasileira (trazendo dados como foto, nome, área de destaque e época em que viveu ou vive). Os alunos apresentaram individualmente suas pesquisas e construíram um painel expondo as personalidades estudadas na semana da Consciência Negra da escola.
Com a palavra, a professora Denise:
Objetivo
O objetivo da prática desenvolvida foi, a partir da situação geradora do conflito, “Existe herói negro?”, dar subsídios para que as crianças pudessem encontrar resposta ao questionamento e mostrar negros em situações positivas a fim de fortalecer a autoestima dos alunos.
Descrição da estratégia O desdobramento do projeto surgiu de uma situação conflitante. Enquanto a turma construía o seu próprio “herói”, uma aluna se mostrou terminantemente contra a sugestão de que o herói fosse negro. A opinião da colega gerou a concordância de alguns e a revolta de outros. Após muita conversa e discussão sobre beleza, cor de pele e heróis, os alunos decidiram que o herói da turma se chamaria Vulcano, teria o poder de controlar o fogo e seria branco, loiro e de olhos azuis. A fala que norteou a continuidade das atividades foi a de uma menina negra que expressou todo o conformismo com a situação da escolha dos colegas: “É, não existe herói negro mesmo...” A partir da situação que gerou o conflito inicial, foi realizada uma enquete com as crianças: “Pode existir herói negro?” As respostas obtidas denunciavam a necessidade de abordarmos o assunto em aula.
Descrição das atividades
- Atividade de pesquisa No laboratório de informática, os alunos foram incentivados a pesquisar sobre a existência de heróis negros. Após a pesquisa, os alunos (mediados pela professora) produziram uma colagem com as imagens encontradas.
- Heróis de nossa terra Após a comprovação de que existem heróis negros, foram resgatadas histórias que tratassem do assunto, como "O negrinho Ganga Zumba" (de Rogério Borges), "O herói de Damião" (de Iza Lotito) e "Histórias da nossa gente" (de Sandra Lane).
Com a contação de histórias, a turma foi incentivada a retratar os heróis negros brasileiros com tinta têmpera. O primeiro desafio dessa atividade foi conseguir uma tinta “cor de pele”. Na construção dessa “cor de pele”, os alunos foram desafiados a pensar o que é cor de pele. Afinal, existe apenas uma cor de pele? Vencida a dúvida inicial, a turma buscou a mistura de tintas a fim de conseguir tons adequados para representar a pele dos nossos heróis.
As produções dos alunos ficaram expostas em sala de aula e foram novamente valorizadas na ocasião da semana da Consciência Negra.
Com a palavra, a professora Carolina: